terça-feira, 30 de novembro de 2010

A influência dos desenhos na minha vida

- Olha, Amor!! Igual à comida do Tico e Teco!!!
Fonte: Daqui
- Quem?
- Tico e Teco.
- Nunca ouvi falar.
- Esquece!



- Ai, Amor, eu quero um quebra-nozes. Sempre quis ter um quebra-nozes.
- É? Por quê?
- Porque eu via nos desenhos.

Fonte: Daqui

Nem parece que acabei de fazer 29 anos...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Bora mudar o tom desse blog? Bora!

E aí que eu conheci a vice-presidente da ONG que estava de férias na Turquia. Ela é turca mesmo.

Eu tenho uma teoria: toda mulher baixinha é retada/arretada! Elas têm muita energia e sabem se impor, ocupar o seu lugar. Com essa não seria diferente. Uma baixinha e tanto.

Ela estava sentada à mesa e ficou olhando pra mim. Eu comecei a me sentir inibida e não sabia o que dizer. Daqui a pouco ela solta:
- Bora, me fale de você. (Los! Erzahlt mir über dich!)

Pode não parecer, mas eu sou muito travada pra falar de mim. Mas, comecei assim mesmo, com aquele início de conversa que todo mundo sabe: "sou brasileira, moro aqui desde janeiro, meu marido é alemão, blá, blá, blá."

Ela não ficou satisfeita e me encheu de perguntas: filhos? marido faz o que? porque escolheu essa ONG? e tantas outras.

É claro que ela estava no direito de me fazer perguntas. Afinal, ela não me conhecia. Daí que o papo acabou. O meu, pelo menos. Já não tinha mais o que contar. O que ela faz? Começa a falar da vida dela.

Falou de quando chegou aqui com a mãe, que casou, teve dois filhos, já separou e agora está com um namorado. E começou a falar desse namorado. E tome conversa... Tudo isso enquanto ela estava fazendo tricô.

Ela ainda cozinhou pro pessoal, só não pude comer, porque estava esperando marido pra sair pra jantar. Prometo que na próxima eu não faço a desfeita.

Uma mãe, deu pra perceber, né?

P.S.: Alguém pode me dar notícias da Kaline?? Ela sumiu, ou é só impressão minha?

domingo, 28 de novembro de 2010

Enquanto isso, no Brasil...


Fonte das Images: Terra

Desculpa aí acabar com o seu domingo... Mas, não dá pra ignorar.

99% de uma favela é composta de gente comum, gente que trabalha, que tem família, que quer os filhos longe dessa violência. GENTE! Mas, né?, não é só uma questão de sistema. 99% não foram vítimas dele. Morar numa favela, numa comunidade, não deveria ser rótulo para "bandidagem". Eles querem seguir vivendo. Eles querem trabalhar. Só porque eles fazem gato, constroem casas sem alvará? Vai dizer que você, caro leitor, nunca na vida fez algo ilícito (deu propina para o guarda, furou a fila, se beneficiou de um amigo do amigo no serviço público...). A diferença entre você e eles, é que eles são pobres. E pobreza leva a outros níveis de consumo, de vida.

Se não te agrada a visão de uma favela, já tentou ver pelos olhos deles? Você, sentado no seu apartamento, olhando pela janela e vendo barracos, achando uma paisagem feia. Eles, sentados nos seus barracos, olhando pela janela e vendo prédios, sabendo o que nunca poderão ter. Que vida injusta, não?

Infelizmente, numa guerra, civis também morrem. Por causa de 1%...

Para não escrever um manuscrito, digo que concordo com o texto dessa moça aqui e dessa aqui também.

sábado, 27 de novembro de 2010

Um vídeo de 94

Para quem pergunta como é a relação dos alemães com estrangeiros, aqui vai um curta-metragem de 94, filmado em Berlin e ganhador do Oscar de melhor curta daquele ano.

O vídeo vale para algumas coisas:
Para verem como era a Berlin de 94. Já mudou tanto.
Para entenderem um pouco a opinião de algumas pessoas (sim, a opinião da Sra. ainda é atual.)
E para perceberem que, como no vídeo, a Sra., algumas vezes, está sozinha em sua opinião. Ou são os alemães que se calam...

Eu teria reagido igual ao rapaz. Sem tirar, nem por. Conversar, às vezes, não leva a nada... É preciso agir. hehehehe

Preciso abrir um parêntesis: Nem todos os "estrangeiros" entram na categoria de estrangeiros que a Sra fala no filme. São uma parte que não se integra, que não aprende alemão e explora (voluntaria ou invonlutariamente) o sistema social. São esses que são tão criticados. Mas, como quase tudo na vida é generalização, cai tudo no pacote "estrangeiro" e, às vezes, estamos todos no bolo. Para essa discussão, deixo as pessoas que têm mais tempo de Alemanha falarem algo.

Ah, sim! O título do curta (Schwarzfahrer) faz alusão à palavra "negro" em dois sentidos. Um deles é que, assim como no Brasil, a palavra "negro" também é usada para indicar algo ilegal, como mercado negro, na Alemanha é igual, e o título se refere ao transporte clandestino/ilegal (viajar sem ticket, por exemplo). O outro sentido, vocês saberão assistindo ao vídeo.

Segue o vídeo com legendas em inglês:




Para quem interessar:
Na quinta, a escola onde marido ensina, recebeu a visita do rapper Harris para discutir o tema integração, proposto por um professor de alemão. Saiu na Stern, e quem entende alemão pode ler neste link aqui.
A música do rapper (Nur ein Augenblick - "apenas um momento") citada na reportagem discute a participação dos estrangeiros no processo de integração. O cantor é filho de alemã com africano, tem "cabelos pretos, olhos castanhos e pele escura" (como se descreve na música) e questiona o porquê de jovens estrangeiros falarem tão mal da Alemanha, não aprenderem alemão direito e ainda quererem viver aqui.
Na reportagem, ele diz: "Integração significa se interessar" e na música:
"Deutsch sind alle Nazi's? Hmm, von wegen
Wenn alle Deutschen Nazi's sind warum willst du dann hier leben?"
(Alemães são todos nazis? Hmm, que nada
Se todos os alemães são nazis, por que você quer viver aqui, então?)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Da natureza alemã - Parte 02

Abre parêntesis. Eu ainda fico admirada com certos comportamentos dos alemães. Não sei se é por conta de todo mito em volta deles, o "pré-conceito" que temos, aquela imagem fechada que poucos se abrem para enxergar diferente. Cada vez mais, eles me surpreendem. Ou sou eu que me deixo surpreender. Claro, muitas vezes a surpresa é negativa, outras, positiva. Fecha parêntesis.

Participei de um evento junto com a ONG. O evento era destinado a pessoas com problemas com álcool e drogas. Foi realizada numa praça conhecida pela frequência dessas pessoas (assim como as grandes estações de metrô). Muitos são desempregados, jovens que aprenderam a beber por influência dos pais já alcólatras (eu vi isso lá) e outros fatores.

A nossa tarefa era abordar algumas pessoas que se encaixavam no perfil da ONG, falar um pouco dela e entregar o flyer. Eu não falei, eu só entreguei o flyer. Quem conversou foi o colega turco, que abordava as pessoas assim:

"Oi, somos da ONG X que ajuda pessoas com vícios e problemas emocionais e estamos entregando esse flyer para vocês entenderem um pouco do nosso trabalho. EU JÁ FUI ALCÓLATRA e sei como é importante ter esse tipo de apoio."

Não abordamos muitas pessoas, umas 12, no máximo. Dentre eles, três jovens. Um estava, às 12h da tarde, trêbado, mais que bêbado. Não conseguia nem ficar em pé.

