terça-feira, 31 de agosto de 2010

Momento Ownnnn

Semana passada levei a Isabela (não contei que já conheci a moça? Pois é!) para conhecer o coral do meu cunhado. Ao final, a moça ainda cantou Mozart para os alemães e eles ficaram embasbacados. Vou já tratar de pedir autógrafo antes de ficar famosa. Ou me candidatar para ser assessora, relações públicas ou coisa parecida. rsrs

Deixei marido sozinho em casa. Saí às 15h e só cheguei às 00h30. Aí, no dia seguinte, no horário do almoço, ele me conta o que fez sem mim:

- Estava aqui preparando as minhas coisas para a escola, terminei e fui assistir um filme na TV.
- Sim...
- Aí, sabe, me bateu uma coisa e fiquei pensando: "está faltando algo nessa casa." É tão estranho estar acostumado com a sua presença e não ter você por perto. Dá uma saudade...

Nisso, os olhinhos brilhando e olhando para mim com cara da cachorrinho abandonado. (Para que bichinho de estimação, não é mesmo, meu povo?)

E emenda, segurando a minha mão:
- Como vou sobreviver quando você for ao Brasil. (Ele fica, eu vou... ;(((()

Quase sete anos e ainda sentimos saudades um do outro. Basta estar longe. Cinco minutos de ausência e já bate a saudade.

Eita coisa boa!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Notas de uma segunda-feira

- Minhas férias acabaram. Comecei hoje o B2.
- E meu querido professor continua conosco neste módulo. Adorei!
- O que acabou faz tempo foi o verão. Lá se foi ele... Fui andando pro curso com 10 graus lá fora. 10 graus!
- Tentando me acostumar novamente a acordar cedo. Teve dia de dormir até às 11h.
- Desenferrujando o alemão. Eu sei, não devia ter deixado acontecer. Me processem.
- Dei uma cortada num alemão! Rá! Acho que nunca mais enconsta.
- Estou pensando em comemorar meu aniversário em novembro. Primeiro níver na Alemanha, ora poix.
- Estou pensando que já deveria ter tomado essa decisão há tempos. Afinal, as coisas aqui são planejadas com muita antecedência. Muita antecedência.
- É claro que a festa será com quitutes brasileiros.
- Porque eu quero ganhar presentes, né?
- E juntar os novos bons amigos que arranjei por aqui. (Que os "velhos" não me leiam, porque estão com uma onda de ciúme, que pelamordeminhasanta!)
- Liguei no Brasil ontem. Meu pai estava muito emo. Diz que tem chorado de saudade quando lembra de mim. Eu não sei se acredito. É só porque estou longe. Mas, já me cobrou viagem nas férias quando estiver lá. Cobrar todo mundo sabe, né? Dar que é bom... Deixa pra lá.
- A partir dos próximos posts vou tentar responder aos comentários com carinho e atenção. Porque vocês têm sido muito bonzinhos em deixar comentários legais e merecem retorno. Viu? Eu dou! (ui!)
- E... ó, estou com sono. Vou ali dormir!
- Fui!

sábado, 28 de agosto de 2010

FAQ - 13. Por que você parece sempre tão otimista?

Sagitarianos são otimistas. Fato.

Eu também já deixei claro muitas vezes nas minhas postagens que coisas boas estão acontecendo conosco. Tudo se encaixa, tudo se ajeita. Mesmo que não vá pelo caminho que a gente espera, no final, é o melhor resultado.

Tenho dificuldades, problemas? Claro. Mas, o blog não foi criado para lamúrias - apesar de você encontrar uma ou outra por aí - e, sim, para que eu possa enxergar por um lado mais relaxado e divertido as dificuldades que eu passei, passo e passarei.

Desde que eu cheguei, levei um tempo para fazer coisas sozinhas, sair, fazer compras, sair com amigos, pedir numa padaria... o que é simples parecia uma complexidade do tamanho do mundo porque eu não conseguia pronunciar Sonnenblumenbrot, ou outras palavrinhas alemãs mais complicadas.

Aos poucos, vou tomando outras iniciativas também. Devagar, no meu tempo, com a segurança que eu preciso e vou chegando lá.

