segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tem lugar pra tudo

Estou eu, linda, loira e serelepe, toda empacotada por conta do frio (o que significa que todas essas qualidades descritas não valem nada, enfim...) indo para a estação de metrô perto de casa e me deparo com uma cena rara:

Um cara em pé, na entrada da estação, fazendo xixi.

Tá bom que alemães não têm muitos pudores quanto ao corpo, mas daí a ser essa uma cena corriqueira é outra coisa. Se tem uma coisa que eu não suporto é ver homem fazendo xixi em local público. Primeiro que é um local inapropriado, segundo que na cidade tem banheiros públicos, terceiro que é falta de higiene mesmo. Ninguém merece ver e cheirar nada, né?

Daí que um outro homem também se dirigia para a estação no mesmo passo que eu, só que vindo na direção contrária.

Aí ele olha pra mim, olha pro mijão, olha pra mim de novo e diz pro mijão:

- Você é cachorro ou o quê? (Sind Sie Hund, oder was?) E depois olha pra mim.

O mijão não respondeu. Mas também, né? Cachorros não falam.

Eu olhei pro cara e quase agradeci. Senti-me justiçada.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Assunto sério

Lembram do meu estado de choque do ano passado? Pois é. Eu não queria entrar em detalhes, só que estou com os dedos coçando pra trazer esse assunto pra pauta de discussão dessa reunião extraordinária. Opa! Troquei o discurso... Peraí! Eu disse que esse negócio é sério. Mudando o tom em 3, 2, 1... Valendo!

É um assunto delicado e o que me faz escrever sobre ele é a assustadora estatística que encontrei ao ter que discutí-lo em família. Ele precisava ser tratado e digerido.

De oito mulheres que ficaram sabendo da história nos detalhes, seis já tinham passado por esse problema. E suspeito que as outras duas só não tenham contado pra gente... Quer tenha sido na infância, quer tenha sido na adolescência ou na vida adulta, como eu. Com violência ou não. Quer dizer: 75% das mulheres passaram por situação semelhante, igual ou pior.

E o perigo está mais perto do que pensamos. Assédio e abuso sexual na infância e adolescência acontecem, na maioria das vezes, na própria casa, no seio familiar: são os próprios pais, os padrastos, os tios, meio-irmãos, primos, vizinhos, padrinhos... E, porque não dizer também, mulheres?

É aquela velha história: a gente nunca pensa que vai acontecer com a gente. Eu conheço muitas histórias. Inclusive aquelas cabeludas, em que as mães eram coniventes. Mas, nunca pensei que pudesse acontecer com alguma pessoa que amo e prezo muito. Não foi comigo. Graças a Deus, o pior não aconteceu. Quer dizer, se é que já não é o "pior".

Dessa experiência que ainda está longe de ter um final, tiramos algumas lições que estou passando pra frente aqui:

- Se a criança tornar-se calada e introspectiva mais que o costume, sonde, pergunte. Não a deixe sozinha em seu silêncio. Preste atenção nos sinais. São muitos.
- É mais difícil pra ela contar do que passar pela situação em si. Até porque, dependendo da idade, ela nem entende direito o que aconteceu. E, sendo alguém da família, ela acha que está traindo a "confiança" da pessoa e ainda destruindo relacionamentos. Criança nenhuma quer se sentir responsável pelo fim de um casamento, por exemplo.
- Por mais absurda que a história possa parecer, acredite nela. Não demonstre desconfiança. Por ser difícil, a última coisa que ela precisa é do seu olhar de reprovação.
- Corra atrás dos indícios. Muitas vezes, abusos acontecem durante meses e começam de forma quase imperceptível até chegar ao ato propriamente dito. Quanto mais cedo se desconfiar, mais rápido pode acabar.
- Apóie. Incondicionalmente, apóie. Não queira ser responsável por mais uma desilusão. O que mais a criança precisa além de amor, é saber que pode confiar em alguém, que não estará sozinha para enfrentar o que tem que enfrentar.
- Se for preciso fazer uma escolha, faça-a em prol da criança.
- Não importa o que o agressor tenha feito. Basta que ele tenha tocado em seus cabelos. O que importa é se a criança se sentiu ameaçada ou coagida.
- Não finja que nada aconteceu. Trate o problema. Se precisar, procure ajuda profissional. Ninguém deve lidar com isso sozinho. Nós procuramos.
- Pense sempre na vítima. É uma vítima. Ninguém tem o direito de mexer com ninguém, mesmo que digam que "foram provocados".
- Por fim, acompanhe a criança depois. Veja como ela se desenvolve, se tem medo de mostrar seu corpo, se quer ficar em casa. As sequelas podem ter ficado.

E, pelo amor de Deus, não as desampare!

Não foi o pai.


Obs:
Comentários que achar desnecessários serão excluídos sem nenhuma cerimônia.
Esse post ainda poderá ser excluído ou editado sem aviso-prévio.