É público e notório que pessoas bêbadas perdem o controle de si, tornam-se violentas às vezes, ainda mais quando você oferece ajuda, chamando o cara de alcólatra. Nem todos aceitam bem esse "papo". Muitas vezes, a bebida mostra a verdadeira essência da pessoa. E foi essa essência, nesse jovem alemão, que não deveria ter mais de 20 anos, que me chamou a atenção.

Ele ouviu o que o colega falou, pediu o flyer da minha mão e disse com uma voz tranquila:
- Ich danke euch. Das war super nett und wichtig. Ein schöner Tag und viel Erfolg. (Eu agradeço a vocês. Isso foi muito gentil e importante. Um bom dia e muito sucesso.)

Ele não foi o único a ser abordado que nos tratou com gentileza. Foi só o que me chamou mais atenção por ser tão jovem.

P.S.: ONG aqui se chama Verein (associação/clube).

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Da natureza alemã - Parte 01

Abre parêntesis. Eu ainda fico admirada com certos comportamentos dos alemães. Não sei se é por conta de todo mito em volta deles, o "pré-conceito" que temos, aquela imagem fechada que poucos se abrem para enxergar diferente. Cada vez mais, eles me surpreendem. Ou sou eu que me deixo surpreender. Claro, muitas vezes a surpresa é positiva, outras, negativa. Fecha parêntesis.

Estou no médico, de novo, e dessa vez sozinha, sozinha (Ebaaaaa!), esperando ser chamada, quando acontece uma cena peculiar na fila para fazer a marcação.

Algumas pessoas chegaram ao mesmo tempo e formaram uma fila de 5 ou 6 pessoas, maioria mulheres. Nevou ontem em Berlin (NE-VOU ontem em Berlin), e o pessoal estava com aqueles casacos pesados. Ao lado da fila, um cabide para pendurá-los. Digamos que a quinta mulher da fila, antes da última, resolveu tirar os quilos de casacos e colocar no cabide. A mulher que estava atrás, a última, resolveu não esperar e passou à frente da mulher do casaco.

Uma coisa que alemão adora fazer é reclamar (e pode fazer isso muito "bem". Medo, viu?). Principalmente, quando ele acha/sabe que está no direito.

Segue-se o seguinte diálogo:

- A senhora estava atrás de mim. - disse a mulher que tirou o casaco.
- Sim, mas a senhora saiu da fila para tirar o casaco.
- Eu não saí da fila, eu continuei.
- Mas, atrasou. Por isso, estou na frente agora.

E vocês pensam que parou por aí? As duas ficaram lado a lado na porta, numa competição pra ver quem corria primeiro para a atendente. Uma cena ridícula que durou segundos, até que a mulher que tirou o casaco resolveu não criar uma situação ainda pior. Mas, ficou olhando a mulher com aquela cara que a gente já conhece:

Gente, 08 horas da manhã e o povo já criando clima e amargando a vida dos outros? Por causa de UM lugar, dois minutos de vida e um atendimento "The Flash"? Choquei!

P.S. Nevou ontem, hoje céu azul e sol. Viu que eu disse?

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pois não?

O presidente da ONG e eu:
- Você pode rawhfajs bfaoqurqj3brfm vakjqrgva asdakgafnbamf adjarha?
- Como?
- AJshadfna aslirqkrnamsa daslkjrabs dasalkdakhfbva?
- Ahhhh!

Mentira. Continuo sem entender. Mas, como ele faz mímica e me entrega um papel, deduzo o que ele quer.

O problema - meu, claro - é que ele fala "berlinense" (aqui tem dialeto também, sabiam?) e não tão claro quanto poderia, aí embola o meio de campo e de 10 frases que ele diz, entendo 02 palavras. Além disso, ele fala pelos cotoveltos. =P

Uma hora eu terei que entender. Ou não, vai saber, né?

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Adaptação

Existem várias formas de se adaptar. Vários tempos. Várias perspectivas. Vários anseios e dúvidas. Existem adaptações e adaptações. Existem aqueles que se adaptam à Alemanha, mas continuam querendo voltar ao Brasil. Existem aqueles que não conseguem se adaptar, mas continuam tentando. Existem aqueles que se adaptam e só voltam ao Brasil de férias. Existem pessoas.

Tudo isso por conta de uma conversa que eu tive com a minha cunhada (esposa de meu irmão). Ela perguntou como estava minha adaptação, se eu já conhecia tudo na cidade, se já andava sozinha, essas coisas.

Aí eu respondi que primeiro eu tive que me adaptar ao fato de estar morando numa cidade grande, para depois entrar no fator "estar morando na Alemanha". Antes de me adaptar à língua, clima, cultura, tive que aprender a andar de metrô, a me acostumar com distâncias, a olhar horário de transportes, de pesquisar melhores rotas no mapa de trânsito da cidade (ok, os dois últimos pontos só são possíveis aqui mesmo. hehehe). Primeiro, eu tive que me acostumar a estar numa capital, depois em Berlin. Tinha que olhar as vitrines das lojas em tempo de liquidação (porque eu cheguei no fim de janeiro) e me conter para não surtar com todas as 9876124538 opções de como eu poderia gastar o dinheiro que eu nem tinha.

Eu ficava tonta olhando tudo ao redor. Vocês vão pensar que eu sou "analfabeta de pai e mãe", mas eu era só matuta, jeca tatu mesmo. Tááááááááá! Eu sei que isso é exagero, que eu não era tão assim, mas, pô, no nordeste não tem tinha metrô, passei grande parte da vida numa cidade de 20 mil habitantes, morei em uma com 600 mil e em Recife, conheço outras capitais como SP, RJ, POA. Mas, né? Não morei em nenhuma delas. É diferente. Deem um desconto. Amém!

E agora eu sou bicho da cidade grande. Cidade de 3,5 milhões de habitantes. Mas, sem engarrafamento, violência exagerada, e outras coisas mais. Ou seja, sou bicho de cidade grande que ficou só com as vantagens. As desvantagens aqui são outras. E com essas também estou aprendendo a lidar.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Então, é isso...

(texto grande, sinta-se a vontade em não prosseguir)

Sempre alguns dias antes do aniversário costumamos parar para algumas reflexões. É mais ou menos como aquelas que fazemos no final do ano para pensar nas promessas para o próximo. E daí que meu aniversário é quase no final do ano (oi? faltam 6 semanas, viu?) e já aproveito e junto tudo.

Não consigo dizer ainda, depois de 10 meses na Alemanha, se eu me tornei uma pessoa melhor ou pior, se eu sou assim ou assado agora. Eu sei que mudanças aconteceram, porque acontece com todo mundo. Se eu estivesse no Brasil, tenham certeza que eu não passaria 10 meses parada, estaria em movimento, estaria em mudança. Aqui, elas só aconteceram diferente, num ritmo diferente e para objetivos diferentes.

Estou fazendo 29 anos. Nem parece, não me sinto com 29. Talvez, 24, sei lá. Quem me conhece, pode dizer o mesmo. Eu não tenho uma voz madura, eu dou risada de tudo e de todos, eu sou transparente demais, (tirando as marcas de expressão que surgiram na minha cara depois desse tratamento, diria até que tenho cara de menina, as espinhas ajudavam nessa parte. hehehe), sou espontânea e, muitas vezes, impulsiva, me comporto socialmente como uma adolescente espoleta/baiana, entre outras coisas. Mas, sempre fui emocionalmente mais velha. A diferença é que hoje entendo que nem todo mundo é assim e cada um reaje à sua maneira a certos problemas na vida. Só me falta paciência... =P

Eu me sinto outra. Eu vejo a chegada dos 30 anos com outros olhos. Eu não tenho medo da idade, nem dos muitos cabelos brancos que já tenho. Só que eu também sei que ainda tenho muito chão pela frente. Ainda tenho muitos demônios para exorcizar e muitos obstáculos para ultrapassar. Estou disposta a isso.

