quarta-feira, 31 de março de 2010

Por que brasileiros, em geral, não falam inglês?

Pensei sobre isso quando comecei meu curso de alemão. Brasileiros, geralmente, não falam uma segunda língua. Acredito que existam duas razões principais.

A primeira é que a matéria/cadeira/disciplina inglês nas escolas (inclusive algumas particulares) é deficiente, fazendo com que muitos busquem escolas de idiomas. Só que a maioria dos brasileiros não tem renda para pagar um bom curso. Daí surge a segunda razão: curso de línguas são caros e demorados. (As professoras de línguas que frequentam o blog podem dizer).

Do que eu conheço sobre cursos no nordeste é que para chegar a um nível avançado é necessário três anos. As mensalidades giram em torno de 180 e 250 reais em escolas médias, com quatro horas de aula semanais.

Aqui na Alemanha, faço 80 horas por mês pagando 250 euros, pouco mais de 3 euros por aula, como 11 alunos, no máximo. Considerando, por exemplo, que eu ganho 1000 reais no Brasil e 1000 euros na Alemanha (proporção de 1 pra 1), eu pago uma merreca por um curso aqui e, em menos de um ano, estou falando outra língua com certa fluência (tá bom, que alemão é um aprendizado eterno. rsrsrs).

Aí vocês vão dizer que o curso é diurno, que eu tenho tempo de estudar porque não estou trabalhando etc etc etc. Tem cursos noturnos com a mesma quantidade de horas e quando eu fazia faculdade à noite, trabalhava o dia todo...

E a mão de obra aqui é mais cara que no Brasil.

Só não descobri a fórmula para isso ser possível. Alguém explica?

terça-feira, 30 de março de 2010

E por falar em reinvenção...

Sandra, a Mineirinha, estará em Berlin no dia 08 de abril para apresentar seu livro nA Livraria, que fica na Torstr. 19, pertinho daqui de casa. Dá para ir andando. =P

Eu já disse que moro no centro e meu apto é ponto de referência para chegar em muitos bons lugares? Sortuda!

Estaremos lá, marido e eu. Marido falará um pouco sobre o livro na ótica de um alemão.

Vai ser legal!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Eu acho digno

Desde que mudei pra Alemanha, tenho pensado muito no que fazer com a minha profissão, com as coisas que eu gosto de fazer e com a minha reinvenção enquanto pessoa por estar buscando um caminho tão diferente daquele que eu estava acostumada.

Pensando nessa reinvenção, fico muito feliz e me sinto estimulada quando percebo que pessoas que, como eu, mudaram completamente a vida por um propósito, se redescobriram e agora vivem para aquilo que gostam com marido, família e um trabalho.

As duas pessoas em questão são:
A Dona Flor, que mesmo num dorf pra lá de pequeno, está conseguindo achar seu caminho e agora desenha e faz outras pessoas felizes. E já tive o prazer de dizer isso pessoalmente.
E a Ciça que descobriu o prazer da fotografia e agora divulga seu trabalho como fotógrafa profissonal aqui.

Enquanto isso, vou procurando a melhor forma de me reinventar...

domingo, 28 de março de 2010

Adeus "I'm sorry"

"Eu tô feliz, eu tô alto-astral! Tô sorrindo à toa, vivendo numa boa, vou liberar geral!"

Alguém me interna, faz favor?!?!? Acabo de cantar e ESCREVER uma música da Xuxa. Das duas uma: ou eu estou velha ou virei criança de novo.

Bom, mas, de acordo com o post "De volta à alfabetização" infatilizei legal!!!

Contudo, não é sobre isso que quero falar/escrever agora. O motivo de lembrar e cantar (ecati!) a música é que eu abandonei de vez o "I'm sorry" que dizia pra evitar tentativas de contato.

Por duas vezes já fui parada para me pedirem informação. A primeira vez foi na estação de Potsdam, quando visitei o coral do meu cunhado. Um cara me perguntou se aquela era mesmo a estação central e eu respondi! (A gente desse no túnel e tem que subir para a parte das lojas, é assim na maioria das estações) A outra foi essa semana voltando do curso. Uma mulher me parou para perguntar onde ficava um consultório médico e eu respondi que não sabia, o que era verdade.

Foi uma reação tão espontânea que até eu me surpreendi!

Desbloqueei! Desbloqueei!! =D

sexta-feira, 26 de março de 2010

Primavera!

Que a primavera começou no hemisfério de cá todo mundo já sabe.

O que eu não sabia é, apesar de muitas pessoas terem me dito, como a primavera afeta a vida das pessoas. Por exemplo:

Pela primeira vez, em semanas, estou vendo gente bonita. O povo tirou os casacos, os corpos apareceram, os cabelos estão viçosos e o fashion circula pelas ruas.

