domingo, 29 de julho de 2012

Por onde andei

Passamos dois dias na cidade de Breslau (Wroclaw, em polonês) na Polônia. Antes da segunda guerra, era território alemão e sua arquitetura antiga ainda pode ser reconhecida por lá. A cidade é grande, com mais de 650 mil habitantes - para o padrão alemão, claro.

Mas, o que me impressionou mesmo, foi a quantidade de shoppings que vimos. Sério. Tinha um a cada dois blocos. Tudo bem que ficamos só no centro da cidade, que é o antigo também, mas, mesmo assim, nunca vi um lugar pra ter tanto shopping e galerias.

Aqui em Berlin tem shopping, mas um ou dois, sei lá, em cada bairro. E nenhum chega a ser um "iguatemi" da vida. Lá, pareciam estar todos concentrados no mesmo lugar. Além das lojas de rua, como aqui também tem de monte. :)

O que eu gostei mesmo foi a rua/praça Rynek, um quarteirão aonde se concentram bares e restaurantes na cidade antiga, assim como a prefeitura. Muito agradável, com direito a guichos de água na rua por causa do calor (34 graus), comida gostosa e mulheres lindas. Gente, o que tem na água da Polônia?
Andar pelas ruas e não entender nadica de nada do que se está escrito nas placas e sinalizações: Déjà vu. Rá!

Recomendo muito a cidade! :)

terça-feira, 24 de julho de 2012

Um dos melhores elogios

Contei que fiquei uns dias na casa da minha cunhada, né? Então...

Tem um tempo que não a via e quando nos falamos ao telefone é super muito rápido. Oi? Não sou fã de telefone e em alemão, piorou.

Enfim...

O caso é que na primeira noite, ela fez um jantar pra mim delicioso e ficamos batendo papo, falamos de tudo um pouco, mais de mim, claro. Marido dela é professor de alemão e escritor. Óia só!

Aí, final da noite, já me recolhendo pra dormir, ele vira pra mim e diz:

- Seu alemão está maravilhoso. Acho que isto está diretamente relacionado ao seu nível de português. Porque você se fala bem a sua língua, é capaz de aprender e falar bem alemão. Estou impressionado.

Cara, eu acho que eu fiquei vermelha. Porque não foi só o fato dele elogiar o alemão (que está longe de ser fluente, deixa eu destacar), ele também elogiou meu português, de certa forma. Não, ele não fala português.

Eu também estou longe de ser erudita e escrever lindamente e livre de erros em português, mas sei que, né, não escrevo mal. E se falo mal ("tu vai"), é vício de linguagem. Eu sei como se deve falar.

Se, um dia, eu chegar ao nível de alemão, como é o meu nível de português, vou ficar hiper feliz.

Que Deus o ouça e eu faça minha parte!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Conto 2 - Vossa Senhoria

Eu não deixo saberes que te amo porque não quero deixar de te olhar escondido.
De sentir o frio na barriga toda vez que tu me surpreendes em devaneios.
De sentir tua mão tocando a minha tão displicentemente.
Eu não deixo que saibam o que sinto.
Prefiro que esse amor morra comigo a descobrir que ele não poderia ser vivido.
Prefiro imaginar as possibilidades de amar a pensar nas formas de fazer voltares para mim depois das brigas que nunca existiram.
Eu não quero que saibam o tamanho da dor que carrego no peito por amar-te.
Uma vez que a probabilidade de não ser, nunca, recíproco me arrebate.
Que a dor que guardo comigo é insana.
Eu não quero que saibas que sonho contigo todas as noites e que nos sonhos tu és sempre minha.
Minha como nunca serás, como nunca foste.
Eu não posso deixar que percebas as lágrimas que derramo todas as sextas
Quando vais para longe de mim.
Quando não há esperanças para um novo sorriso pela manhã.
Eu não permito nunca que percebas que os meus olhos brilham ao te ver.
Que as segundas-feiras de manhã são as primeiras horas da minha nova vida.
Que cada segundo a menos é a minha impassível morte.
Eu não quero que sintam pena do fiapo de gente que sou por não ser amado.
Já me basta saber que te amo
E ter teu sorriso voltado para mim por alguns momentos é o ápice da minha felicidade.
Não notas como sorrio? Não notas como vivo para ti?
Amo-te, querida, e a ti não esquecerei.
Não me importa que não saibas, não me importa que não sintas o mesmo.
Para mim, resta viver e chorar e sofrer e amar-te sempre.
E assim seguirei... abrindo e fechando as portas que passas, varrendo o chão que pisas, escolhendo as flores mais bonitas para a tua mesa.
Chamando-te de Senhora.
A minha.