As coisas irão acontecer, como estão e continuam acontecendo. Só preciso saber o que quero. E, na minha vida inteira, sempre soube o que queria e conquistei. Tenho tudo o que quero e preciso nesse momento. O que me falta, o que quero consquistar, ainda irá chegar. Estou traçando o meu caminho. Se mais longo, mais curto, mais leve ou mais truculento que outros, não importa. É o meu caminho.

Em 21 de janeiro de 2010 recomecei a minha vida. Voltei à alfabetização, me senti muitas vezes enfeite de festa, me frustrei, cai e levantei, morri de raiva de mim, chorei, sorri, vibrei, torci por mim... Não cheguei muito longe, eu sei. Eu poderia ter conseguido mais? Poderia. Mas, será que eu teria desfrutado como eu desfrutei? Será que ter me dado um tempo para viver, para recomeçar a vida não foi um ponto positivo?

Muitas vezes, precisei que alguém me dissesse que estou indo bem. Uma das coisas que perdi ao chegar no país, foi a segurança. Eu me senti insegura. Perdida. Às vezes, duvidava das minhas capacidades. Mas, esses dias, concluindo meu currículo, reavaliando meu passado, eu percebi de novo o que eu já sabia: eu já fiz muitas coisas e eu já consquistei muitas outras também. Só falta que o resto do mundo saiba. Ou não. Basta que eu saiba e não me deixe abalar pelas incertezas dessa vida nova. Afinal, é tudo uma questão de perspectiva. Hoje, estou assim. Amanhã, olharei pra trás e pensarei: "olha só o quanto eu caminhei."

Depois desses 10 meses, estou perdendo amigos que ficaram no Brasil e estou ganhando outros por aqui. Sem desmerecer o benefício das antigas amizades, são essas novas que me mostram quem eu sou hoje - ou quem estou me tornando. Obrigada!

Eu agradeço todo dia. To-do di-a! Em qualquer momento, quando eu recebo algo, quando alguma coisa boa acontece, eu agradeço. Acho que por isso não me falta quase nada. E o que me falta, depende de mim e de mais ninguém conseguir.

Eu tenho um marido maravilhoso que me ama quase incondionalmente. Juntos, construímos um lar. Eu vi os dias passarem e as coisas acontecerem para nós, tudo se encaixando direitinho. Eu tenho amigos. Eu aprendi a reagir mais rápido. Eu descobri valores que antes não conhecia. Eu me tornei menos ansiosa. Eu passei a respeitar meu tempo. Eu nunca pensei em desistir. Eu aprendi a conquistar todo dia e cada vez mais o meu marido, o meu anjo, o meu tudo (você é meu tudo). Eu reconheço. Eu me deixei surpreender. Eu me surpreendi comigo mesma. Eu faço a minha hora. Eu descubro e me redescrubo sempre. Eu agradeço. Eu tenho. Eu tive. Eu terei. E, ainda mais importante, eu serei.

Hoje, dia 22/11, meu primeiro aniversário na Alemanha. Parabéns para mim!


P.S.: Eu não posso esquecer do meu manifesto!

domingo, 21 de novembro de 2010

Idoso desaparecido

Update:
Infelizmente, terei que atualizar este post com a notícia que ninguém gostaria de receber: clique aqui.

Pessoal de SP, Cravinhos e região, atenção!
A Nira pediu para eu divulgar essa nota em nome da Lucimara, pois seu avô está desaparecido.
Uma reportagem sobre o caso vocês podem ver aqui. Não é um hoax.

O texto abaixo, copio do blog da Lucimara, a neta.


Gente,

Precisamos achar meu avô, ANNIBAL GREGÓRIO DA SILVA.
Ele está desaparecido desde a última terça-feira, dia 16/11/10. Vestia camisa xadrez, calça jeans, chapéu e botina. Está sem documentos...

Amigos de Cravinhos e Região...
Pelo amor de Deus!!! Se vocês o encontrarem, parem-o e conversem. ELE ESTÁ PERDIDO. Contatem-nos, liguem pra polícia, pro pronto-socorro... Não deixem que ele vá embora, por favor!!!
Todos estão sabendo e será fácil trazê-lo até nós.

De início achávamos que ele poderia não ter saído da cidade, mas pistas indicam que ele pode estar na região. POR FAVOR, PRECISAMOS DE PISTAS VERDADEIRAS, POIS AS FALSAS OU INCERTAS PODEM ATRAPALHAR NOSSAS BUSCAS
Obrigada!

Rezem...

(16) 3951.7278 / 3951.3113 / 3951.6290
(16) 9191.7840 / 9137.0728 / 9139.3845
(16) 9186.0389 / 9783.8912 / 9143.8292
(16) 9794.1507 
Uma nota minha: Os números foram divulgados para ajudar, trote é coisa de gente burra! Se não é pra ajudar, fique quieto. Já tive uma avó com Alzheimer, sei como é difícil para a família. Que ele seja encontrado bem!

sábado, 20 de novembro de 2010

Sobre os dias cinzas

Marido já tinha me avisado, brasileiros que moram na Alemanha já tinham me alertado, alemães já tinham tocado o terror pra mim. E agora sou obrigada a admitir: Novembro é um mês TER-RÍ-VEL!

Gente, eu nunca me senti desse jeito. Não que eu lembre, claro. TO-DOS os dias cinzas, com chuva, frio... O último dia menos feio foi o sábado passado, que teve um pouco de sol e pude ver o azul do céu e o domingo, que chegou a fazer 17 graus e aproveitei para renovar o ar da casa. Tirando isso, tá um saco.

Depois que eu comecei na ONG ficou ainda pior, pois parece que o dia acaba em três horas. Eu vou para a ONG à tarde, aí acordo às 09h/10h e fico de preguiça (oi? eu nunca disse que era ativa), na net ou fazendo coisas desimportantes, até dar o horário de sair.

Eu vou de metrô, mas ando um pedaço até a estação aqui e da estação até a ONG. Vento na cara, encarando um céu escuro e ruas enlameadas, por conta das chuvas constantes. Ok. Sobrevivo a isso. E na hora de voltar, quando acho que ainda tenho muitas horas pela frente, olho pra fora e? E já está TU-DO escuro, às 16h30. Acabou o dia.

É super estranho essa sensação de dias curtos e cinzas. Deixa eu explicar o tom de cinza pra vocês: não é céu nublado apenas, é o dia escuro. Sabe fim de tarde de inverno no Brasil? 17h30 em alguns lugares? Então, pensem nessa cor o dia todo. Céu, dia, pessoas (porque está todo mundo de casaco escuro), seu humor... Alguém me tira daqui, por favor? (brincadeira!)
Meu cérebro não está assimilando, não está funcionando direito. Eu não sinto falta do sol. Eu sinto falta do azul do céu. Eu juro pra vocês que estou louca para que comece a nevar logo, pois é sinal de céu azul depois e brilho, muito brilho.

Agora que já assumi que vocês todos tinham razão. Dá pra devolver a minha agora? Obrigada!

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Para colorir, selinho do Prêmio Dardos que ganhei da Beth e da Ingrid:

Obrigada, meninas!

E esse foi a Nira:
 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Enquanto isso, na ONG...

