quinta-feira, 26 de junho de 2014

Formas de integração

Para a minha família no Brasil, mudei para a Alemanha, torço automaticamente para a seleção alemã. Minha mãe ainda me perguntou se iria torcer para o Brasil, caso jogasse contra a Alemanha. O.o

Claro, né? Meu coração é verde e amarelo.

Para os alemães que convivem comigo é assim:
- E seu Brasil, hein?

Depois do primeiro jogo do Brasil, encontrei umas pessoas num evento que não me conheciam, mas quando souberam que eu era brasileira...

Eles me parabenizaram!!

Ou seja:
Para os alemães, sempre serei brasileira.
Para os brasileiros, já sou alemã.

domingo, 22 de junho de 2014

A Copa vista de Berlin (pela TV)

A Copa começou e a cidade meio que mudou. Durante o dia, todo mundo normal, saindo para trabalhar. Mas, à noite... À noite, a cidade é outra.
- Não tem um bar ou restaurante que não tenha uma televisão ou telão.
- Pessoas vestindo camisa da Alemanha, Brasil, Argentina, França mesmo sem ser dia de jogo deles.
- Lei do silêncio que começava às 22h, principalmente para os bares com mesas na calçada, pronlogada para à meia-noite, por conta do horário dos jogos no Brasil.
- Comentaristas na sacada de um hotel em Copacabana, tirando onda da localização, bebendo água de côco ao vivo e falando das maravilhas do Brasil.
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https://twitter.com/MOpdenhoevel
- Claro que, uma vez ou outra mostram reportagens sobre pobreza, violência ou manifestações, mas nada que tire o brilho do evento.
- Tem repórter brasileira e ex-jogador brasileiro na TV.
https://twitter.com/MOpdenhoevel
Fernanda Brandão
- Tem alemão, inglês, italiano, croata e brasileiro na sala da minha casa assistindo aos jogos e vibrando junto.
- Tem alemão que nem quer saber de ter janela, só quer saber de mostrar que está torcendo para a sua seleção.

- E enquanto a seleção alemã está na Bahia curtindo


- Tem eu, que fico aqui, à distância, querendo estar lá. :)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Quando as coisas têm que dar certo...

Então que viajei. Fui na terça-feira ali em Genebra, bate e volta.

Eu me preparei duas semanas para esse dia. Eu fiquei ansiosa, porque eu teria uma reunião para um projeto que eu gostaria muito de trabalhar, discutir estratégias e, in the meantime, também uma entrevista de emprego. Em inglês.

Quem acompanha meu blog desde o início, sabe que depois que eu comecei a aprender alemão, meu inglês travou completamente. Tem mais de dois anos que faço aulas particulares de inglês. Um dinheiro muito bem investido, diga-se. Professora-amiga até já chorou de emoção...

Para quem acompanha o blog há dois anos, também sabe que eu estive muito doente. Do tipo: muito. Por conta disso, também entrei em contato com pessoas que eu não teria, caso tivesse permanecido saudável. Ou seja, Genebra só porque fiquei doente.

O projeto é de cunho social (a minha área, para a pessoa que perguntou no outro post, é gestão de projetos sociais. Amo!) com uma ligação com o Brasil.

Fui com o coração na mão. Entrei no avião quase chorando. Não, não era nervosismo. Era emoção mesmo. Quando pensei no meu percurso, em tudo que passei para chegar àquele momento, foi difícil não me emocionar. Foi difícil não pensar nas dores e nos momentos de desespero pelos quais passei. Mas, eu estava lá, eu subi naquele avião e estava indo para Genebra.

Chego no aeroporto e pego um taxi para o meu destino. Precisava ser rápida. Pergunto para a taxista:
- German or English?
- Whatever you want.
- Could you take me to this adress, please? (estava em francês, tentar pronunciar ia ser o ó)
Taxista pega sua rota e depois de um tempo, pergunta:
- Why did you ask me what language I can speak? Where are you from?
- I'm from Berlin, but in fact I'm Brazilian.
- Que mistura! - ela diz. E começa a falar em português comigo. Eu dei uma gargalhada de alívio!

Uma espanhola que foi casada com um brasileiro e que fala português fluentemente. (Além de inglês, francês e alemão... abafa)

Chego no escritório e a diretora me recebe toda sorridente. Vestida igualzinha a mim!!! De blusa azul no mesmo tom e calça preta. Melhor sintonia, impossível. E senti que meu dia não só tinha começado bem, como iria continuar assim.

E foi!

Aquelas lágrimas que não caíram no momento em que subi no avião continuam aqui. E irão continuar. Porque faz parte do orgulho que sinto de mim nesse exato momento. Porque, quando as coisas têm que dar certo, nada consegue impedir. Só tenho o que agradecer. :)

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sumi e não estou conseguindo voltar...

Mais de 10 dias sem uma postagem e ninguém reclamou?

É... estou mesmo perdendo a notoriedade que um dia eu já tive. Vou usar a mesma tática que usei com uma mocinha outro dia: assim, vou cortar os pulsos com bolacha maria, tá?

Difícil vai ser achar a bolacha, mas, enfim... :)

Últimos dias foram de balanço, de muito trabalho, de mudança de pensamentos e de novos planos. Nunca pensei que ia voltar a atuar na minha área aqui na Alemanha. Precisei, por acaso, encontrar alguém (a presidente da ONG) para que as coisas começassem a acontecer. E como ímã, pessoas me procuram, projetos chegam e eu me sinto cada vez mais no caminho certo.

Eu tenho algumas histórias pra contar, mas, olha, serei sincera: criatividade sumiu. Passo o dia ou na frente do micro ou falando em alemão que chego em casa e quero fazer outras coisas. Mas, eu volto. Prometo.

Então, pedirei com carinho:

Aguardem no local. Já já, tia Eve está no pedaço novamente!