Eu tive que escrever uma carta para meus pais. Vou mandar pelos correios.
Isso mesmo, correios. Carta. Papel. Selo. Correios.
Falar por telefone não é suficiente. Só consigo falar direito com meu pai, pois minha mãe tem problema de audição e só entende as perguntas e respostas básicas. Se saír do óbvio, ela não entende.
Eles moram no interior da Bahia, numa cidade a 100km de Salvador. Pela distância, poderia ser possível ter uma internet de qualidade nessa cidade. Mas não tem. Exatamente na rua onde eles moram não tem "tronco" (como o povo da telefonia fala) para uma conexão de internet. E-mail é lenda, computador é máquina de escrever.
Lá fui eu escrever uma carta. Acho que a última vez que eu fiz foi em 1997, quando uma amiga mudou de cidade e eu morava neste mesmo interior...
Assim, está lá escrito e assinado que eu estou bem, que eles não precisam se preocupar comigo e que eu tenho um apartamento alugado e um carro, que não estou magra nem gorda demais, que meu cabelo está adaptado a água de Berlin e que estou com saudades. Coisas que interessam a pais como os meus. Pois, mais do que isso, foge à compreensão. Como um contrato.
Pais sempre precisam da prova dos nove. E eu sei que minha mãe só sossega depois de vir aqui, ver com os próprios olhos de que está tudo bem, mas, por enquanto, a carta é a única alternativa.
Mas sabe que eu acho legal de vez em quando voltar às origens? Papel, caneta, letra cursiva, selo, esperar resposta... Mas claro que isso é legal quando é opção, não quando é por absoluta necessidade. A tal inclusão digital às vezes esbarra em muros bem chatinhos, né?
ResponderExcluirbjk
Mônica
Olha, até eu, que sou hiper viciada nessa tal de internet, adoro uma carta em papel. É tão especial. A caligrafia, o perfume, um desenho que você faz na margem, o fato de que passou pelas mãos da pessoa de quem você gosta. E ainda vira souvenir. Lamento que não haja internet boa lá onde sua família mora - tenho, aliás, o mesmo problema, porque minha família inteira está longe, em um bairro na periferia do Rio, e lá também a internet é horrível. Meus pais nem sabem usar, minhas irmãs sabem e não gostam, então é telefone e carta mesmo. Mas, legal é ter todas as alternativas.
ResponderExcluirBeijos direto de Natal
Que massa, uma carta!!!! Nossa, nem lembro quando escrevi a última, mas lembro que adorava quando o carteiro chegava com cartinhas pra mim. Pena que a internet não funciona na sua cidade. Seria bom pra vc poder ver seus pais. Beijão
ResponderExcluirCarta é tão romantico Eve...
ResponderExcluirImagina a felicidade da sua mãe recebendo esse pedaco de papel.
Tão bom ter noticías de quem a gente ama!
Menina, que delícia!!
ResponderExcluirSabe que eu sinto uma saudades desse tempo de correspondências. Aquelas cartinhas recheadas de notícias, escrita com tanto sentimento...
Ninquém imagina a alegria que eu sinto, quando abro minha caixinha de correios(q por um acaso acontece diariamente) e acho uma cartinha escrita à mao! Até cartao postal já serve pra me deixar feliz:-)
Sua mae deve ter vibrado de alegria!
Menina, que delícia!!
ResponderExcluirSabe que eu sinto uma saudades desse tempo de correspondências. Aquelas cartinhas recheadas de notícias, escrita com tanto sentimento...
Ninquém imagina a alegria que eu sinto, quando abro minha caixinha de correios(q por um acaso acontece diariamente) e acho uma cartinha escrita à mao! Até cartao postal já serve pra me deixar feliz:-)
Sua mae deve ter vibrado de alegria!
Menina, que delícia!!
ResponderExcluirSabe que eu sinto uma saudades desse tempo de correspondências. Aquelas cartinhas recheadas de notícias, escrita com tanto sentimento...
Ninquém imagina a alegria que eu sinto, quando abro minha caixinha de correios(q por um acaso acontece diariamente) e acho uma cartinha escrita à mao! Até cartao postal já serve pra me deixar feliz:-)
Sua mae deve ter vibrado de alegria!