Abrem-se as cortinas.
Ato 1
Chego na ONG e encontro uma Sra. na porta fumando. Digo boa tarde e entro. Cumprimento o pessoal e sento-me para conversar com um cara da Blaues Kreuz que estava lá curioso em saber quem era a voluntária brasileira (detalhes...).

Ato 2
A mulher entra, senta-se junto conosco e me oferece um iogurte. Eu já tinha recebido um café do meu colega turco. Eu agradeço e deixo o iogurte em cima da mesa. Eu não queria, mas acho que ela nao entendeu. O colega turco avisa a ela que eu não vou tomar. Ela pega o iogurte de volta e faz uma cara feia. Do nada, começa a sorrir. Comecei a perceber que tinha algo estranho com ela, não era "normal".

Ato 3
Continuamos conversando e ela lendo alguns panfletos, rindo sozinha, fazendo de conta que estava fazendo parte da conversa e eu só observando.

Ela pede água e meu colega vai buscar. Ela pede outro cigarro e meu colega dá. O outro que tem cara da Hells Angel chega e faz uma cara de susto, olha pra mim e gesticula como se quisesse saber quem é. Eu gesticulo, respondendo que não sei.

Ato 4
O tempo passa e ela vai embora.

O colega turco chega para o outro e pergunta:
- Klaus, essa mulher frequenta a ONG há muito tempo?
- Ela? Eu nunca vi na vida.

Encerra-se o Ato.
Fecham-se as cortinas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Síndrome de Status

Eu lembro que quando eu estive na Alemanha a primeira vez, em maio de 2008, muita coisa me chamou a atenção, obviamente. Mas, uma das coisass que mais me impressionou na sociedade alemã em geral, foi o conceito de understatement. Alemão não gosta de mostrar quando é rico. Aliás, quanto mais rico, menos ele demonstra. Vai ter uma Mercedes ou um Audi na garagem? Vai. Mas, ele não irá fazer isso para se exibir, você não se sentirá ofendido porque ele sai por aí com seu carro novo ou dá festas na sua casa grande com o único propósito de mostrar que ele é rico e você não. Principalmente, porque a desigualdade social aqui não é tão grande. A não ser que você seja milionário ou desempregado.

Claro, também, que sempre existem as excessões, os caras inseguros que precisam mostrar o que não têm no meio das pernas. (Perceberam que eu tenho uma opinião radical sobre o tema, hein?) E em cidades onde circulam mais dinheiro também, é consequência.

E isso me chamou atenção, porque a cidade aonde morei na Bahia está cheia de emergentes (eu não estou falando do Brasil todo, perceberam? rs). Quem conhece ou conheceu os emergentes que eu conheci, consegue entender porque eu valorizei tanto esse comportamento alemão. Finais de semanas são o melhor período para competição de quem tem o carro mais caro, o som mais potente e você vê aquele monte de Paris Hilton passeando pela cidade, e meninos recém saídos das fraldas andando bêbados com o carro que acabaram de ganhar. (Ach, aber das ist so cool!) Os pais também não são melhores exemplos. E lá, eles podem mostrar que ficaram ricos (ou se tornaram classe média endividada), além de fazerem questão, porque existe a pobreza. Tem como eles se exibirem, tem como fazer com que outros desejem o que eles têm, sem que possam ter.

Aqui na Alemanha, isso é tratado como Síndrome/Sintoma de Status e discutido, de certa forma, socialmente. Exemplo dado nessa propaganda:

Diálogo
Mulher: Isso soa totalmente fascinante! (Provavelmente, se referia a um novo trabalho do rapaz)
Homem: Bem, mas não se ganha mal, isso é claro. Aqui, (ele aciona o alarme do carro), 120 mil. (Fazendo referência ao valor do carro)
M: Oh! Eu sinto muito mesmo. Gostaria de conversar sobre isso? (Oferecendo seu ombro amigo para que ele discuta sobre seu "problema")
H: (Cara de quem perdeu a trep... moça)
Narrador: Sofre de Síndrome de Status? (...)

Resumindo: síndrome de status é um problema a ser tratado. =P

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Notícias da operação Sereia

Eu falei disso aqui. Estou no fim da terceira semana.

O tratamento até agora está indo bem. Nada extremamente radical aconteceu, além da boca, nariz e olhos secos devidamente tratados com os produtos adequados. Estou cuidando da pele com hidratante, igualzinho na propaganda da Xoxa com o monange.

Estou mesmo passando longe de álcool, o que não é nenhum sacrifíco, na verdade.

A operação sereia não funcionou, não consigo ficar longe da depilação, mesmo que pernas cabeludas ajudem a aquecer no inverno. =P Eu só tento não maltratar a pele para não manchar mais ainda.

Já sinto a pele mais clara e a acne gradativamente sumindo. Olhar-me no espelho está sendo castigante, porque eu sinto a pele desestruturada, já que está seca. Vejo marcas de expressão que antes eram sutis e agora parecem rugas de séculos. Múmia, oi? Sai de sereia pra múmia... Que involução. Mas, sei que é passageiro, porque uma das promessas do remédio é a renovação celular. Vou ficar com cara de bunda de nenê! Rá!

O que está pegando é o colo. Não o de baixo, meninos. O de cima mesmo. Região abaixo do pescoço. Sabe quando você acorda e está tudo enrugado? Principalmente, porque a moça aqui só dorme de lado? Então... Nem hidratante resolve. E procurar creme específico nas prateleiras aqui na Alemanha é quase uma tortura. Pois, são 418731284 opções de cremes e eu nunca sei, efetivamente, para que servem direito.

Estou aceitando sugestões.

Resultado da prova de certificado

Bom, eu falei da prova de certificado para o nível B2 de alemão aqui e aqui.

Recebi o resultado através de uma colega do curso pelo facebook. Ela está repetindo o B2 e estava lá quando os certificados chegaram. Veja só a classe da escola, mandando recado pelo facebook por outra aluna... Deixa pra lá.

Só tive tempo de ir buscar ontem, mesmo assim porque marido me levou de carro já que estava chovendo. Aliás, choveu o dia todo. E eu cheguei toda molhada da ONG...Deixa pra lá 2.

Pra passar, a pessoa tem que acertar, pelo menos, 60% da prova. Eu queria fazer 80% para poder ficar com uma média "gut", já que nota na Alemanha é uma coisa relevante. Eu tive que colocar as notas da minha monografia e do meu artigo (da pós) no currículo, vejam só.

Eu passei - e no fundo, eu já sabia. Mas, não consegui a nota que eu queria. Consegui acertar 73% da prova. Eu me mantive na média de 80% em quase todas as partes da prova. A pior parte (ironicamente, a que achei que fui melhor) foi a de Leseverstehen (Leitura), fiz exatos 60%. Ou seja, bateu na trave para eu perder a prova inteira... Surpreendentemente, a melhor nota foi a do Mündlich (Oral), 90%. Isso quer dizer, que a descarada sou eu que não tenho coragem de sair por aí tagarelando com as pessoas.

Eu já falei aqui que ainda não aprendi a lidar com a minhas frustrações. Isso quer dizer que não fiquei satisfeita com o resultado. Deixa pra lá 3.

Vida que segue e alemão que precisa melhorar (sempre, como disse a Jane)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O primeiro dia na ONG

Que não é hoje. Foi ontem. =P

Cheguei às 11h, como eles pediram, para que eu conhecesse o outro voluntário que também começou ontem. Um turco, aparentemente aposentado, que diz que é melhor fazer trabalho voluntário do que ficar em casa tamborilando os dedos. Eu que diga. Ele lembra muito meu avô, não sei porquê. Devem ser os olhos. Simpático e atencioso como os outros, já perguntou logo se poderíamos nos tratar como "du" (você).