Os restaurantes e cafés colocam as mesas nas largas calçadas da cidade e o pessoal senta para comer, beber e conversar. Fica um ambiente tão informal e gostoso que, quando passo por lugares assim, dá vontade de sentar à mesa e ficar conversando com o pessoal.

E as flores começam a aparecer. Essa cidade é cheia de parques e flores e fica linda na primavera (eu já vi!).

Até eu estou inspirada e pensando em como posso fazer parte disso tudo!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Momento mulherzinha (dele!)

Fomos hoje à tarde no Bürgeramt (o cartório) para fazer meu registro no país. Esperamos quase uma hora para sermos atendidos, mas valeu pois, agora eu tenho um endereço.

O dia estava lindo, 20 graus, sol, gente bonita na rua, sorvete...

Voltando para o estacionamento, parados no sinal, marido me abraça e diz:
"Não parece, mas eu te amo, viu?"
Eu, fazendo chantagem:
"Ah, como vou saber se você não se declara?"

E o que ele faz?

Ajoelha na rua, com todo mundo olhando e diz:
"Eu te amo!"

Eu o levantei e fiquei morta de vergonha, devo ter ficado roxa, azul, vermelha, fuccia, violeta, anil... todas as cores possíveis e imagináveis. Mas, sorri, sorri e sorri!

O amor pode fazer a gente ser muito besta, né?

Não me batam

A Dona Flor está de prova.

Toda vez que quero falar Brasil, falo Alemanha. E toda vez que quero falar Alemanha, falo Brasil.

Segundo ela, estou me sentindo tão à vontade aqui, que já estou trocando as "casas".

Será?

quarta-feira, 24 de março de 2010

De volta à alfabetização

Que eu estou aprendendo tudo de novo não é novidade para ninguém.

Novidade mesmo só para mim, que me sinto de volta ao pré-primário. Como assim, Bial?

Meus programas preferidos na televisão são desenhos. Principalmente os do Bob Esponja que conheço do Brasil e já estou familiarizada com o tipo de humor e personagens.

Presto atenção nos comerciais, pois as frases são curtas e, geralmente, claras. "Compra pra mim, compra?"

Quando vejo frases escritas ou num jornal ou na TV, tento decifrá-las como as crianças fazem quando aprendem a ler ou por curiosidade ou para mostrar para o pais que já estão aprendendo. No meu caso, um misto dos dois.

Quando entendo falas completas em algum programa de TV faço a maior festa e ainda olho para marido, pedindo aprovação.

Viu? Criança.

terça-feira, 23 de março de 2010

Inverno na Alemanha

Já tem gente botando a manguinha de fora, querendo aparecer para tirar uma lasquinha da minha hospitalidade... Não que me incomode em receber visitas. Gosto mais de receber aqui do que quando morava no Brasil.

O problema é quando quem se oferece para "me visitar" são pessoas que não falavam comigo há séculos! Isso inclui amigos de faculdade, conhecidos e parentes. Normal, vocês vão pensar.

O problema é que a maioria quer vir no inverno, para ver neve. Coisa de turista, eu sei. Só que quem está no Brasil e quer ver neve vai pra Bariloche, já que, quando cansar, a volta é rápida e mais barata. Mas não, tem que escolher a Alemanha, afinal, está na Europa e tem uma pessoa oferecendo casa, comida e roupa lavada. Oi?

O inverno na Alemanha não é de todo ruim. A paisagem com neve é realmente bonita. E só!

Digam-me vocês, brasileiros, o que fariam se viessem passar duas ou três semanas aqui e só vissem neve todos os dias? Os pontos turísticos estão cobertos de neve, os jardins e parques estão cobertos de neve, visitar museus é caro, ir à ópera ou teatro ninguém vai...

Vai fazer o que? Reclamar do frio negativo (porque, principalmente os baianos, nunca sentiram frio abaixo de 15 graus!), reclamar do corpo pesado por causa da quantidade de roupa e da pressão atmosférica, reclamar que "amanhece" tarde e escurece cedo, e por fim, ficar trancado dentro de casa porque lá fora é muito frio. Eu não mereço esse castigo.

Nunca virão me visitar no inverno, então? Virão sim. Desde que não seja a primeira vez. E não sejam "essas" pessoas. =P

Vocês me entendem, né? rs

segunda-feira, 22 de março de 2010

Uma coleção de micos

"Nossa! Que pássaro grande!"
"Aonde?"
"Ali naquela árvore."
"Pássaro? Aquilo é uma pomba!"
"..."

Pombo é tão comum que nem entra mais na categoria de pássaro. E eu achando que tinha descoberto uma espécie nova...

**************

"Oxente! Ele veio de bicicleta de Münster para cá? Nesse frio?" (Sei lá qtos km são, só sei que é longe.)
"Veio. Não está vendo a bicicleta dele?"
"Está de sacanagem comigo, né?"
"Tô. Ele veio de bicicleta, sim. Só que ela veio no trem com ele."