E mais: eu escolhi estar aqui. Eu não vim obrigada. Então, se foi uma escolha, eu sou responsável por torná-la válida e transformar o meu ambiente em algo acolhedor e confortável.

Se eu vou continuar otimista quando começar a receber minhas negativas de emprego? Não sei. Aí é outro processo. Um dia de cada vez. E de volta sempre das cinzas....

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Aqui em Berlin é assim

Você está tranquilo em sua casa, tomando o café da tarde, quando começa a ouvir um som muito gostoso vindo de algum lugar. Aí você para pra (por que sem acento, por quê???) tentar decifrar o som e percebe que só pode ser uma banda em algum lugar da sua vizinhança.

Banda ensaiando?
Festa rolando em algum apartamento?

Não!

São músicos passando pela sua rua para encantar o seu dia.
Uma serenata especial que só acontece em cidades especiais como Berlin.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Patos?

Sábado, saímos para conhecer uma região de lagos que tem perto de Berlin. Como sempre, passamos por Landstrasse e não por Autobahn. Assim, podemos apreciar a paisagem e conhecer alguns dorfs (povoados).

Às vezes, passando por alguns lugares, vejo propaganda de eventos e fico curiosa para saber o que é, até conseguir ler.

Não foi diferente quando avistei uma faixa gigante na estrada e li para marido que dirigia:
- Festa do pato!
- Aonde?
- Ali.

E ele começa a rir:
- Não é festa do pato. É festa da colheita. Você leu errado.
E continuou rindo de mim (tadinha d'eu).

Estava escrito na faixa:
Erntefeiern
Ernte = colheita
Feiern = festa.

Por que eu pensei que fosse "festa do pato"?
Porque pato se escreve "ente" (ainda pior, é a forma feminina. Seria, então, festa da pata.)

Como eu não gosto de perder nada, respondi:
- É tudo igual, pato e colheita só tem no mato. Pronto!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Cozinha X Marido

Tem muitas coisas que eu gosto de comer que não comia há muito tempo, principalmente, qualquer coisa relacionada a carne bovina. Eu sou quase carnívora, porque um pedaço já me satisfaz.

Na semana passada, durante as compras, eu achei, sem querer querendo, fígado de boi e meus olhos brilharam para ele (Oi? Eu nunca disse que era normal, beijos.). Compramos. Eu queria preparar para o almoço.

Marido estava na rua ainda quando eu comecei a preparar. Nem lembro mais quais foram os acompanhamentos, além de batata, por um simples detalhe: eu estava lá, descascando batata, temperando a carne, quando marido chegou e ele, simplesmente, tomou conta da cozinha.

Vocês leram certo: ele tomou conta da cozinha!

Eu estava preparando a minha carne, do jeito que eu queria e ele, com a desculpa que queria me ajudar, toma conta da cozinha e termina de preparar o almoço.

Não é a primeira vez que isso acontece. Não é.

Das duas, uma: ou ele gosta muito de cozinha ou ele não confia que eu consiga fazer alguma coisa gostosa. Ou as duas, né?

A melhor parte é: eu adoro quando ele faz isso. Porque eu não gosto muito de cozinha e não confio que eu consiga fazer alguma coisa gostosa.

Homem que sabe e gosta de cozinhar era pré-requisito para acabar em casamento.

E assim vivemos felizes para sempre.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pergunta de verificação

Marido me perguntou o que eu estranhei quando cheguei na Alemanha e que agora já não estranho mais, por já ter me acostumado com o ritmo da cidade, da vida, da rotina...

Eu nem precisei pensar muito. Como boa sagitariana, aprecio a liberdade. Não só a liberdade de poder fazer o que quiser, mas a de poder ir aonde eu quiser, como eu quiser, quando eu quiser, sem ter que me preocupar com os outros, com o horário, se a rua está deserta, se é violento, se eu levo ou não o celular comigo, etc.