Conversamos um pouco e já recebi uma atividade pra fazer: digitar a ata de uma reunião (quem liga pra minha mão, minha gente?). Olha, déjà vu total esse, viu? No meio da digitação, me dei conta de que voltei minha vida profissional ao momento zero, 10 anos atrás. Meu primeiro estágio no Brasil foi numa cooperativa e o trabalho consistia, basicamente, em registrar e digitar atas (depois, as responsabilidades aumentaram até eu ser contratada). E agora, estou eu na Alemanha fazendo a mesma coisa, hein? Será que eu aprendo alguma coisa com essa atividade boba? Com certeza.

- Eu não estava acostumada a digitar em teclado alemão (sim, é diferente. O z é no lugar do y e existem as teclas ä, ö e ü, e mais uns detalhes) Eu levei mais tempo do que o normal por conta disso.
- O sistema é todo em alemão. Também não estava acostumada. Bora lá aprender a mexer no Office em alemão? Onde é que fica as ferramentas? E a edição? É o office novo, eu tinha o 2003 no micro e agora estou com o openoffice. Imagina aí? Estou tão perdida como cego em tiroteio.
- Mais vocabulário e ortografia para assimilar.
- Vou ganhar segurança, pois estou fazendo um trabalho (qualquer que fosse) sem pressão, já que é voluntário.
- E o principal: eu vou desbloquear meu alemão!

Já pensou passar aperto num emprego por causa disso? Depois desse voluntariado, pularei essa fase.

A cereja do bolo fica por conta de ter encontrado o cara que vai me passar algumas atividades do Büro (escritório) com os dois olhos roxos. "Puta que pariu!" (palavrão necessário para vocês compreenderem o meu susto.), eu pensei, "será que esse cara se mete em confusão? Bem que ele tem cara de Hells Angel...". Como eu não tenho intimidade, nem perguntei o que aconteceu. Foi só no final do dia que descobri que o coitado foi assaltado na semana passada. Tadinho, levou porrada porque reagiu. Brasil? Oi? E eu vou pro inferno porque pensei maldade. É que a rua aonde fica a ONG é uma das mais famosas de Berlin, só que pelos motivos errados. Por lá, já rolou muita droga, tráfico, clãs árabes, gangues russas e outras coisas mais. Agora, depois de anos, e com muita intervenção, é que a situação está melhorando.

E eu lá, no meio. Eles me contaram um monte de coisas que já aconteceu lá e eu com cara de paisagem, como se o que eles tivessem me contando fosse novidade pra mim... Deixo que eles se iludam? Deixo. Sou malvada.

No mais, aguardem novos relatos.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O centavo

Sabe aquela pessoa calejada, que já está acostumada a olhar liquidação de 0,99 com outros olhos? Que você chega na loja e olha aquela peça maravilhosa e diz: "Nossa! Só 14,99!?" Eu digo: "Nossa! Só 15,00!?"

Por que eles fazem isso, minha gente? Só porque o primeiro número que o seu cérebro registra é o 14. Então, você calcula um pouco abaixo do preço real. Mas, oi? Eu estudei Marketing, tá? Eu sei os truques. Então, não vem querendo me enrolar, que eu não sou barbante (Ui, me senti a Gisley agora.).

Só que tudo na vida tem um porém. Eu me mudei pra Alemanha e a pagadora de mico mór sou eu, né?

Estou eu, linda, loira e serelepe (oi?) na floricultura, escolhendo alguma coisa para colorir o ambiente do meu "home sweet home" nesse tempo cinza de novembro (argh!) e escolho um ramo de flores esquisitas que já esqueci o nome: 2,99. (A pessoa quer colorir a casa e escolhe flores esquisitas que ela já esqueceu o nome. Ok, deixa esse detalhe pra lá.) Vou lá no balcão e coloco 3 euros em cima como pagamento. Espero a moçoila embrulhar as flores no papel, pego meu pacote e vou embora. Só faço virar as costas e a moçoila grita:
- Seu dinheiro!

Oi? Será que eu dei a mais?

Não, minha gente, ela estava me devolvendo 0,01 (um centavo, pra quem não entendeu). Ela estava me devolvendo "meu dinheiro". Eu voltei para pegar "o dinheiro", porque sou menina educada e fiquei me perguntando onde é que, no Brasil, um centavo é dinheiro?

Por que, né? Vida de brasileiro é arredondar! Isso quando não dão o troco de bala. =P

sábado, 13 de novembro de 2010

Ou você faz a sua parte ou você faz a sua parte

Semana passada, recebemos na nossa caixa de correio um comunicado da administradora do prédio que o quartinho onde são guardadas as bicicletas e carrinhos de bebê do pessoal dos apartamentos seria reformado no dia 09/11. Portanto, teríamos até o dia 08 para retirar nossas coisas. Eu guardo minha bicicleta lá. No sábado, fui lá e tirei minha magrelinha cheia de pó e mofo - porque eu não saio nesse vento frio de bicicleta nem me pagando! Ok, se a grana for boa, quem sabe. rsrs

Enfim.

O legal mesmo foi o que eu li no aviso. Eu li a expressão Herrenloses Gut. Explicando: no aviso constava que se alguém, por acaso, esquecesse de retirar o seu bem de dentro do quartinho, ele seria considerado "sem dono" e seria jogado fora (marido que explicou). Simples. Não vai ser outra pessoa que será responsável pelo que é SEU. Se é seu, vai e toma conta, meu filho. Levanta essa bunda do sofá, sai da frente do aquecedor e vai lá facilitar a vida de quem está fazendo um benefício para o coletivo: reformando uma área comum do prédio.

Todo mundo fazendo a sua parte. Bonitinho. rsrs

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A pessoa evolui

Um dia, no passado, marido comprou, de presente para mim, um livro. Título: O grande livro de história para as primeiras leituras. Traduzindo: um livro para crianças que acabaram de aprender a ler. Tinha um elfo nas histórias...

Depois, eu comprei um livro de Erich Kästner, o Monteiro Lobato alemão. Título: Emil e os detetives. Para crianças na faixa de 10 anos. Isso foi antes das férias de verão.

Semana passada comprei outro livro para não deixar o alemão de lado por conta do fim do curso. Para jovens adultos. Esse já começa a refletir um pouco da minha personalidade, do meu gosto por mistérios e crimes (na leitura, gente, na leitura).

E, como toda criança um dia cresce e melhora sua leitura, também aconteceu comigo. Fui da alfabetização até a juventude em 7 meses de curso. Sem falar que ainda tem os livros adultos, a trilogia Milennium, que estou louca pra ler, entraria nessa categoria. Em breve também, quero estar lendo clássicos da literatura alemã. Breve = Um ano. (Porque, né? literatura clássica pode ser bem complexa. Alguém já leu Fausto no original? Tá. Ok. Não precisam acreditar nessa parte. Nem eu acredito.)

Ah sim, vocês querem saber o título do livro que eu comprei? Querem, né? Eu sei.
O título é:
Meninas mortas não mentem.
(eleito Bestseller da categoria pela "Der Spiegel")

Eu disse que era reflexo da minha personalidade. Eu disse. Hehehehehe

P.S. E eu ganhei da Flor, de presente de aniversário adiantado, o livro Der Dativ ist dem genitiv sein Tod. (O dativo é a morte do genitivo). Esse só quem sabe alemão entende. rs Obrigada, Flor, pelo carinho.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Pernas cruzadas

Lembram que eu quando eu contei sobre o três alemão, eu disse que essa era uma técnica para descobrir espiões? Durante a guerra e na guerra fria que se seguiu depois. Pois é... Também havia outro meio de identificá-los.