Marido adora me pregar peças. Mas ó, essa pessoa quer ir de bicicleta até São Petesburgo, lá mesmo na Rússia, pois tem uma ciclovia que leva até lá. Então, não sou tão doida assim. Só um tico...

**************

No curso:
"Ai, como é o nome daquilo? Poxa, o nome daquilo assim e assado?"
"..."
"Ai, meu Deus, esqueci."
"..."
"Afff, estou falando em português num curso de alemão com uma coreana!"

Me internem!

domingo, 21 de março de 2010

Mais uma sobre rótulos

Fazer compras ainda é um drama pra mim. Ok, não tão dramático assim... ;)

Eu venho tentando fazer compras sozinhas, aquelas do tipo que marido está de um lado do supermercado e eu estou em outro. Rá. Apesar de, muitas vezes, pedir socorro para me explicar o que é esse e aquele produto, tamanha é a variedade de coisas que se encontra por aqui.

Eu adoro queijos. Fato. Mas, só conheço os tipos básicos disponíveis na minha antiga cidade. E aqui, bom, aqui tem queijo francês, holandês, italiano, português e até, vejam só, alemão.

Gosto de camembert. Aí entramos num supermercado aqui perto para comprar algumas coisas te última hora, dentre elas, queijo. Peguei uma embalagem de camembert. Daí quando chego em casa vou prestar mais atenção na embalagem e fico decepcionada.

"Poxa, comprei um queijo com champignon (pausa: estou ficando craque em escrever palavras difíceis. fim da pausa). Errei de novo."

Alemão tem mania de misturar sabores.

Lá fui eu contar pra marido que tinha comprado um queijo com gosto duvidoso. Ele olha pra mim, olha pra embalagem e ri na e da minha cara.

"Quê?"
"Champignon é a marca do queijo. Essa marca é muito antiga. Você comprou o queijo certo."

Agora, que culpa tenho eu, se a empresa resolve colocar o nome do queijo Champignon???Produktabbildung: Champignon Camembert 125 g
(Imagem "apenasmente " ilustrativa)

sábado, 20 de março de 2010

O quase-mico do ano (Parte 02)

Pois bem, esse coral fica em Potsdam, cidade a uns minutos de Berlin. O ensaio foi à noite, 19h30. E eu fui sozinha.

Preciso destacar que a palavra "sozinha" ganhou outro significado para mim. Começar a fazer coisas sozinhas é o início da minha independência e liberdade. Está demorando? Pode ser, já tenho dois meses aqui. Prefiro seguir meu ritmo, sem me cobrar demais (já me cobro o suficiente).

Para chegar em Potsdam peguei dois trens. Um perto de casa e depois outro no Wannsee. A viagem demorou 50 minutos. Minha sorte é que os trens são sincronizados. Wannsee é estação final, então, todo mundo precisa sair do trem. Quem vai pra Potsdam, pega o outro trem na mesma plataforma que já está lá esperando. Sai de um e entra em outro. A volta é a mesma coisa.

Também já percebi que marido é uma péssima companhia em alguns casos. Pois, quando estou com ele e outros alemães, falo por intermédio dele, ele traduz o que me perguntaram, eu respondo e ele traduz para os outros. Um exercício de paciência pra ele e nenhum exercício para mim.

Já no coral, além do meu cunhado que fala "portunhol" muito bem, mas que estava ocupado com a sua função, não tinha mais ninguém que pudesse me socorrer, por isso, tive que me virar sozinha. E posso dizer que me virei muito bem para quem tem só 4 semanas de curso de alemão.

Depois que o ensaio acabou fomos a um restaurante tomar cerveja e comer uma besteirinha. Na mesa estavam meu cunhado, eu, uma queniana, o nigeriano que eu já conhecia de outras visitas e mais dois alemães que falam espanhol. Adivinha com quem eu conversei?

Com o nigeriano. Bati o maior papo com ele em alemão. Ele me perguntou sobre as diferenças entre Salvador e Berlin, não acreditou quando eu disse que há MUITA diferença, ficou feliz por descobrir que eu sou formada na mesma área que ele, mas triste porque constatou que eu já tenho um MBA e ele nem teve o diploma reconhecido no país. O melhor de tudo é que ele tem sotaque - é mais difícil para mim entender estrangeiros que alemães, havia conversa paralela na mesa e, mesmo assim, eu entendia tudo que ele me perguntava, coisa impossível dias atrás.

Agora que eu descobri que andar de trem sozinha em Berlin não é nenhum bicho de sete cabeças, que eu consigo me comunicar em alemão, apesar de não conseguir manter a conversa por muito tempo e que as pessoas me entendem, ninguém mais me segura! Hahahahaha

Estou me sentindo!

sexta-feira, 19 de março de 2010

O quase-mico do ano

Seguinte:
Meu cunhado canta num coral e coordena outro. É um coral internacional: tem russo, angolana, queniana, nigeriano, turca, vietnamita, alemão e de onde mais sai gente desse mundo.