Eu me assustei com o fato de poder andar nas ruas alemãs sem me preocupar em segurar com força a minha bolsa embaixo do braço.
Eu me assustei com o fato de não precisar me assustar se ouço uma pessoa vindo atrás de mim porque não será um trombadinha.
Eu me assustei com o fato de ter as calçadas livres para os pedestres, não ter carros estacionados em cima, não ter camelôs, não ter pessoas te abordando o tempo inteiro.
Eu me assustei com o fato de poder voltar de um bar tarde da noite, andando pelas ruas do meu bairro sem me preocupar se vou ser assaltada, sequestrada ou estuprada.
Eu me assustei por ver carros parando sem semáforo/sinal para que eu atravessasse a rua.
Eu me assustei com o fato de poder pegar um trem, metrô, ônibus em qualquer horário do dia ou da noite.
Eu me assustei por me sentir mais livre do que jamais eu tinha me sentido.

Eu já me acostumei com essa liberdade. E nunca mais quero perdê-la.


Atenção, meu povo! Eu não estou conseguindo fazer comentários em alguns blogs (Lu, Kaline, Isabela...). Alguns recursos estão desativados e não consigo visualizar. Por ex, não vejo "seguidores", a aba de comentários não abre etc. Acontece o mesmo com vocês? Pobrema resorvido!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Primeira vez

Daí que ontem fui a primeira vez num estádio. Como eu sou uma pessoa chique (oi?), a minha primeira vez (ui!) foi no estádio olímpico de Berlin para assistir jogos de atletismo. Fomos marido, cunhado, Jane e eu.

Teve salto com vara, 100m, 400m, 100m com barreira, salto em altura, feminino, masculino e até um recorde mundial no 800m masculino.

O estádio tem capacidade para 75 mil pessoas e a previsão de público era de mais de 40 mil. Como nunca fui num estádio no Brasil, não posso comparar. Só posso dizer que eram 75 mil cadeiras. O público era bem tranquilo, animado, familiar e respeitador.

Uma atleta alemã do salto queria bater a marca de 2m. Para se concentrar, pediu silêncio ao estádio. Ela calou 40 mil pessoas. Em compensação, quando um atleta pedia torcida, eles (a gente) fazia muito barulho. Barulho de público alemão = palmas.

Eu gostei de vibrar, torcer para um atleta, independente do país que representava ou da modalidade que concorria.

Também gostei de que eles aproveitaram o evento para realizar a final de um torneio entre escolas alemãs. As crianças no meio de atletas profissionais, com torcida e premiação, fazendo parte do evento... Um estímulo e tanto.

Tudo muito tranquilo, apesar da lotação, ninguém pisou no meu pé, ninguém empurrou ninguém. Nem na hora de irmos para a estação foi uma loucura digna de Estação da Luz.

Farei visitas a estádios com mais frequência agora.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Eu deveria ficar quieta, mas assim não dá!



Candidatos como esse e uma lei de censura ao humor mostram como há uma regressão na política no Brasil. Ou sempre foi tudo uma palhaçada e só agora que estou me dando conta (porque, antes, a palhaça era eu).

"O que é que faz um deputado federal? Na verdade, eu não sei. Mas, vote em mim que eu te conto."

O pior é que já vi candidatos como esse ganhar. Alguém aí lembra do Frank Aguiar?

Vou fazer a conta de quantos destes irão ganhar dessa vez. É o fim dos tempos. 2012 chega logo!

Potsdam ou Berlin?

Quando marido chegou na Alemanha, em janeiro, ele se registrou no endereço do irmão para poder receber as correspondências, ter um endereço para contratos, compras etc. O irmão mora em Potsdam, cidade a 25km de Berlin.

No mês seguinte, já tínhamos um apartamento em Berlin e mudamos o endereço para lá. Semanas depois, marido recebe uma correspondência da prefeitura de Potsdam querendo saber o motivo da mudança dele da cidade.

Entre outras perguntas, eles queriam saber o que a cidade não ofereceu para ele, o que ele não gostou e apresentaram algumas vantagens de se morar em Potsdam. Também tinha um questionário grande para ele responder, como uma pesquisa de qualidade, relacionamento com "clientes".

Na época, eu achei uma forma tão interessante da cidade entrar em contato com seus cidadãos, de tentar entender as migrações. Mas, mais ainda, querer saber o que a CIDADE não ofereceu para este cidadão em específico.