Queridas amigas que tem um alemão em casa, atenção. Olhem para os seus queridos. Eles estão de pernas cruzadas? Se não, por favor, peçam que cruzem agora. Tempo, tempo, tempo... Então, como foi?

Eles cruzam as pernas igualzinho a nós, mulheres, hein? Quando eu digo que a Alemanha é dominada pelo feminino, ninguém acredita. ;)

Os americanos, também os brasileiros, cruzam as pernas fazendo um quatro, ou seja, dobrando o joelho. Outros povos podem fazer do mesmo jeito. Mas, na espionagem, que é um trabalho cansativo de perseguição e observação, quando um americano sentava em meio aos alemães, era assim que eles poderiam ser identificados. Porque alemão quando cruza as pernas, CRUZA as pernas e não apóia uma na outra, simplesmente.

Portanto, caros leitores, se querem se infiltrar no país, atenção ao três e ao cruzamento de pernas.

Porém, contudo, todavia...

É preciso dizer que alguns hábitos mudam e os alemães mais modernos já podem ter mudado. Mas, o meu, minhas caras, é feminino. hahahahaha

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Uma questão de ponto de vista

Ando com as vistas cansadas, principalmente, por causa das minhas horas em frente ao computador e ao remédio que estou tomando.

Eu já usei óculos no Brasil, para leitura, e achava que poderia ter um aqui também. Também já estava achando que tinha um problema de vista mais grave, pois, quando reclamei com marido, ele pediu que eu lesse determinada placa a uma certa distância. Eu não consegui ler. Ele leu. Ele usa óculos, tem miopia. Logo, pensei que realmente pudesse ter um problema.

Marido achou que precisava trocar de óculos e fomos os dois numa ótica fazer um pré-exame. Aqui, as óticas fazem o exame de vista como nos oftalmologistas. Então, os médicos acabam ficando mesmo com os problemas sérios (infecções, cirurgias etc).

Primeiro, foi o marido. Depois eu. O atendente disse que eu tinha olhos mais jovens do que a minha idade, que não tinha problema algum. Em resumo: minha visão é perfeita.

Eu fiquei com a pulga atrás da orelha, né? Porque, afinal, eu não estava conseguindo enxergar o que marido só enxerga com óculos.

Foi só no caminho para casa que eu descobri qual era o meu problema.

O atendente havia dito para marido - e essa parte eu não escutei - que, com os óculos, ele consegue ter uma visão de 130% e, por isso mesmo, ele não precisaria trocar de óculos tão cedo. Aí, meus caros, a ficha caiu. É claro que eu não vou enxergar uma coisa que alguém com 30% de visão a mais que eu consegue enxergar, não é mesmo?

Quando eu digo que o mundo é injusto, ninguém acredita! hahahahaha

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cai um mito

Como alguns sabem, hoje foi a segunda tentativa de fazer a entrevista na ONG para eu conseguir um trabalho voluntário. Na verdade, nem foi bem uma entrevista, foi um bate-papo.

Eu cheguei um pouco mais cedo que o esperado, 14h20, e encontrei a ONG fechada. Como eu estava adiantada, fui caminhando até uma pracinha, para dar o tempo certo, voltar e encontrar a ONG aberta. 14h30 estava lá, o horário certo.

14h31 também,
14h33...
14h37...
14h40...

Até que a pessoa que ia conversar comigo chegou. Entramos e ele foi ligar computador, telefonar para uma pessoa, olhar correspondências... depois de 10 minutos começamos a conversar. Depois chegou outro senhor que tinha conversado comigo ontem e um ficou colocando a culpa no outro pelo atraso: "eu pensei que você já estava aqui, por isso atrasei..."

Quem disse que eles são pontuais? Mito! rsrs

Alemão com um jeito de falar estranho, voz grave, e eu com cara de oi? tentando entender o máximo do que ele dizia,  inclusive as perguntas. Falamos um pouco de mim, do bairro, do trabalho... Simpático e interessado. Só errou quando disse que no Brasil se bebe rum. Mas, foi melhor do que ter pedido para eu sambar. O.o

Ainda me perguntou se eu teria problema em trabalhar com dois homens. Eu não entendi o sentido da pergunta, depois foi que a ficha caiu. Moramos num bairro de maioria turca/árabe/mulçumana. Respondi que não. Além de ser um centro de apoio a pessoas com problemas psicológicos e com vícios, estar localizado num bairro de foco social, de maioria estrangeira. O que para mim é bom, pois também preciso aprender a lidar com esses estrangeiros. Esses, que os jornais falam, mas não citam. (Quem está por dentro, entendeu.)

O trabalho, basicamente, se resume a digitação e organização de uns arquivos. Não serão necessários mais do que dois ou três dias por semana. Eles me deixaram livre para escolher o horário de trabalho. E estão cientes que o principal objetivo, além de ter uma ocupação, é treinar o alemão.

Exatamente. Começo na segunda, às 11h.

De novo, voltei leve e saltitante pra casa.
P.S. E nada de puxarem a minha orelha porque eu não tinha que estar aqui digitando. Eu quero compartilhar, ora bolinhas!!

Coisas de mãe

Depois de mais de nove meses e uma bronca minha, minha mãe tomou coragem para ir na casa de um dos seus irmãos acessar a Internet e me ver pela webcam.

Como era de se esperar, ela chorou, ficou parecendo criança quando ganha doce e ficamos mais de uma hora batendo papo no final de semana.

Mas, como toda mãe é mãe e a minha não é diferente, trasncrevo aqui alguns comentários que ela fez assim que me viu:
- Menina, que cabelo é esse? Dá um jeito nele! (O meu cabelo estava exatamente assim)
- Está usando o mesmo creme ainda? (Minha resposta: "Aqui não tem esse creme, estou usando um alemão")
- Agora só usa produto alemão, toda metida. (Senti um pouquinho de desdém aqui, mas deixei passar. "Mãe, eu estou na Alemanha. Você queria que eu consumisse o quê?)
- Olha só a sua papada! Você está gorda! (E eu tive que levantar e mostrar minha barriga, para ela ver que não estou acima do peso e para que ela parasse de repetir de 5 em 5 minutos que estou gorda)
- Ihhhh, está mais branquela ainda. (Sem comentários)

Aí, peguei um bombom de chocolate para comer.
- Você vai comer esse chocolate? Olhe as suas espinhas. (Minha resposta: "pra isso mesmo que estou fazendo tratamento.")
- Com o tratamento você não pode engravidar, né? Que pena... ("Mãe, eu não quero filhos. Esqueceu?")
- Ah, mas todo mundo pode mudar de ideia um dia. (Vou parir e dar para ela criar...)

E pude perceber que a minha mãe não mudou nada, nada!

Digam que estão com pena de mim... =P

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Notas da diretoria

Nota 01:
Venho por meio desse informar aos leitores que após a minha peregrinação por médicos contada aqui e aqui, hoje, na terceira tentativa, consegui a receita para a adquirir a "bandage" para o meu braço direito. Por isso que apareci cedo na net. Só médico pra me fazer acordar 07h da madrugada.

Então, braço imobilizado por três semanas. Dedão também. O que significa que eu não sei mais o que é barra de espaço e botão direito do touchpad. Tudo agora é com o indicador. Se, por causa disso, surgir outro problema, não contem pra ninguém que eu não consegui parar de escrever... Pensem em mim e na alegria de ter sempre algo fresco aqui pra ler, viu?