Como coral internacional, eles cantam músicas internacionais. Pronto. Cunhado inventou que eles vão cantar Samba Lelê.

Adivinha quem é que foi escolhida para ensinar a letra? Adivinha também quem tem que ensinar o pessoal a sambar para aprenderem o ritmo correto da música? Pois é!

Ontem foi o meu dia de estreia no coral. Mico total. Mais de 30 pessoas olhando para mim, ouvindo ansiosamente cada palavra da letra que eu dizia. Ensina alemão a falar samba, vai? Vai sair zãba. E barra? Vão falar bara (de barata). E doente? Eles estranharam o som do tchi (não sou pernambucana, não falo tê).

Na hora do "pisa na barra da saia", ele queria que eu fosse para o meio sambar. Sambar, gente, sambar!!! Na frente de 30 gringos curiosos. Eu morri de vergonha e claro que não dancei. Acho que eu fiquei tão vermelha, mas tão vermelha, que cunhado nem insistiu.

A promessa é de que eu vá na casa dele um dia, com dois ou três componentes do coral, dentre eles o nigeriano que adorou a música e arriscou uns passos na roda, para que eu ensine esse povo a sambar.

Ainda tive que escutar de cunhado que ele não sabia que eu era tímida. Ele queria o quê? Que eu rebolasse na frente do povo? Tinha um cara lá me secando, aposto que ele não dormiria se eu rebolasse como o cunhado queria que eu fizesse. Hahahahahahaha

Eu quero saber de onde foi que cunhado tirou a ideia de que eu sei sambar. Humpf!

Para quem está curioso em saber como fica a música em um coral, vejam o vídeo.



A versão do cunhado é mais rítmica.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Mais rapidinhas

A gente aprende a valorizar pequenos raios de sol quando estes são tão escassos.

Cruzar com pessoas na rua falando russo, turco, chinês... está me deixando fascinada.

Apesar da carne de porco, até que estou me alimentando de forma saudável e nem engordei (ainda).

Estou morrendo de saudades de ir ao cinema!!! Eu quero assistir os filmes que estão passando no Brasil. Buaaaaaaaá!!!

Bebo mais água aqui do que no Brasil, por causa do clima seco.

A musicalidade dos sinos das igrejas me encanta. Desde que eles estejam a centenas de metros de mim.

O movimento dos esquilos nas árvores ainda me assusta. Eles não ficam quietos.

Quando vejo esses corvos voando por ai, não tem como não me lembrar do Poe. Mórbido!

Às vezes, ainda me pego pensando: “Caramba, estou mesmo na Alemanha!

A neve derreteu. Agora quem é que limpa a cidade??? Tem sujeira do ano novo!!

Com o curso de alemão e as situações do dia a dia, estou ficando expert em mímica.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Porque, dentre outras coisas, é bom morar em Berlin

5o. FESTIVAL DE CINEMA BRASILEIRO

De 18 a 21 de março.

Clica aqui!

Apesar disso, estou sem um pingo de vontade de ir. Nunca fui muito fã de filme brasileiro, mesmo sendo cinéfila.

Recadinho

Pessoas,
não estou conseguindo fazer comentários em alguns blogs do Blogger, como o da Deby (não tenho seu e-mail) e da Lu também. Eu estou lendo. Eu estou por aqui!

Só preciso descansar. Essa semana, misteriosamente, estou muito cansada.

E amanhã pagarei um mico histórico. Depois eu conto. =P

Bjs!

terça-feira, 16 de março de 2010

As anteninhas brasileiras

Como brasileira, minhas "anteninhas" sempre aparecem em alguns momentos.

1. Estava na cozinha, preparando algo pra comer, quando vejo um homem mexendo nas maçanetas do carro. A janela da minha cozinha é de frente para a rua. De imediato, meu senso brasileiro de segurança entrou em ação e fiquei prestando atenção no que realmente o cara estava fazendo.

Depois de alguns segundos, percebi que ele estava colocando pequenos panfletos nas maçanetas. Ufa!

2. Atravessar a rua é outra coisa. Aqui, os carros param pra você. Bota o pé na rua e, puff!, o carro parou como mágica. Só que eu ainda me assusto quando vejo alguém nem olhar para os lados e atravessar. Eu ainda tenho que fazer como minha mãe me ensinou: olho para um lado, olho para o outro, espero o carro parar primeiro no sinal, só depois é que atravesso.

Ainda assim, no Brasil, correria o risco de ser atropelada.

3. Quando volto do curso, tem uma escola perto da minha casa que "solta" os alunos no mesmo horário. Um dia, virei a esquina e deparei com um grupo de jovens alunos vestidos como aqueles rappers americanos (os daqui se vestem igual). Putz! Tomei um susto! Primeira coisa que pensei? Vão mexer comigo, são marginais.