Agora, de volta à nossa programação normal.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Inscrição no Arbeitsamt

O Arbeitsamt é o "Amt" (departamento público) destinado a cuidar de toda a parte referente ao mercado de trabalho na Alemanha: funciona como uma "bolsa de empregos", administra fundos para pagamentos de seguros, auxilia e assessora pessoas na busca de um novo emprego (para pararem de receber dinheiro do governo), entre outras coisas.

Decidi, então, que estava na hora de fazer minha inscrição lá como "Arbeitsuchende" (alguém que está procurando trabalho). Mentira, foi marido que me obrigou mesmo. ;)

Por uma boa causa. Cadastrada, fica mais fácil ter acesso a alguns serviços. Além de achar que posso usufruir da assessoria que eles dão por não estar acostumada com o mercado alemão, eles podem oferecer cursos de qualificação - em alguns casos até pagar, caso eles percebam que é disso que você necessita. Uia!

Eu sou meio reticente com serviço público dada as minhas experiências no Brasil. Trouxe traumas, né? Fazer o quê?

Fiz a inscrição on line, coloquei meus dados lá, como se fosse um site de pesquisa de vagas mesmo (que eu não vou dizer qual o similar no Brasil pra não fazer propaganda, mas começa com C e termina com ATHO) e no dia seguinte, meio dia, uma moça entrou em contato comigo, pedindo que me emcaminhasse a uma das agências para receber a assessoria. Já tinha sinalizado na inscrição, o interesse por esse serviço.

Agora é juntar papelada (se é que precisa) e ir lá. Vamos ver o que acontece.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Pitaco da Professora

Isso aconteceu na primeira aula de alemão. Como disse, estou fazendo dois cursos: C1 e redação. No curso de C1 tenho dois dias de aula e uma professora pra cada dia.

Era o primeiro dia de aula com a professora B, digamos assim. Em determinado momento, ela pediu que nós lêssemos um trecho de um texto para respondermos algumas perguntas. Só que no tempo que ela deu pra lermos o trecho, eu li o texto todo. Ela percebeu e me perguntou se eu já tinha lido o texto em casa, eu disse que não.

A aula seguiu normalmente.

Fim da aula e a professora me chama no canto, perguntando o que eu estava achando do curso. Eu fui sincera. Disse que achava devagar. E ela me perguntou quantas perguntas sobre o texto eu acertei, querendo saber se, porque eu li rápido, tinha entendido o texto. Eu disse que tinha acertado 80%. Não menti. E expliquei que já estou acostumada com leitura, pois já leio livros em alemão. Só não disse a ela que eram livros infanto-juvenis. Eu omiti. ;)

Aí vem o pitaco: "Você não fala! Passou a aula toda quase calada. Para o C1 você precisa falar mais. E acho que você pode."

E minha cara, enfiava aonde??

Eu pedi desculpas e expliquei (ou inventei uma desculpa) que tinha passado 5 semanas no Brasil e estava travada, pois só tinha conversado em português nos últimos tempos. Ela disse que tudo bem, que eu destravaria com o tempo. E me perguntou porque estava fazendo o curso. Pra arrumar um trabalho, né?

Pitaco 2: "Para alguém que está procurando trabalho, você constrói frases muito simples."

Gente, já estava quase morrendo de vergonha. E buraco que eu não achava pra enfiar a cabeça?

Eu fiquei besta como a mulher, em uma aula, percebeu tanta coisa. Eu me assustei, mas ao mesmo tempo me senti agradecida. Estava mesmo precisando de um puxão de orelhas desse.

Já entrando na terceira semana de aula, acho que melhorei um pouquinho e minhas orelhas podem continuar intactas, né, fêssora? Brigada....

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Pergunte ao Caramelo

A Gisley, queridona, criou um novo quadro em seu blog e uma das indicadas a dar prosseguimento à história foi a pessoa que vos escreve, mais conhecida como Eu.

Pra quem não sabe, Caramelo é o sofá da Gisley, tá? Agora, não me perguntem porque foi que ela inventou o quadro com esse nome. Pra saber mais, só indo lá no blog da moça.

E a pergunta inicial foi: Como é ser casada com um estrangeiro? (que vai entrar também no meu FAQ)

Eu sou casada com um a mais de sete anos. Pra mim, não foi difícil me habituar, pois marido já morava há nove anos no Brasil e ele já estava mais baiano que alemão. Mas, mesmo assim, vivi algumas coisas que não estava acostumada.

Por exemplo:

"Amor, vou ali no cinema com o pessoal, tá?"
"Tá."
"Ué? Você não vai perguntar com quem eu vou?"
"Você não vai com seus amigos?"
"Sim. Mas... Mas, a maioria é homem."
"E daí?"
"Você não vai reclamar ou sentir ciúmes porque vai um monte de homem e você não?"
"Não."
"Certeza?"
"Absoluta."
"Então, tá. Fui."