Mas, é isso. Agora estou parecendo uma pata: não mexo, não digito e não escrevo direito. Ah, e também não canto. Sejam pacientes comigo. Perdoem-me também, caso reduza a frequência de comentários nos blogs de vocês. Praticando sempre a compreensão, hein?

Que bom que consegui, finalmente, uma solução. Ou não. Vai que daqui a três semanas o cisto está aqui ainda, não é mesmo? Crianças mal criadas educadas são sempre castigadas...

Nota 02:
Hoje à tarde, tenho minha primeira entrevista numa ONG para conseguir um trabalho voluntário. Desejem-me sorte. Depois eu volto pra contar como foi.

Update da Nota 02, às 15h20:
Eu fui, cheguei pontualmente. Só que houve uma pequena confusão e a pessoa que ia conversar comigo não apareceu. Levei bolo... rsrsrs Amanhã, eu volto lá, porque sou brasileira e não desisto nunca. hahaha

Atenciosamente,

A direção

domingo, 7 de novembro de 2010

Um dia, no futuro

Essa tecnologia chegará até nós: BOOKS

Eu sei, só os geeks vão entender. Ou não, quem sabe... Nada contra a maçã, viu?

sábado, 6 de novembro de 2010

Um ano de blog

O blog está fazendo um ano! Ebaaaaa!
Ele sobreviveu à mudança de país, arrumação de apartamento, ao curso de alemão, aos amigos reais...
Vamos ver se ele sobrevive aos anos seguintes. Eu quero.

Nesse tempo, alcancei com o blog muitos dos objetivos que eu tinha quando eu decidi criá-lo: fazer contatos, relatar minhas aventuras, micos e progressos no novo "home sweet home" e fazer vocês rirem.

O blog também foi um pouco além. Eu recebo muitos emails de pessoas que se identificaram com a minha história, que querem compartilhar a delas comigo, pedir informações, dicas. Eu tento responder todo mundo diretinho, viu? Nessa repercussão, eu nunca pensei. Fico feliz com essa parte também.

A outra parte boa do blog é ter transformado contatos virtuais em contatos reais maravilhosos. Nesse tempo, conheci muita gente e espero continuar conhecendo.
São elas:
Jane e seus amigos, Flor e o marido, Sandra e a família, Liza e a família, Lilian e Augusto, Daniela e o marido, Isabela e Giuliano, Billy e suas gatinhas e tantos outros contatos que estão aguardando só uma oportunidade para efetivá-los.

Muito obrigada por me fazerem companhia, os virtuais e os reais. Continuem comigo. =D

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Fazendo pose

E foi assim que eu me senti quando, na segunda-feira, vesti uma camisa social, joguei um blazer por cima e fui em direção a um fotógrafo profissional para tirar uma foto.

Para quê?

Para o currículo. Pois é. Na Alemanha, todo currículo precisa de foto. Atenção você que está querendo procurar emprego na Alemanha, nada de enviar currículo sem foto. E não pode ser qualquer foto. Quer dizer, pode ser qualquer foto. Mas, aí você não arruma nem a entrevista, né mesmo? rs

Então, é preciso se vestir a caráter para poder tirar a foto. Eu não vou colocar a minha aqui, porque não quero expor uma foto que servirá para a minha vida profissional na rede, né? Pensem comigo. Porém, posso colocar um exemplo para vocês entenderem como o negócio é profi.
Fonte
Tirar uma foto nem é o problema. O problema é vestir uma roupa que eu não estou acostumada, tendo que fazer pose para um fotógrafo que eu nem conheço. É claro que eu me senti estranha. Eu não gosto de fazer nada obrigada. Eu sou espontânea. Ou sai natural, ou o bicho pega. É claro que o bicho pegou. Eu tirei umas 20 fotos para chegar em uma legal. O sorriso já estava duro e eu estava com cara de morte:
Pasmem. A primeira foto foi a eleita. A primeira foto! É claro que rolou photoshop. Porque, né? Aparecer com rosto manchado de acne não rola. Mas, ainda dá pra me reconhecer na foto. Ainda.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Selo da Ing

A Ing me passou esse selo por e-mail, com as seguintes perguntas:
1. Quais 3 coisas que vc gosta de comer na Alemanha? (pode ser um prato, uma sobremesa, ou algo comprado pronto no supermercado).
Eu gosto de: käsekuchen, currywurst (saúde? o que é isso?) e döner (mesmo turco, para todo alemão, é alemão!)
Update: Tirei as fotos por questão de copyright. Sorry!

2. Qual foi a situacao mais estranha ou engracada que vc passou estando na Alemanha?
Foram tantas, acho que o negócio é ir lá na categoria Micos para rir da minha cara.

3. Quais 3 coisas vc sente mais falta do Brasil?
Minha mãe,
Minha prima,
Meus amigos.

4. Existe algo da cultura alema ou da Alemanha com o qual vc nao consegue ou tenha dificuldades em se acostumar? caso sim, o que seria?
A mania que o povo tem de andar pelado por aí, zezus!

E o selo:

Caderno de perguntas

Esse aqui quem passou foi a Arlete e a Ingrid. Tenho que repassar para 5 blogueiros e acrescentar uma pergunta no final. Não tenho o costume de indicar, mas como descobri recentemente que a Deby adora questionários, vou passar pra ela. Quem mais quiser, pode copiar.

Perguntas:

1- Você se dá bem com sua sogra?
Acho que sim. Mas, só porque não conversamos muito. Ela tem dificuldade de entender o meu alemão. Além de já ter 90 anos e morar em outra cidade. ;)

2- Qual o seu desafio?
Falar um bom alemão.

3- O que diria a seu chefe se ganhasse na Loteria?
Vou ali, tchau! (Se eu tivessse um chefe, claro)

4- Que faria se descobrisse que alguém está mentindo?
Depende de quem e do tamanho da mentira. Mas, a primeira reação seria mostrar para a pessoa que eu descobri. Depois, se fossse grave, cortar a pessoa da minha vida.

5- Se tua casa sofresse um incêndio e apenas pudesse salvar uma única coisa, o que salvaria?
O que tivesse mais perto de mim.

6- Você entra em um local com muita gente, o que faz?
Procuro a primeira rota de fuga. hahahahah

7- Você vê um recipiente meio cheio ou meio vazio? Por quê?
Meio cheio. Porque eu sou sagitariana.

8- Encontras uma Lamparina Mágica. Que três desejos pedes?
Emprego, saúde e vida próspera. (Ah né, essa história de pedir a paz mundial é só para concorrente a Miss. Depois que eu cresci, vi que isso é só utopia. Tenho é que garantir o meu primeiro, para ter o que dar ao próximo, não é verdade?)

9- O que levou a criar o blog?
Guardar experiências, fazer contatos, desabafar e ter algo pra fazer entre uma aula de alemão e outra. hehehehe

10- Se fosse um dinossauro, como chamarias?
Putz!

11- Você mudaria algo no seu passado?
Muita coisa, mas nada do que me trouxe até aqui.

12- Qual é o teu sonho?
São tantos. No momento, atingir minhas metas.

13- O que de mais vergonhoso fizestes?
Ah vai, vocês acham que eu vou contar? Nem.

14- Se fosses um animal, qual seria?
Um pássaro.

15- O que nunca faria por dinheiro?
Como disse um professor meu de orçamento público: "Todo mundo tem seu preço." E eu ainda não descobri o meu. (1 bilhão de euros e uma nova identidade, hein? hein? ou "R$ 35 e um vale transporte, Saraiva".)