sábado, 14 de julho de 2012

Eve, a arteira

Né, pintei o sete. Verdade.

Passei uns dias na casa da minha cunhada em Osnabrück. O objetivo era visitar uma bruxa local para fazer umas poções mágicas para mim (leiam: homeopatia).

Cunhada super fofa convidou-me para passar a tarde com ela no curso de pintura que ela frequenta. Coisa bem simples, quatro alunas e uma instrutora bem simpática. Estava sem fazer nada mesmo, né? Fui.

Como eu nunca tinha feito isso na minha vida, a não ser pintar tecido com moldes vazados porque a senhora minha mãe me ensinou (eita, saudade desse tempo...), a instrutora me ensinou uma coisa bem simples: pintura através de pressão.

Tipo assim, gente, vou explicar: você passa a tinta numa superfície lisa (no meu caso foi uma preda), faz lá as misturas que você quer e depois coloca o papel por cima e pressiona. Pronto. A pintura sai impressa no papel. Aí, os truques e técnicas você desenvolve com o tempo. Eu, como marinheira de primeira viagem, não arrisquei tanto. Mas, gostei do resultado.


Estou pensando em finalizar uns três na moldura. Se fizer isso, volto aqui pra mostrar como ficou. :)

Dá licença que estou me sentindo A artista, tá?

P.S. Eu sei. A foto está uma M%$§&! Tenho que fazer um curso de fotografia também.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

"Já descobriram eu aqui, sô!"

Pessoa foi ligar para um restaurante para fazer uma reserva de mesa.

Diálogo costumeiro rolando, confirmando as informações, quando, no final, atendente, que não falava alemão melhor que eu, me pergunta:

- Você é brasileira, né?
- Sim, sou. Como descobriu?
- Soa como se fosse.

Tipo, oi? Meu sotaque me entrega tanto assim?

Não posso nem fingir ser outra pessoa ao telefone. Hunf!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Cortando o barato

Dias atrás, recebemos a vista de uma amiga. Ela tinha ido ao sul de Portugal recentemente. Em determinado momento, ela que é colombiana e já morou no Brasil uns sete anos, vira pra mim em português e fala toda alegre:

- Fui numa praia em Portugal que é muito parecida com as da Bahia. Acho que pode ser uma boa ideia pra você. Você iria adorar.

Antes mesmo dela continuar sua narração, perguntei:

- Tem coqueiro? Se não tem coqueiro, não tem graça.

Todo mundo na sala riu. Porque, claro, não tem coqueiro. E ela emenda:

- Poxa, eu aqui toda empolgada pra te contar da praia e você me pergunta sobre coqueiros!?

Quer comparar, compara, mas, vamos dar os devidos créditos, né? =P

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Mais uma, menos um

Em janeiro, comecei o curso de gestão de projetos que disse que faria. Depois de seis meses, aos trancos e barrancos (perdi aulas quando estive no hospital, por ex.), conclui o curso há duas semanas e fui buscar meu certificado ontem. :)

Agora, tenho menos um compromisso e mais uma meta atingida. Agora também tenho um "cetificado alemão" que já entrou no meu currículo.

Quem sabe, ano que vem, me animo e faço outra. Porque, nesse ano, estou precisando mesmo é de uma pausa, de tempo pra mim.

E rumbora lá aproveitar o verão antes que ele desapareça de vez. =P