Eu nunca vi uma pesquisa de satisfação dessas. No máximo, um censo que acontece de 10 em 10 anos, onde você é só um número e mais nada.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cabelos

Eu tenho/tinha um problema com os meus cabelos. Desde que cheguei na Alemanha, fiquei na dúvida se deixaria meu cabelo ser cortado num salão alemão ou não. E até então, ninguém tinha cortado. Por três motivos, principalmente:

- Minha mãe foi cabelereira. Ela cortou meu cabelo durante 28 anos. E só ela. Nunca, na história daquele país, outra pessoa tinha posto a mão no meu cabelo.
- Meu cabelo é cacheado. Quem ia me garantir que o pessoal daqui sabe cortar esse tipo de cabelo?
- Ele estava curto. E cabelos cacheados, quando são cortados além da conta, não ficam legal.

Mas, eu já tinha sete meses sem cortar o cabelo. As pontas estavam queimadas e o corte já tinha sumido. Só vou no Brasil em janeiro e não dá para pensar em cortar o cabelo só quando eu for no Brasil, né? Quem garante quando volto lá novamente?

Depois de ver esssa foto
percebi que não podia evitar e teria que cair na tesoura aqui em Berlin mesmo.

Juntei coragem e fui num salão que tem aqui na esquina - com marido, claro. Se desse errado, a culpa seria dele que não explicou direito o que eu queria. Eu teria em quem bater depois. ;)

Primeiro, perguntamos se ela dava conta do recado e ela disse que sim. Aí sentei na cadeira e fiquei esperando. Quando ela pegou no meu cabelo, me forcei para não desistir. Olhava para o meu cabelo de pontas queimadas e secas e me resignava a ficar. Eita, que dramalhão mexicano!

Fechei os olhos a maior parte do tempo e, mesmo que ela dissesse que estava fazendo o mesmo corte, eu sabia que não era verdade. Mas, já estava na chuva mesmo, vamos nos molhar.

O resultado foi esse:
E marido disse que nunca viu o meu cabelo tão lindo. Eu gostei também. Quem não vai gostar é minha mãe, vai morrer de ciúmes, tadinha. rsrs

Gostaram?

P.S. A cor é essa mesma, original de fábrica, castanho acobreado.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Sit down, please!

Marido e eu estamos de férias ainda. Quem manda ser professor e estudante, né mesmo? Rá!

Nós estamos aproveitando para fazer passeios que só são possíveis no verão, como passear de barco pelos canais aqui em Berlin. Um passeio super recomendado, viu? A gente fez um desses essa semana.

Berlin tem muitas pontes. Muitas. Dizem que são 1.700. (O.o). Logo quando subimos no barco, podemos ler um aviso em alemão, em inglês e gráfico, indicando que não se pode ficar em pé no barco, justamente por perigo de bater a cabeça em alguma dessas pontes. Com tantas, podem acreditar que a probabilidade é grande.

Só que no barco tinha um turista. Ok, todos nós éramos turistas. Mas, ele parecia ser estrangeiro (E eu só o que, né, meu povo?). Ainda por cima, não entendia inglês. Porque ele ficava levantando para tirar fotos o tempo todo. Só abaixava quando tinha uma ponte, tipo, de meio em meio minuto. Juro. O piloto/motorista/comandante/whatever do barco falava dos lugares onde estávamos passando: à direita tem isso, à esquerda, aquilo. E ele tirando fotos.

Como ele estava perto de mim, conseguia ver para onde ele direcionava a câmera. Foram fotos muito interessantes:
Árvores,
Ponte,
Árvores,
Casa,
Pessoas,
Árvores,
Prédio,
Ponte,
Árvores,
Árvores,
Ponte,
Prédio,
Prédio,
Árvores,
Sono
Zzzzzzz.....

O whatever do barco ficou com raiva desse turista. Eu perdi a conta de quantas vezes mandou ele sentar. E eu na torcida dele meter a cabeça numa ponte e nos deixar em paz com essa histeria fotográfica.

Eu curtir muito o passeio. Sério. Zzzzzzz...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

"Quem dera ser um peixe..."