Que nada! Nem olharam pra minha cara. É só a roupa...

Vivendo e aprendendo nesse mundinho de meu Deus.

segunda-feira, 15 de março de 2010

"Eu vejo flores em você..."

Esse final de semana, Berlin esteve mais florido, apesar do tempo não ter colaborado muito. Durante a semana, céu azul, sol e temperaturas por volta de 5 e 8 graus. Já no final de semana... vento, chuva, neve, frio. Humpf!

A Dona Flor esteve por aqui!!!! Conheci a desenhista fofa e seu marido quando eles chegaram na sexta, para um final de semana de turismo em Berlin.

Ficaram aqui em casa de sexta pra sábado e depois foram para um hotel e passearam, claro. Mas, não resistimos e nos encontramos de novo para o café da manhã no domingo. Eles voltaram para casa hoje.

Os danados saíram "lá de baixo", viajaram 7 horas de carro e o malvado do tempo não colobarou muito para que eles conhecessem um pouco do muito que Berlin tem pra oferecer.

De qualquer forma, a prosa foi boa, as risadas foram muitas e estou esperando que nos visitem novamente no VERÃO!!!

Ahhhh! Advinha quem fará meu convite de casamento??? Hahahahahaha

sábado, 13 de março de 2010

Das coisas que eu não gosto em Berlin

Cocô de cachorro - já li em algum lugar que alemão não tem cachorro, é cachorro que tem alemão. Você vê muitos cachorros nas ruas, lindos, educados, bem tratados, porém, com donos muito mal educados. Aqui se paga imposto pra ter cachorro. Acho que 120 euros por ano. E, acho eu, porque se paga imposto pra ter cachorro, os donos não se sentem responsáveis pela sujeira que eles fazem. Então, é um olho no caminho e outro no chão.

Pichação - eu sei que em muitas cidades grandes do Brasil isso também é um problema. Dá pena ver uma cidade tão bonita como Berlin sendo alvo de pichadores. Se ainda fosse grafitagem...

Garrafas quebradas nas ruas - geralmente, são os jovens que largam as garrafas de cerveja pela cidade e elas, invariavelmente, estão quebradas. Além de ter que desviar de cocô de cachorro, tenho que prestar atenção em caco de vidro. Lembrando que aqui não tem latinha de cerveja.

Berlinense reclamão - eu já ouvi muita gente falando mal de Berlin, inclusive a minha professora, sobre coisas que não considero relevantes. Eu fico me perguntando porque é que eles não são satisfeitos. Se bem que, ninguém é 100% satisfeito, nem eu. Mas, gente, reclamar que a cidade tem engarrafamento!?!? Pelamordeminhasantamaezinha! Alguma vez eles estiveram em SP para saber o que é engarrafamento? Not! E mesmo assim, eu nunca vi um engarrafamento qualquer, nunca vi trânsito parado a não ser por causa do semáforo, nem em horário de pico.

Perguntarem porque eu troquei um país tropical por um país frio e chuvoso - Nessas horas, dá vontade de mandar a pessoa ficar uns meses no Brasil, com salário de um brasileiro médio, morando nos bairros brasileiros, pegando o trânsito brasileiro, sendo assaltado por ladrões brasileiros, andando em transporte público brasileiro e ainda curtindo uma sensação térmica básica de 45 graus, como me disseram que estava na minha antiga cidade, em pleno mês de março quando já deveria ter começado as suas "águas". Vai lá e depois me pergunta novamente. Como se o único critério de escolha fosse o clima, meu Zeus.

Só isso... =P

sexta-feira, 12 de março de 2010

Ai meus pés!

Atualmente, enfrento um pequeno problema com os meus pés. Como boa passista de samba que nunca fui, (peguei vcs, hein?) estou tendo dificuldades em usar sapatos fechados.

Dificuldades mesmo. Do tipo que você tem que trocar as meias quase sempre, porque os pés resolveram, assim, do nada, começar a sangrar. Imagina isso enquanto ando para o curso?

Eu nunca usei sapatos fechados no Brasil, nem quando a situação pedia um scarpan, lá estava eu de sandália, no máximo com 8cm de salto.

Já estou aqui a quase dois meses, e agora, andando de bota pra cima e pra baixo, é que meus pés resolveram dar o ar da graça e ser um motivo de preocupação pra mim. Coisas lindas de mamãe!

Dá licença, que estou indo ali na loja comprar uma pantufa.

Mais um para a lista do Manifesto

Eu decidi que não quero mais ler notícias negativas do Brasil. Coisas como essa me deixam muito mais triste, porque agora tenho a visão de fora!

O que eu, como brasileira, posso fazer (ou continuar fazendo) para mudar essa realidade?