16- O quê ou quem é capaz de tirar-te do sério?
Comentários maliciosos.

17- O que fizeste em tua vida de que tenhas tanto orgulho?
Minhas conquistas.

18- Como gostarias de se apaixonar?
Do jeito como me apaixonei.

19- Com que personagem, famoso ou não famoso, gostaria de se parecer?
Comigo, ora bolinhas.
Na terça, saindo com a Isabela, ouvi uma coisa do Mister G. e vou adotar pra mim: "I don't believe in legends. I believe in myself."

20- O que prezas mais na vida.
A minha liberdade.

21- O que significa paz para você?
Dormir com a consciência tranquila.

22- O que é amor para você?
Meu casamento.

23- Se pudesse mudar alguma coisa no mundo o que mudaria?
A corrupção. (Lá vem eu com papo de Miss)

24- Qual seria a sua melhor lembrança?
A primeira vez que ouvi "eu te amo" do meu marido. (Eu sou uma mulher que ama, não muito romântica. Então, faça o favor de aceitar os meus rompantes de romantismo, ok? Humpf!)

25- Qual seria tua opção para outra atividade profissional que não fosse a sua?
Guru. (Me dá 20 pilas e eu digo o seu futuro em 2 minutos!)

26- Se fosse só fechar os olhos e imaginar, onde gostaria de estar agora quando abrisse?
Num piquenique ou churrasco. (eu escrevi essa parte com fome, né?)

27- Onde, como e fazendo o quê você imagina sua vida daqui a 10 anos?
Num bom emprego, fazendo o que gosto e recebendo um bom salário. Ah, sonhar é de graça... rsrs

28- Para você, qual é o segredo da felicidade?
Não transferir a sua para os outros.

29- Quantos dias você consegue ficar longe do seu blog?
Quando estou em casa e com tempo, nunca. rsrs

30- Qual foi seu brinquedo favorido na sua infância?
Minha imaginação.

31 - Você tem vontade de morar em outro país? Qual? (Pergunta da Arlete)
Por enquanto, Alemanha é suficiente.

32 - Qual o seu próximo objetivo? (Pergunta da Ingrid)
Arrumar uma trabalho para poder pagar meus delírios consumistas pra ser independente e me sentir ainda mais realizada.

A minha pergunta: 32. Quantas pessoas que você ama abraçou hoje?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sereia

Então que a pessoa que vos escreve começou um tratamento pesado contra acne. Pesado mesmo. Não é o roacutan, é a isotretinoína em comprimidos (que é tudo o mesmo mané luís). Com todos os efeitos colaterais do roacutan.

Dentre eles, está o fato de que não posso, de jeito algum, engravidar durante o tratamento. O que, na verdade, não faz diferença, porque, contrariando o período fértil do momento (Ma, Arlete, Liza...), eu não quero filhos. Só para garantir que a Lei de Murphy não funcione, estamos dobrando os cuidados.

Também não posso tomar muito álcool ou exagerar na gordura, porque o fígado fica muito sensível durante o tratamento. Bom momento para fazer um regime!

É recomendado não fazer atividades físicas, pois, os músculos podem ficar doloridos. Dessa eu gostei. Posso usar como desculpa para não fazer nada, nada!

O maior problema mesmo é o ressecamento de mucosas: boca, olhos e nariz.

A pele também resseca, por isso, estou proibida de fazer, principalmente, duas coisas:
- Coçar, porque a camada fina da pele pode se romper e ferir, já que ela está seca e sensível.
- Me depilar. (O_o) Pois é. Porque a pele está muito fina, posso machucá-la e provocar uma mancha no local.

Agora é que vocês irão entender o título do post: entre ficar parecendo uma macaca e uma sereia, o que vocês prefeririam?

Exatamente. Vou passar o tratamento vestida de sereia para não assustar ninguém, só encantar. Rá!

E a cereja do bolo ainda estar por vir: a isotretinoína é derivada da Vitamina A. Vitamina A faz os pelos crescerem mais rápido. Pelos estes que não podem ser depilados...

Meu nome agora é Sereia Rapunzel.

P.S. Com a compra do remédio, recebi um manual. Todas essas informações estavam lá, não foi o médico que disse.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Um pouco mais livre hoje

Eu só queria dizer e registrar que acabei de chegar da agência de trabalho voluntário aqui do bairro. Não, eu ainda não arrumei o trabalho, mas já tenho três oportunidades aqui comigo e amanhã entrarei em contato com eles por email.

O negócio é que eu acho que o "click" para desbloquear o alemão está um pouco mais perto por causa de hoje. Eu fui num lugar estranho, com pessoas estranhas e, simplesmente, comecei a falar o que eu queria, o que eu esparava de um trabalho voluntário, fiz perguntas, etc. Saí da conversa de elevador que eu citei outro dia aqui.

Só isso.

Mas, não quero esquecer como me senti bem e satisfeita comigo mesma. E não contem pra ninguém: eu voltei o caminho todo cantando e saltitando. A louca!

Top Tweets da Alemanha

do dia 31/10:
@djlunatix Google Maps = Route berechnen von "Japan" nach "China" - anschließend Punkt 43 ansehen und dann überlegen ob ihr wirklich nach China wollt.

É fácil entender essa, gente:

Vai no Google Maps e escolhe a rota do Japão até a China. Vejam o ponto 43 e pensem se vocês querem mesmo ir à China.

Tá com preguiça?
Clica aqui!
43. Por Jet Ski sobre o Pacífico

Boa sorte!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Resumo do final de semana

- Formatei o computador por causa de vírus. A quantidade de vírus aumentou quando procurei uma vacina. Vírus camuflado. É o literal lobo em pele de cordeiro, no meu caso, cavalo de tróia mesmo. =P
- Marido que formatou, porque o informático é ele. Eu só fiz a parte chata depois.
- Aproveitamos que estava sol, mas não quer dizer com isso que estava quente, para descobrir mais um pedacinho de Berlin. Aqui pertinho. E eu gostei.
- Comida mexicana é bom para esquentar.
- Final de semana lendo um artigo em alemão: Zeit zum leben (Tempo para viver). Antes tarde do que nunca.
- Ando me assustando com coisas que vejo na net. Ainda bem que eu sou real e muita gente já me conhece pessoalmente. Por que, né? Melhor prevenir.
- Eu só não espero que as pessoas que me conhecem falem bem de mim. Aí também já é pedir demais. =P
- Se eu disser que estou com vontade zero de ir ao Brasil em janeiro, vocês me entendem? A última coisa que eu quero encontrar por lá é a cobrança da família. Nunca soube lidar com isso.
- Meu aniversário é dia 22/11. Vou fazer festa. Só não convido todo mundo, porque a casa é pequena e a grana é curta. Mas, ainda assim, aceito presentes. ;) Vocês entendem isso também, né? Pessoas compreensivas são pessoas evoluídas. hehehe
- Com a formatação, perdi um monte de registro da net. Gente que eu visitava e que ainda não estava ali nos links do blog (por pura preguiça de atualizar mesmo), me perdoem se eu ficar sem comentar. Acharei vocês em breve. Olha só a compreensão, hein? rs
- Dia das bruxas com um monte de criança nas ruas. Alunos de marido tocando a campanhia e a gente sem UM doce pra dar. hahahahaha
- Ah sim! Já ia esquecendo. Horário de verão na Alemanha acabou de acabar. ;) Uma hora a mais de escuridão.
- Divulgando a ideia supimpa (ai minha vó!) da Karine Smith: Baby Brechó e Personal Shopper. A moça é fina, gente! Porque eu já disse que gosto de reinvenção.