Na Alemanha, tudo se "joga fora". Porque tem lugar pra se depositar tudo, até a roupa que você não quer mais. No Brasil, ele queria jogar tudo fora. Tudo. Uma vez, separei uns pares de sandálias para levar a um sapateiro para trocar os saltos ou colar umas tiras. Eram quatro pares. Eu coloquei no fundo do carro e esqueci de tirar. Dias depois que eu procuro a sacola, cadê? Marido tinha JOGADO fora. Eu quase arranquei o pescoço dele. Ele disse que ficou muito tempo no fundo do carro e achou que fosse pra jogar fora. Muito tempo no fundo do carro, porque eu ainda não tinha achado um bom sapateiro, ora bolas! E era assim com tudo que ele achasse que não tinha serventia. Agora, eu que fosse mexer na papelada dele...


Culturalmente falando, algumas brasileiras podem estranhar muito o fato de alemão ser direto, falar o que pensa e você que digira aí o negócio. Ainda mais se perguntou. Então, se não quer ouvir que está gorda, não pergunte.

Alemão não sabe elogiar. Portanto, não estranhe se ele disser que você está linda com esse vestido azul, MAS, ficaria muito melhor com o estampado porque combina mais com o seu tom de pele. Sim, sempre terá um MAS depois de cada elogio alemão.

Eu sou safa nesses assuntos. Eu gosto de ouvir críticas, também sou muito direta e, dificilmente, deixo algum comentário sem resposta. Marido já sabe disso e, às vezes, gosta de me provocar.

O segredo mesmo é o bom humor. A gente não tem tabus. Até porque, sabemos quais são nossos pontos fracos e rimos deles. Afinal, nossa história já começou na quebra desses tabus, né mesmo?

E quando existir alguma diferença, o melhor é conversar, expor a situação e chegar a um acordo. Porque existem diferenças dos dois lados, tenham certeza disso.

Vou aproveitar e deixar o espaço aberto. Quem quiser fazer alguma pergunta específica sobre o homem alemão, pode deixar nos comentários que eu respondo. (Ui! A expert em "homem alemão". Gente, abafa!)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O que acontece quando...

você não paga o abastecimento no posto de gasolina?

Eu sempre me perguntei como é que as coisas funcionam na Alemanha quando estão envolvidos dinheiro e baixa fiscalização. Por exemplo: quem garante que todos que usam transporte público pagam a passagem, já que não tem cobrador? (Apenas um eventual controle por amostragem. Só fui "controlada" a primeira vez depois de um ano aqui.)

No posto de gasolina é a mesma coisa. Você chega lá, estaciona o carro, coloca sua gasolina e vai na lojinha pagar.

E se você não for lá dentro pagar, hein? Hein!?

Simples. Duas ou três semanas depois, você receberá uma intimação da polícia para prestar depoimento numa investigação de furto. Vai estar tudo lá: a foto da placa do seu carro, fotos suas abastecendo-o...

Mas, também pode ter fotos suas tiradas dentro da lojinha, além do seu extrato bancário, mostrando que o pagamento foi feito e que saiu da sua conta.

Mostrando também que o funcionário do posto estava chapado e doido quando te atendeu para achar que você também seria doido em não pagar, fazendo você ter o trabalho de ir até um posto policial provar o indiscutível (porque, orra meu!, está tudo lá no vídeo!) e, com isso, encerrar o caso.

Baseado em fatos pra lá de reais. Aconteceu com um amigo de um amigo meu, sabe? ;)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Tem "né" em Berlin

"Né" é uma expressão constante no meu vocabulário. Façam de conta que vocês nunca perceberam para parecer que estou contando uma novidade, ok?

Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que o berlinense fala "né" também? Grande, acreditem. No alemão, é comum terminar algumas frases afirmativas com a expressão "oder" ou "nicht". Por exemplo:

- O curso de alemão é aqui, ou? (Der Deutschkurs ist hier, oder?)
- O curso de alemão é aqui, não? (Der Deutschkurs ist hier, nicht?)

Essa segunda frase é mais falada pelas pessoas mais velhas. Isso eu já percebi. E elas fazem de um jeito até fofo. Outro dia, falo sobre essa "fofura".

Mas, o melhor mesmo é o "né". Eu adoro! É uma identificação total. Por quê? Porque é "né" mesmo, ora bolinhas.

Eles falam "nee, nä?" (leia: nê, né?) E usam pra negar uma negação. Não tem isso, eu sei. Mas, para que outra coisa usamos o "né" mesmo?

A primeira vez que ouvi foi há muito tempo atrás, quando uma pessoa me pediu uma informação na rua e eu respondi que não sabia. (Resposta típica para quem não saberia explicar, na época, o endereço em alemão, né mesmo?). Ela disse: "nee, nä?" Como se quisesse dizer: "Você não sabe, não é?"