É uma guerra urbana e niguém faz nada concreto.

Para quem não leu o manifesto, clica aqui.

quinta-feira, 11 de março de 2010

I'm sorry

Como vou para o curso andando, tenho a possibilidade de fazer alguns contatos involuntários no caminho.

O primeiro foi um rapaz, lindo, alto e loiro (como a maioria dos alemães) que me abordou, acho eu, para me oferecer alguma coisa pra comprar (seguro, pacote de viagens, whatever).

Ainda estou muito insegura com o alemão e vou logo dizendo "I'm sorry". O legal é ver a reação das pessoas, como foi a dele. Ele sorriu e perguntou de onde eu era. Quando respondi que era do Brasil, ele sorriu mais ainda e me desejou bons tempos por aqui. Segui meu caminho, afinal, sou uma mulher séria e casada. =P

O outro contato foi uma mulher que me parou na rua para perguntar algo - pedir uma orientação, provavelmente - de novo respondi com o meu "I'm sorry." usual. Ela sorriu, entendendo que não poderia ajudá-la e agradeceu em inglês. Uma fofa.

Eu continuo achando os alemães gentis e simpáticos. Pelo menos, os de Berlin.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Não sou uma pessoa maldosa, mas...

Em Berlin tem vários tipos de pessoas, coisa que dá um post só. E eu gosto de observar esses tipos, uns por serem estranhos, outros por serem interessantes, e porque, se antropologia desse dinheiro, talvez fizesse esse curso... =P

A questão é que no prédio ao lado do meu mora uma mulher que faz o tipo estranho. Outro dia, estava saindo de casa com marido, ela passou por nós e comentei com ele a respeito. Ela parece aquelas personagens de filmes antigos de faroeste, aquelas mulheres grandes e mais velhas, com grandes decotes, maquiagem carregada e cabelo cacheado com "bobbies" (é assim?), loiros e presos com laquê, que ficam atrás dos balcões servindo os homens. Simplificando: uma puta velha (não estou dizendo que ela é, só exemplifiquei, viu?).

Daí que no momento que simplifico a explicação pra Paulo, já dentro do carro, viramos para olhar para ela enquanto um homem e ela abriam a porta do prédio e...

Não é que a mulher enche a mão com a bunda do cara???

Seria uma boa antropóloga!

terça-feira, 9 de março de 2010

Algumas curiosidades sobre Berlin

Aqui tem uma região cheia de bares e restaurantes, várias aliás. Numa das ruas tem uma igreja judia/sinagoga. Tem sempre dois policiais em frente. Em outra rua próxima, tem um Café Judeu. Tem sempre dois policiais na porta. Eu achava que esse tempo já tinha passado. Não acontece o mesmo em mesquitas, por exemplo.

Um dos motivos de adorar Berlin, é que os prédios não são altos, eu não vivo involuntariamente numa selva de pedra. Acreditem, o prédio mais alto daqui tem inacreditáveis 31 andares e fica em Templehof. É esse aí, ó:

update: não é em Templehof, é em Treptow.




















E aqui tem um bairro que já foi cidade, Köpenick. É um dorf na capital. Interessante e bonito, a beira do Spree, com suas ruas estreitas e suas casinhas antigas. Essa cidade também foi cenário de uma coisa que a Alemanha demorou de aprender: não levar a sério pessoas de farda militar. Um cara, Wilhem Voigt, resolveu colocar uma fantasia no ano de 1906, passando-se por um oficial prusso/prussiano (qual o certo?) e foi até a cidade confiscar bens. Só porque ele estava de farda, os "chefes" da cidade acreditaram na identidade dele e entregaram TODO o caixa da cidade. Para não esquecerem do ocorrido, a estátua do "garboso oficial" fica em frente à prefeitura.






























Não reparem no meu cabelo, o vento não o deixava em paz.




















Ahhhh, os homens... Eu achava que brasileiro é assanhado e só ele que mexe com mulheres. Eu tenho ficado, muitas vezes, constrangida quando vou a supermercados, restaurantes, etc. Não me acho bonita, de parar o trânsito, sou, no máximo, bonitinha. Mas, tem homens que olham pra mim e olham, olham, não param de olhar. Marido diz que é o cabelo cacheado. Já eu acho que eles olham é com inveja de Paulo. =P A diferença é que os alemães costumam olhar só para o rosto, o que é mais contrangedor ainda.

Ainda faço um post só com os "tipos" de Berlin. Estou reunindo fotos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Rastros

Enquanto caminho nas ruas de Berlin, tenho várias sensações diferentes. Algumas delas não posso evitar.

Essa tarde, por exemplo:

Que marido não me leia, mas passou um homem por mim com um perfume tão bom, tão gostoso, que eu, como boa brasileira, não pude evitar e quase torci o pescoço acompanhando o rastro do perfume.