Ontem saímos para jantar com uma amiga colombiana. Ela nos levou a um restaurante peruano, com um cardápio de fazer inveja: pratos latinos. Eu comi um com camarão e palmito. Uma delícia.

Falamos sobre diversas coisas. Entre elas, as nossas viagens. Ela também esteve no Nordsee (lembram? aquela praia "linda"...) com o marido. Só que ela esteve numa ilha bem mais ao norte e, segundo ela, era uma região muito bonita.

Ela nos contou sobre um peixe típico de lá. Nós ficamos curiosos:
"Que peixe?"
"É um peixe, ai, esqueci o nome em alemão e não sei em português." (Pausa: ela já morou no Brasil)

Eu dei um desconto, porque ela estava falando em português conosco e em espanhol com a garçonete. Às vezes, usava uma expressão ou outra em alemão. Aí já viu, é pra fazer bagunça mesmo.

Mas, ela disse que viu um fora d'água. Opa! Peixe fora d'água? Aí eu pensei: "humm, realmente, tem uma espécie de peixe que fica uns minutos fora d'água, mas não sabia que era típico da Alemanha."

"Que peixe é esse, Fulana?"
"É aquele peixe que se usa em apresentações, que botam a bola no nariz."
"Peraí, isso aí não é uma foca?"
"Não é foca, não. Parece, mas é peixe."

Quem estava confusa era eu. Um peixe que parece uma foca?

Aí ela contou que estava caminhando com um guia na ilha e viu um grupo enorme de "peixes" e eles estavam tomando sol.

Para tudo! Peixe tomando sol! Qual foi o orégano que ela fumou nessa ilha, meu Deus?

Aí, marido percebeu o que estava acontecendo e falou o nome em alemão.
"Seehund?"
E ela, feliz por ele ter lembrado o nome:
"Isso mesmo! Seehund!"
"Mas Seehund não é pe... Ok, deixa pra lá."

E mudamos de assunto.

Com vocês, o "peixe" Seehund do Nordesee.
Fonte: Daqui
Mais cara de bunda do que os próprios fotografados fizeram, impossível! ;)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Aconteceu na viagem

Quando visitamos um amigo de marido e sua esposa em Münster, chegamos às 18h. Eu estava cansada, não só por causa da viagem, mas porque eu vinha da casa de outros dois amigos que exigiram muito do pouco alemão que sei.

Eles prepararam um jantar para a gente. Um jantar delicioso por sinal. Eu comi demais, confesso. Juntando o cansaço da viagem, uma barriga cheia e uma taça de vinho, às 22h eu já estava debruçada em cima da mesa.

Aí, o amigo de marido, superinteressado na vida no Brasil, vira para mim e pergunta:
"Você acha que o desenvolvimento econômico do Brasil está atingindo níveis iguais na zona rural como na zona urbana? Ou seja, está sendo um desenvolvimento justo e igualitário?"

Fui obrigada a usar minha cara de b*nda novamente.
Uma longa pausa...

Marido:
"Você entendeu a pergunta?"
"Entendi. Só não me peça para responder em alemão, porque da minha boca não sai mais nada nessa língua."

Percebam a complexidade. Depois ainda me perguntam porque foi que pedi pinico. rsrsrs

domingo, 15 de agosto de 2010

Vai passar

Escrevi um comentário no blog da Dona Pedrinha que se mudou para a Noruega, nesta postagem, e quis compartilhar:

"Vai passar.
É muita informação ao mesmo tempo.
A gente fica observando como os outros se comportam, tentando entender o mundo deles, ainda temos de dar conta de conhecer nomes de ruas, supermercados, onde fica isso, onde fica aquilo, se acostumar com a paisagem, lembrar que viramos analfabetas de novo, usar outros artifícios de comunicação além do que conhecíamos, decifrar rótulos de embalagens, se acostumar à nova casa, aprender onde guardar nossas roupas, onde estão os talheres, cuidar de filho, se acertar com marido, conhecer e aceitar os filhos dele, acreditar que tudo isso vale a pena, tentar manter a sanidade e esperar melhorar. Ufa!
Mas, posso dizer que passa, viu? Principalmente, se o amor continua e ele te apóia.
Fica bem!"