Preciso dizer que absorvi essa expressão rapidinho? Pois é.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Agenda de alemão

Eu nunca tinha percebido como é a relação dos alemães com suas agendas. Claro, eu nunca tinha parado pra prestar atenção nas pequenas coisas antes de vir morar aqui. Distraída!

Final do ano passado, quando estava comprando coisas para dar de presente no Brasil (Nota mental: a quantidade de presente que dei não foi proporcional à quantidade que eu recebi. Fica a dica pra próxima. Totalmente interesseira, ora bolas!), entrei em algumas papelarias e livrarias. Assim como no Brasil, eles deixam prateleiras inteiras dedicadas às agendas e cadernos de anotações.

Tá, minha filha, o que tem de extraordinário nisso? Vocês estão pensando. Oi? Vocês não viram o que eu vi, não? Viram os modelos? Viram os preços? Viram a quantidade de gente dentro das lojas comprando essas coisas para dar de presente?

Tinha de tudo um pouco. Agendas lindas, com enfeites dourados, feches em forma de coração, grandes, pequenas, de capa de tecido, de couro, artigos finíssimos... Uma variedade que eu nunca vi. E o preço? Eu vi uma de 50 euros, tá?

Tudo isso para eles terem agendas em cima das mesinhas perto ao telefone, ou no lugar mais próximo dos olhos, para estarem atentos a todos os compromissos do ano. Sim, do ano. Não duvide que já tenha alemão que saiba o que fará no próximo Natal.

Bom, mas se vocês me perguntarem aonde está a minha e quanto ela custou. Errr... Posso dizer que só comprei uma agora em fevereiro e ela custou a pagatela de 2 euros. Além de só ter compromissos até o próximo final de semana.

Eu nunca disse que era alemã.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ficando ligada

Como vocês já sabem, tô aí no mundo dos desempregados, né? Então...

(texto com alguma edição, originalmente publicado no Brasil com Z)

Em dezembro e janeiro fiz quatro entrevistas para estágio (de seis candidaturas enviadas): uma eu descartei no meio do processo, em duas fui negada e em outra fui aceita. Fogos de artifícios, hein? No início, sim.

A Alemanha foi um dos países europeus que melhor soube lidar com a crise e recuperar sua economia. O índice de desemprego está baixando e a competitividade no mercado global aumentando. Nada sem custos, claro. Foram reduzidos investimentos, o endividamento aumentou e os salários diminuíram sensivelmente. (Se estou mentindo, alguém grita aí, viu?)

Eu fiz duas entrevistas por telefone enquanto estava no Brasil em janeiro. Uma era uma empresa de consultoria aonde gostaria muito de trabalhar, mas não fiquei com a vaga com a justificativa de que meu alemão ainda é insuficiente. O entrevistador foi bem franco comigo. Se já é difícil falar alemão cara a cara, imagina por telefone?

A outra entrevista foi para uma empresa de marketing on line. Eles precisavam de alguém que falasse português fluentemente. Alemão, então, era secundário. Eu fui aceita e me mandaram o contrato de estágio de três meses no mesmo dia. As condições: 40 horas por semana, 400 euros…

Mandei o contrato para marido ler. Ele não só leu, como pesquisou melhor sobre a empresa e descobriu algumas coisas tanto no contrato quanto na net:
  • O contrato não previa horas extras;
  • Dava direito à empresa em me dar mais e novas atividades além das especificadas no contrato;
  • Não especificava o tipo de contratação, se normal ou por mini-job (o que me daria desconto nos impostos  fazendo com que o valor bruto fosse também o líquido);
  • A empresa só contrata estagiários. Os únicos “empregados” são os sócios.
  • Está envolvida com negócios não legais (mas que não chegam a ser ilegais, digamos assim), entre outros detalhes.
Depois disso, neguei a vaga. Claro.

Eu quero um trabalho, mas um em que possa me desenvolver, melhorar o alemão, aprender sobre a cultura empresarial do país etc. Dinheiro não é tão importante nesse momento. (Mentira! Dinheiro é sempre importante!)

Mas, daí a eu me deixar ser explorada e trabalhar em algo que nem poderia ser mencionado no meu currículo é outra história. É melhor esperar mais um pouquinho e ser mais criteriosa nas pesquisas.

Então, você aí que está na mesma situação que eu, não se esqueça de pesquisar sobre a empresa, viu? Fique ligado!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

E o vento levou...

Desde que eu voltei do Brasil que a neve sumiu aqui em Berlin. Sniff! Sniff! Derreteu tudo. Nevou um pouquinho ontem, mas só um pouquinho mesmo.

Ao contrário do que eu vi no ano passado, a cidade já está limpa. Ano passado isso só aconteceu em abril. Porque vocês sabem, né? A neve cai, encobre as sujeiras e fica tudo lá, quase como fóssil. Um luxo! Ops! Um lixo! Dessa vez, eles foram mais rápidos. A cidade está com cara de cidade de novo e os contratempos com aqueles quilos de neve acumulados na lateral das ruas e canteiros já passou.