E o povo pensando que alemão fede, hein?

sábado, 6 de março de 2010

"Nem toda feiticeira é corcunda

nem toda brasileira é bunda, (...)
sou mais macho que muito homem"
(Rita Lee)

Eu vi um Maserati!
Eu vi um Maserati na autobahn aqui em Berlin.
Eu ouvi o barulho do motor!
E me arrepiei todinha.

Depois pensei: para quem eu vou contar isso, meu zeus? Quem sabe o que é um Maserati?

Sou mais macho que muito homem!

Coisa vai ser quando o verão começar e o pessoal começar a passear de moto embaixo do meu nariz! EU QUERO A MINHA HABILITAÇÃO ALEMÃ!!!!

sexta-feira, 5 de março de 2010

Solidariedade estrangeira

Fomos a um supermercado aqui perto de casa logo quando nos mudamos. Queríamos comprar carne e wurst e fomos até o balcão.

Não está escrito na minha testa que sou estrangeira, mas eles devem ter algum radar para descobrir. Só sei que a mulher do balcão perguntou de onde eu era e marido respondeu que era brasileira. Ela disse que era croata e eles ficaram conversando um pouco e eu, lá, sem entender patavinas.

Sei lá, acho que fiquei umas três semanas sem voltar no supermercado, mas não é que a mulher lembrou de mim? E ainda, me perguntou se eu estava gostando do frio alemão. Ela ficou surpresa e feliz por ter ouvido a resposta de mim. "Na klar!"

Super simpática, desejou que eu tivesse um bom tempo no país.

Que todos nós tenhamos. Eu, ela e vocês!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Mais um pouco sobre o curso de alemão

Amanhã é o último dia de aula do nível A1. A partir da próxima segunda, mudarei para a turma da manhã. Provavelmente, alguns outros colegas também mudem para esse horário, talvez outros nem continuem e outros permaneçam à tarde.

Para mim, fazer o curso pela manhã é melhor, pois quando chego em casa, o Brasil está acordando e marido também já estará em casa. Assim, posso continuar alguns de meus projetos no Brasil e tenho o resto do dia livre para curtir marido e Berlin. Há tanto ainda para conhecer...

Mas, como posso não ver mais alguns colegas de curso, gostaria de deixar resgistrado algumas coisas:
  • As três coreanas são as coisas mais fofas que já conheci. São lindas, educadas, têm o sorriso solto e falam engraçado. Gostam de fazer contato e foram as primeiras a se aproximarem de mim. Uma delas é pintora e já agendei uma visitinha para conhecer seus quadros. Ela quer estudar Teoria da Arte aqui em Berlin. Que chique! E as outras duas só estão passeando mesmo, gostam da cidade e querem morar aqui um ano. Que fino!
  • A espanhola está aqui por causa do noivo que é alemão. Sinto-a distante, pensando ainda na Espanha. Ela não gosta de Berlin e acho que está com dificuldade de se adaptar, diz preferir Madri (como, meu zeus!? como? rsrs). Acha o alemão uma língua dificílima. Como eu acho que posso melhorar os dias dela por aqui, me ofereci como sua amiga e quero apresentá-la a algumas pessoas que conheço que falam espanhol. Poder se comunicar em sua língua num país estranho também é importante.
  • Os italianos são interessantes, mas não tive muito contato. Assim, como com o japonês, por ser tão reservado.
  • A única pessoa que não me desceu bem foi o israelense. Não por sua nacionalidade, religião ou qualquer outra coisa, mas por sua personalidade. Ele é informático e muitos informáticos têm cara de nerd e uma arrogância própria. Acreditem , já trabalhei com muitos e sou casada com um que, graças a Deus, não é arrogante.
  • A americana é um caso a parte, achava que ela era japonesa, mas, na verdade, é nascida nos EUA. A voz dela é linda, tem uma postura linda e um inglês super claro e bonito. Parece ser uma pessoa muito interessante, também por ser interessada.
Espero que os dias continuem passando rápido, como esses passaram e os progressos constantes.

Como pode?

E por falar em atropelamentos...

Estávamos andando por uma estrada secundária por aqui e, em determinado trecho, vi o corpo de uma raposa atropelada.

Nosso carro era o único na estrada em centenas de metros de distância, o que me fez deduzir que esse era o movimento normal da estrada, um carro aqui, outro ali, de minuto em minuto.

Aí fiquei me perguntando:
"Como, capista, essa raposa foi atropelada?"

Cheguei à seguinte conclusão:
Ela ficou no acostamento, esperando o primeiro carro passar e pulou na frente. Era uma raposa suicida. Só pode.

A bichinha foi abandonada pelo Pequeno Príncipe.

Eu sei que não tem nada a ver com o post, mas ouço essa música sempre que preciso de um pouco mais (mais?) de empolgação. Acho a interpretação divina! Por isso quero compartilhar com vocês.