Vai passar, gente, vai passar. Mais cedo ou mais tarde.

sábado, 14 de agosto de 2010

Como é ter uma Putzfrau na Alemanha

Calma, eu não falei palavrão. É que eu conheci uma mulher que tem faxineira, e aqui se chama Putzfrau. A casa da mulher é enorme e, claro, ela tem uma Putzfrau. Se não me engano, a faxineira é francesa.

Vocês sabem que alemão é meio certinho, ou certinho e meio, às vezes, né? Então...

Daí que estava lá, e a dona da casa me aparece com um formulário na mão. Eu fiquei de canto só olhando para saber o que era aquilo. Achei que fosse coisa do trabalho, quando o marido dela aparece e ela faz uma pergunta: "Quer que limpe seu escritório hoje?" e ele diz que sim.

Aí ela vai lá no formulário e marca na parte "Arbeitzimmer" (escritório) o verbo putzen (limpeza).

A ficha caiu.

A mulher estava com um checklist ocupando uma folha A4 inteira com letras pequenas, onde constavam todos os cômodos da casa, com todas as opções que vocês podem imaginar que se pode fazer em termos de limpeza e arrumação numa casa.

Eu fiquei de cara no chão. Ela não conversa com a mulher, vai lá, assinala um x no que ela quer que a mulher faça, pega a bolsa e vai embora pro trabalho. Simples assim.

Qualquer coisa, estava lá escrito o que tinha que ser feito. Volta pra casa e PUFF!, tudo feito e pago, claro. Porque não deve ser barato.

Eu sei que é feio o que eu vou dizer, mas, ó, quero uma dessas pra mim. A dona de casa, não a Putzfrau. Eu quero é uma assistente-secretária-auxiliar administrativa que organize a minha vida assim, ora bolas!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O que é mágico para você?

A Lininha me pegou num momento muito frágil e sensível (TPM) me passando esse meme/selo em que preciso também postar uma foto que represente um momento mágico.

Lá vai:
O que é mágico para mim?
- Estar na Alemanha. Porque depois dessa decisão, tudo começou a funcionar direitinho. Criamos um fato e as linhas do destino se desembaraçaram.
- Acordar todos os dias ao lado da pessoa que amo. Ownnn!
- Ver seu sorriso.
- Saber que o faço bem.
- Poder contar com ele, com os amigos, com a família...
- Perceber que o amor mudou ao longo de quase sete anos. Mudou pra melhor, amadureceu, tornou-se mais que especial e cresce a cada dia, sendo recíproco.
- Saber que cada dia vivido é uma pequena vitória.
- Reconhecer e agradecer.
- Conquistar coisas, nem que seja conseguir pronunciar uma palavra difícil em alemão.
- Ter motivos de sobra para sorrir e ser feliz. Porque a vida sem riso não tem graça.
- Lembrar de momentos que me fizeram feliz, lembrar das lágrimas que derramei de alegria. Até o choro é bom de vez em quando, como aquele que liberta, como aquele que tive quando soube que poderia me casar, enfim, com o meu amor. Só de lembrar já dá vontade de chorar de novo. Culpa sua, dona Lininha!!! rsrs


Eu tinha que passar para outras pessoas, mas vou deixar aberto, como sempre. Quem tiver vontade de responder, até como uma forma de reflexão, pode "roubar" e fazer no seu blog. ;)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dialetos

Nesses seis meses de Alemanha ainda não tinha tido a oportunidade de ouvir alguns dialetos alemães. Eu sabia que existia, mas nunca tinha ouvido.

Conheci um cara de Munique, mas era mais sotaque do que dialeto. E posso dizer que o entendi muito pouco.

Durante a viagem, chegando, principalmente, no sul do país, passamos por algumas situações que me fizeram perceber o quanto é diferente o dialeto do alemão cru que aprendo no curso. E cada um diz que o seu alemão é o verdadeiro alemão. rs

Situação 01:
No restaurante em Luxemburgo, um rapaz atende o celular e começa a falar alguma coisa incompreensível. Não, não era francês. Eu tinha certeza que era alemão. Certeza. Só que era com o sotaque francês. Só o sotaque. Achei interessante.