Em compensação, me aparece um tal de Östwind (Vento Leste) vindo lá da parte mais gelada da Rússia ou sei lá de onde, que transforma a sensação términa na mais baixa possível, independente do termômetro estar marcando temperaturas positivas. É de cortar a pele.

Gente do céu! Eu não aguento não! Eu saia aqui na rua, com a neve cobrindo meus pés, -5 graus lá fora e não morria de frio como estou morrendo agora. O quê que é isso? As ruas formam corredores gelados de vento, parece que estou no meio do nada. Quando volto pra casa, estou cansada demais, cabeça doendo, parecendo que fui atropelada. Argh! Socorro!

E minha pele!? E mi-nha pe-le!? E MINHA PELE!? Morri com esse vento, viu? Oxe!

P.S. Falo sobre o filme quando tiver as fotos que estão na máquina da Ana.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Acho fino, acho chic!

Porque a Berlinale não traz só filmes nacionais e internacionais para o Festival em Berlin que começou no dia 10 e termina dia 20.
Porque a Berlinale não é só um evento cultural que já acontece há 61 anos.
Porque a Berlinale não traz só Wagner Moura, que esteve aqui no dia 11, e Tropa de Elite 2 para nos deliciarmos. Viu, Tania!?
Porque a Berlinale não traz só as estrelas de Hollywood e da Europa.
Porque a Berlinale não é só luxo e glamour! Quer dizer, é isso também.

Mas, a Berlinale é mais, obviamente.

A Berlinale trouxe para Berlin, a chic e fina Ana Krueger para que eu pudesse conhecê-la e tomarmos um café aqui em casa com nossos respectivos Schätze (vulgo: maridos) e depois tomarmos caipirinha no Carioca. Quer dizer, os homens, nós somos mais saudáveis (Aham, eu bebi coca, muito saudável!). Fim de tarde e noite maravilhosas. Ri horrores. Tudo na vida + 10! Hahahahaha

Agora, vocês dão licença que estou indo ali para a minha tarde de beleza, ficar bonita para aparecer no tapete vermelho e assistir Tropa (de novo), tá? Se me confundirem com a Diane Krueger, é porque estou andando com a outra. Pegou? Pegou?

Afinal, minha vida é muito banal, muito mais ou menos, sabe? (Quem não entendeu, fica sem entender...)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Real life

Marido me disse que 2010 foi a versão demo da minha vida aqui e que a real life começa agora em 2011. Calma, não tem nada a ver com o cara lá de baixo. Demo é uma abreviatura para a palavra demonstração. "Ufa!", vocês pensaram.

Essa real life é também conhecida como a Síndrome do Segundo Ano (mentira, esse nome aí quem inventou fui eu! mas, existe algo parecido), onde os expatriados, já quase adaptados ao país escolhido, falando a língua local, estão "expostos" às situações normais do dia a dia. O que torna a vida mais realista e mais dura também. O encantamento dá lugar à relação com estranhos, à busca por seu espaço (seja num trabalho ou numa faculdade), à criação de uma nova identidade e a muitos "nãos" na cara.

Eu gostei da visão dele e acho que ele tem razão, como sempre (puxando o saco mode on/off). Por isso, mal cheguei da viagem ao Brasil e já me joguei no curso de alemão. Pois é. Cheguei na segunda e na quarta estava tendo aula. Na verdade, estou fazendo dois cursos: o C1 e um de redação, na mesma VHS (Volkshochschule - escola do povo, com preços mais acessíveis). O C1 é na segunda e na sexta e o de redação é na quarta. Até agora, só estou achando o ritmo do C1 um pouco devagar e gostei da primeira impressão do de redação, com estrangeiros que trabalham e precisam aprender mesmo a escrever bem em alemão. Além disso, fiz assinatura da revista Deutsch Perfekt (dica da July) e tenho que estudar e ler bastante. Se não for assim, não é. Já me conheço.

Junto com isso, tem a minha busca por trabalho que já começou no final do ano passado, com alguns test drivers (Tá certo esse plural, zezus? Estou com trauma de plural.) que me mostraram que o que falta melhorar mesmo é o alemão. E a busca consiste em pesquisa de vagas, análise do perfil, adequação de currículo, carta de apresentação, estudar sobre a empresa, traduzir e escrever corretamente etc etc etc. Descobri que levo, pelo menos, uma semana pra cada vaga que eu encontro. Dá trabalho procurar trabalho por aqui. ;)

E ainda tem a ONG. Não deixei de lado e combinei de ir apenas duas vezes na semana. Na terça e na quinta. Ou seja, tenho compromissos e coisas pra fazer todos os dias da semana. E cuidar da casa e marido e blog e vida social... Peraí que preciso respirar um pouco. Pronto. Eu não estou reclamando. Só estou dando um aperitivo do que me aguarda por aí e ainda estou querendo mais (emprego, oi?).