"Todo dia é dia de aprender um pouco do muito que a vida traz."

quarta-feira, 3 de março de 2010

Idiota tem em todo lugar

Daí que, na quarta passada, quando recebi a visita de Jane, também recebi a de uma amiga.

Daí que essa amiga é uma das "anjas".

Daí que ela atrosou porque é médica e estava concluindo uma cirurgia.

Daí que ela fez uma cirurgia meio que drogada.

Daí que ela também tinha passado por uma punção no ombro direito.

Daí que na segunda, ela tinha sido atropelada, arrebentou os músculos do ombro (literalmente) e estava sem tempo de parar para se cuidar.

Daí que o cara que a atropelou ainda tentou fugir e foi perseguido por uma testemunha.

Daí que eu fico sabendo hoje que o idiota que a atropelou fez uma piadinha enquanto ela estava no chão.

"Se não consegue andar rápido, tem que voar!"

Nessas horas, fico feliz por estar na Alemanha e saber que ele vai ter exatamente o que merece!


P.S. Já não tinha mais neve na cidade. Mas, "derepentemente", começa a nevar novamente. Meteorologia? O que é isso?

terça-feira, 2 de março de 2010

Manifesto para mim

Há muito tempo, eu decidi ser responsável pelas minhas escolhas.
Decidi que sou a única capaz de secar as minhas lágrimas.
Decidi que o meu destino me pertence.
Decidi ser mais autêntica.
Decidi não me deixar abalar pelas circunstâncias.
Decidi que posso fazer a minha parte.
Decidi que sou forte.
Decidi ser mais aberta a novas experiências.
Decidi não dizer não sem pensar antes.
Decidi não te olhar com indiferença.
Decidi ser diferente.
Decidi não julgar.
Decidi ser melhor.
Decidi continuar fazendo o que eu gosto de fazer.
Decidi não fechar os olhos.
Decidi parar de reclamar e agir.
Decidi que o caminho que escolho será sempre o melhor pra mim.
Decidi que as pessoas ao meu redor, todas, são especiais para mim.
Decidi que a amizade é parte de todo o resto.
Decidi que meu amor é incondicional.
Decidi sorrir de mim mesma.
Decidi sorrir para os outros.
Decidi sentir saudades, mas não me deixar cegar por ela.
Decidi ter emoções.
Decidi sentir tudo que me dá vontade de sentir.
Decidi seguir em frente.
Decidi continuar sendo feliz.

Tudo isso porque estou completamente apaixonada por Berlin!

"É melhor ser alegre que ser triste."

Mudança de perspectivas

Com a mudança, claro que tivemos que comprar móveis e eletrodomésticos. Por isso, pesquisamos bastante, andamos bastante e pensamos mais ainda para decidirmos o que comprar.

Foi pior com a máquina de lavar e a geladeira. Pesquisamos, pesquisamos, pesquisamos e acabamos comprando bons modelos numa loja que estava dando bônus de 50 euros em cada compra, período de liquidação.

Quando decidimos por um modelo de geladeira, uma S*mens, a vendedora nos informou que ela fazia mais barulho do que uma de outra marca. A geladeira foi entregue dois dias depois e a ligamos no dia seguinte.

Ao ouvir o barulho, lembro que comentei com marido que ela quase não fazia barulho algum, que era muito silenciosa e tal, que a do Brasil era muito mais escandalosa.

Dias depois, porém...

Toda vez que entro na cozinha, ouço a geladeira fazer tanto barulho que acho que é o exaustor que está ligado. =P

Meus padrões e exigências estão mudando rápido demais, OMG!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Estrangeiros

Em frente ao apartamento tem uma Moschee (um curso de alcorão/kur’an). Tem mulçumano entrando e saindo o dia todo. Têm mulheres e meninas de véu e de burca, homens e meninos com barba e sem barba... As mulheres entram por uma porta e os homens por outra. E eles sorriem, cumprimentam-se e vão embora.

No condomínio têm turcos e alemães. Dá pra identificar os apartamentos turcos através das antenas parabólicas que eles usam para captar os canais da Turquia (e pelo sobrenome nas campanhias, claro). As crianças turcas correm e brincam. Nem vejo as alemãs.

Caminhando nas ruas, vejo muitos asiáticos, muito mais do que imaginaria ver pelo bairro. São vietnamitas, cambojanos, coreanos, chineses... Fico me perguntando como é que eles falam o “R” alemão, meudeusdocéu??

Na escola em que Paulo ensina tem angolanos, croatas, russos, turcos, palestinos, poloneses, vietnamitas e alemães. Todos amigos. Todos com sua história particular.

Num restaurante grego, um garçom era albanês e o outro argentino.

No meu prédio tem um senhor negro. Ainda não descobri a nacionalidade. Deve ser alemão.

E toda vez que olho no espelho, vejo uma brasileira.