Preciso melhorar muito meu alemão nesse semestre para poder arrumar um trabalho. Receber só elogios por conta do currículo - que não sei até onde são sinceros, e receber negativas por conta do alemão (lembrando que, numa concorrência, serei a segunda opção por ser estrangeira), não anima muito, né?

Bora lá fazer acontecer, minha gente!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dinheiro no pratinho, tá?

Quem já comprou alguma coisa em padarias ou lanchonetes na Alemanha, principalmente, já deve ter visto um pratinho, geralmente quadrado e com propaganda de alguma bebida, em cima do balcão.

Aquilo ali não é enfeite, viu? É pra colocar o dinheiro.

Nada de aproveitar a ocasião e tocar a mão do atendente, hein? Dinheiro é no pratinho. Nada de trocar de mão em mão.

Eu confesso que só me lembro desse detalhe se vejo o pratinho. Se não vejo, entrego o dinheiro na mão do vendedor ou coloco em cima do balcão mesmo, sem lugar específico. Ficar sem receber é que não vai, né? Acho que só uma vez me apontaram o pratinho. E a cara, enfia aonde?

Não sei se isso é um hábito exclusivo dos alemães, mas, sei também que boa parte dos atendentes não os são e eles não têm problemas em pegar o dinheiro que não foi depositado no pratinho.

Peraí! Agora que ocorreu um coisa: alguém ai sabe o nome do "pratinho"? Eu não sei.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Plural no alemão é como mesmo?

Tem um coisa que me incomoda por aqui: a mania que algumas pessoas têm (alemãs ou não) em pensar que o que acham que sabem sobre o Brasil é uma verdade absoluta. (Tá, eu sei que nós, brasileiros, também temos uma imagem fechada sobre outros países, como o fato de alguns acreditarem até hoje que aqui só tem nazista. Deixa quieto... Deixa eu falar da minha vida que é melhor. rs)

Acompanhem o seguinte diálogo:
- Lá no Brasil se come carne de boi, né?
- É.
- E a carne vem da Argentina. (provavelmente, porque a única picanha que conhece é a argentina)
- Não. A nossa carne é nossa. (patriotismo nessa frase, hein?)
- Mas, na Argentina tem muita carne. (insistindo)
- No Brasil tem mais. Tem mais vacas que gente. (a última informação que tinha era que eram 220 milhões de cabeças de gado no país. Ai, o Pantanal...)

E a criatura me olhando com cara incrédula. Desisti. Não faço questão de explicar certas coisas.

O melhor mesmo foi o comentário do meu enteado depois que a conversa terminou:

- Achei muito engraçado o jeito como você falou "vacas" em alemão.
- Por quê?
- Porque você falou errado. O certo é "Kühe".
- E como eu disse?
- Kuhs! - e deu uma gargalhada.

Eu tenho que me lembrar que o plural do alemão tem "e"!!! Vaca em alemão é Kuh.

Tem culpa, eu?

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A evolução do blog

Quando comecei o blog, mais de um ano atrás, recebi alguns comentários de brasileiros que moram na Alemanha dizendo que se liam em meus textos, pois eu me impressionava com as mesmas coisas que eles quando eles chegaram ao país. Até com pardal e pombo me impressionei!

Eu fui relatando isso por aqui: o que via de diferente, o que me chamava atenção, o que me fazia rir (de mim ou da situação)...

Muitas dessas coisas já não são mais novidades. Minha vida passa a ser mais rotineira, até porque eu tenho uma rotina mesmo. Não dá pra fugir dela. E a frequência de novos acontecimentos vai diminuindo.

Mas, a minha vida continua e é ela que estou retratando aqui. Aliás, desde o início. A proposta nunca foi ser um blog muiticultural, aonde eu ia dar dicas de lugares pra ir, contar sobre a cultura, eventos etc. A proposta sempre foi a de um blog pessoal, relatando casos, fatos, micos, com humor (ou uma tentativa de).

Nesse início de segundo ano, espero que as novidades sejam outras, não só por conta de descobertas culturais, mais por que estou me adaptando sempre, deixando de olhar as coisas pelo olhar do "estranho".

Vamos ver o que vem por aí.

Dia dos namorados

Por aqui, o dia dos namorados é hoje. Até aí, tudo bem!

Em casa, dia dos namorados é todo dia e a gente não comemora uma data específica. Apesar de confessar que tentei introduzir essa data no nosso calendário de "festejos", mas, ó, não deu certo. Preferi conservar o marido.

Eu já disse que ele é romântico, né? Pois é. Assim, do jeito dele, né mesmo? Então...

Romântico assim:
- Marido, pra compensar os dias que você ficou sem mim, cuidarei de você nesses próximos dias de um jeito especial. (Olhando pra ele com segundas intenções)
- É bom mesmo. Eu lavei as roupas, mas minhas camisas (as que ele usa pra trabalhar) estão todas sem passar num cabide dentro do guarda-roupa.

Oi?

No dia de me buscar no aeroporto, ganhei flores. Pelo menos isso!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A quantidade de comida

Porque eu digo que eu sei cozinhar na Alemanha (o que não quer dizer que faço isso com frequência)

Refeição típica na minha casa:
- Batata cozida
- Carne de frango ou de porco assada ou frita (ainda não sei comprar peixe aqui e carne de boi só na hora da saudade mesmo)
- Outra verdura cozida que pode ser couve-flor, de bruxelas, cenoura, repolho, vagem ou ervilha. Ou salada. Quando tem uma, não tem outra.

Porque eu digo que não sei cozinhar no Brasil

Refeicão típica na casa da minha mãe:
- Arroz
- Feijão
- Macarrão
- Carne de boi, de frango, ou de peixe que pode ser assada, frita, no molho, com verduras ou não.
- Salada (de folhas)
- Quando não tem uma "salada" de verduras cozidas...

É por essas e outras que fico com as batatas.

P.S. Se minha mãe lesse esse blog, com certeza ela falaria da pobreza de vitaminas e nutrientes das minhas refeições. (Antecipando comentários, né? kkkkk)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Minhas impressões

Fui para o Brasil depois de um ano morando na Alemanha. Fiquei na casa dos meus pais a maior parte do tempo. Eu sabia que ia encontrar tudo igual. Se não mudou quase nada em 30 anos, não mudaria em 1, né mesmo? Não fui com grandes expectativas quanto a isso. (falo da minha família, viu?)

Só que ter encontrado as coisas dos mesmo jeito foi estranho. Parecia que o tempo em que estive na Alemanha foi um longo sonho. Acordei e estava tudo normal como sempre foi. A única coisa que era diferente eram as perguntas de amigos e parentes: como está na Alemanha? O que quer fazer nesse novo ano? Quais seus planos? etc etc. O resto, minha rotina, inclusive, era tudo igual.

A cidade em que morei cresce a olhos vistos. Mas, isso desde uns 5 anos atrás. Fruto do desenvolvimento do país. O número de carros na capital aumentou. Fruto do recorde de venda de carros do ano passado. Achar pedreiro para fazer uma obra particular é um sacrifício, pois estão todos alocados em construtoras. Fruto das facilidades nos programas de financiamento de casa própria do governo. O país cresce. Não é novidade. Eu já saí de lá acompanhando esse ritmo. Eu fiz parte desse crescimento. Então, de certa forma, não foi uma mudança sentida.

Para mim, contudo, a desigualdade social pareceu muito mais gritante, muito mais urgente... A comparação foi inevitável.

Eu achei estranho a reação de algumas pessoas, os comentários de outras e a forma como umas agiam comigo. Mas, também já estava preparada pra isso. Uma das minhas melhores amigas nem me perguntou se estava feliz. Aliás, não fez nenhuma pergunta direta sobre mim e minha nova vida. Tento entender o fato dela ser ciumenta e se sentir sozinha... Porém, penso que nesse caso, só quem está sendo amiga sou eu, né?, tentando entendê-la. Mérito meu. Vai pra conta do Papa, na minha listinha de coisas boas que fiz. (Sou interesseira, né? rs)

Vi pouca gente, considerando a quantidade de emails e telefonemas que fiz. Contudo, quem eu encontrei, valorizei cada minuto do encontro e da amizade. Inclusive, as novas que fiz ou solidifiquei (Oi, Tania! Oi, Celine!).

No mais, agora estou na minha casa, pensando nos meus planos e definindo melhor meus objetivos para esse ano. Vamos ver o que acontece daqui pra frente! Sigam-me os bons!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O peso da idade

Já não bastou quase todas as mulheres da minha família terem reparado nos cabelos brancos dessa velhota que vos escreve e ainda terem sugerido pintura (escravidão não!!), tive que ouvir pitaco de primo mais novo.

Imaginem a cena: euzinha tentando participar da conversa de meus primos adolescentes na formatura de um primo de 23 anos. Detalhe: sou a prima mais velha.

Estou eu lá, tentando me enturmar, quando um primo de 15 anos vira pra mim e diz:
- O que você quer aqui, Eve? Você tem o dobro da nossa idade!!

Peguei-o pela cintura, como um daqueles minotauros de luta livre e joguei-o de cabeça no chão. Saí sorrindo. (Aí eu acordei, pois essa foi só a vontade mesmo)

Na verdade eu fiz isso:
Chamei o danado de filho da puta! Saí sorrindo.

Eu perco a classe, mas não deixo passar em branco.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O cúmulo da lerdeza

Desde os 19 anos moro na cidade vizinha a dos meus pais, com quase 600 mil habitantes. Fui pra lá por causa da universidade e do trabalho. Por isso mesmo, ainda tinha algumas coisas para resolver por lá, além de visitar amigos e familiares.

Eu queria cancelar a minha conta corrente. Aproveitei que minha mãe queria ir pra lá e peguei a "carona" dela. Pegamos um ônibus que parava na esquina da rua do banco. Aí começa a minha lerdeza.

Minha mãe me disse que ia dobrar a esquina à esquerda para resolver o que tinha que resolver e que eu deveria atravessar a rua e seguir em frente.

Eu não sei qual foi o santo que baixou em mim, só sei que eu atravessei a rua e também dobrei à esquerda. Estava andando distraída, pensando na morte da bezerra, talvez, quando escuto minha mãe atrás de mim, perguntando para onde estava indo.

Eu me assustei, lógico. Não esperava encontrá-la no MEU caminho. Porque, até então, achava que estava no meu caminho...

Minha mãe teve que me levar até o banco, gente! Num caminho de 200 metros, onde só precisava seguir em frente.

Perdi meu GPS depois de mais de 8 anos morando na cidade e mais de 5 com conta naquele banco.

Se alguém achou meu GPS, favor entrar em contato. Beijos!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cheguei, meu povo!

Pois é, cheguei ontem, às 16h (horário de Berlin).

O voo foi tranquilo porque foi à noite. Se eu disser que a mesma turma do fundão voltou comigo, vocês acreditam? Karma ou Darma? Mas, eles preferiram dormir, graças a Deus.

Ao meu lado, um senhor italiano com medo de voar e que mora há 5 anos no Brasil. Encheu a cara de whisky e não parou de falar até a hora que eu cansei, virei a cara e fui dormir.

Mas, as cerejas do bolo não me deixam, né? Porque eu atraio essas coisas. Ele vira pra mim e diz que ronca!! Que ronca!!! E que se eu quisesse, poderia bater em sua boca. Oi? Pra ser tirada do voo à força? Não, meu caro. Vai roncar, vai.

E roncou, meu povo! Como roncou! Correr pra onde nessas horas, hein?

Mas, cheguei em casa sã e salva. Bebi água, bati um papinho básico com o meu povo e capotei na cama. Levantei pra jantar, tomei banho e voltei pra cama, novamente. Agora estou aqui. Já já estarei pela blogosfera visitando todo mundo.

Me aguardem, não vai ser agora que se verão livres de mim.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Matando a curiosidade: o que ando fazendo no Brasil

- Lembram do FAQ. 18? Pois então. Eu fiz. Não doeu. Ninguém morreu. Mas, estou leve, graças a Deus. Fiz minha parte. Agora eu sigo em frente. Não querer voltar para o Brasil, ter feito de Berlin minha casa, não quer dizer que virei as costas, nem deixei de ser filha, irmã, amiga, prima... Os problemas que tenho com minha família - caso para analistas ganharem dinheiro - eu os teria se morássemos todos juntos em qualquer lugar do mundo, pois as pessoas são as mesmas. E quero ficar na Alemanha pelas oportunidades, pelo que quero construir. Tudo o que vivi até antes de me mudar foi o que me fez estar na Alemanha. Se tivesse morado em outro lugar, se tivesse convivido com outras pessoas, não teria conhecido marido, não teríamos vivido o que vivemos até decidir por estar aonde estamos. Não posso negar quem eu sou. E sei que os fantamas me perseguem e não posso ignorá-los, só enfrentá-los. Uma coisa de cada vez. Quem sabe, um dia, eu conto a história toda. Ou não. Sei lá!

A Liza, querida, deixou um comentário fofo no FAQ. 16, assim:
"Eve, voce achou o seu lugar no mundo e isso é muito bom. Ouso a dizer que voce vê em Berlin a beleza e felicidade que encontrou dentro de voce e talvez qualquer cidade te pareceria linda assim."

Acho que é isso.

- Fora isso, tenho visitado amigos e familiares, deixei de ver outros por falta de oportunidade ou porque perdi o contato mesmo. Para isso, haverá outras vezes em outras vindas pra cá ou eles lá.

- Fui à praia e ainda vou mais uma vez. E só. Acho que não foi uma boa decisão vir para o pico do verão no meio do tratamento de pele. Penitência pra ela!

- Fiz compras. Comprei esmaltes e calcinhas. Fútil! NOT! Só não uso calçolão e nem pago caro quando tive acesso a mais baratas por aqui. Isso é esperteza. Quanto aos esmaltes, bom... hehehehe... faz parte, né?

- Fiz pequenas viagens.

- Comi muito. Engordei, até agora, 1,5kg. Culpa do feijão da minha mãe e das guloseimas. Culpa deles, né? Sei...

- Fico em casa (porque mesmo estando fora há quase 10 anos, continuo chamando a casa dos meus pais de "minha casa"). Porque ser bem tratada pela mãe não tem preço. Nem mastercard.

- Estou arrumando as malas. Viajo no dia 06.02. Prometo regularizar as visitas. Adorei receber os comentários de vocês. Senti-me acompanhada.

Até a próxima semana!