Aí andando pelo Grund, vi um panfleto escrito em alemão. Ok, era dialeto. Aí eu entendi o que o rapaz ao celular falava. Quer dizer, entender, não entendi, mas descobri que era alemão, só que em dialeto, o de Luxembrugo. Ficou confuso, né? Agora imagina eu ouvindo um alemão que não entendo, com sotaque francês? Pois é.

Situação 02:
Em algum dorf na Floresta Negra. Paramos em um restaurante às 15h. Entramos e não havia ninguém. Marido chamou e uma mulher apareceu. Ele perguntou se ainda estavam servindo comida e ela responde:
- &!%$#@!&%@!$#!$%@#$%&!
- Wie bitte? (Como?)
- &!%$#@!&%@!$#!$%@#$%!!
- Wie bitte?

Foi só na terceira tentativa que ela percebeu que marido não entendia, aí ela começou a falar devagar e mais alto. Só que ainda em dialeto. No fim, ela queria dizer que o restaurante estava fechado e no próximo dorf encontraríamos outro.

Se nem marido entendeu, imagina eu? Isso dá um alívio.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Pontos negativos da viagem

É claro que os positivos superaram, mas sempre existe o "mas".

1.Tempo: saímos de Berlin com 35 graus. Só foi fazer sol de verdade no último final de semana, no Bodensee.
2. Intestino: porque mulher sofre com isso, meu Zeus? É só sair de casa e pronto, nada mais funciona como tem que funcionar, nem Activia resolve. E é só voltar pra casa, pronto, tudo regularizado.
3. Comida: porque era boa, voltei pra casa 2kg mais gorda. Juro. Em 10 dias, 2kg. A penitência já começou.
4. Montar e desmontar barraca.
5. Chegar em casa e ter que desfazer malas e lavar roupas. Eu queria ter um gênio.

Só isso mesmo.

Sul - Parte Final

Então, saímos em direção ao sul, passando pela Floresta Negra. Optamos sempre por Landstrasse (as secundárias) para poder passar pelas melhores paisagens e a viagem ser mais gostosa.

Até o sul não foi diferente. Só que marido escolhia as estradas que nos levavam sempre mais para o alto, para o alto, para o alto... Junto, vinham as curvas, tortuosas, fechadas, uma seguida da outra. E eu lá, chacoalhando parecendo um pacote. Cabeça girando e rezando para não vir nenhum carro enlouquecido na direção contrária. ;)
Iríamos passar na casa da Liza para um café, mas, como decidimos ir ali na França, em Strasburg antes, ficou tarde para passar lá. Ela mora no meio da Floresta, a chapeuzinho vermelho sem lobo mau. Como íriamos nos encontrar num brunch no Bodensee, pedi desculpas e segui viagem até lá.

Chegamos no Bodensee à noite, em Radolfzell. Sandra tinha reservado pra gente um camping muito legal e já fomos armar a barraca. No dia seguinte, sábado, fizemos um passeio de barco pelo lago e descemos em Meersburg, com direito a castelo, passeio na beira do lago e comida gostosa. Valeu.
Nos encontramos com a Sandra à tarde, ela e o marido nos levaram para um restaurante espanhol e ficamos conversando bastante.

No domingo, participamos do brunch no camping com a família de Sandra, Liza, amigos de Sandra, amigos da Liza e uma brasileira, a Maria (Oi!) que conheci lá. Foi um dia tão gostoso, tão divertido. Tão tão que ficou na parte das lembranças gostosas.

Até o Miguel, filho da Liza, resolveu que era o dia de perder o medo de areia e se esbaldou. rs
A noite de domingo foi muito chuvosa e como já tínhamos decidido ir embora na segunda, foi só um bota-fora pra gente. Mas, a barraca resistiu. Voltamos por Autobahn eainda passamos por mais duas cidades Augsburg (acho que é assim) e Regensburg que merecem uma visita mais calma depois.

Aí eu cheguei e comecei a escrever minhas aventuras para vocês. Gostaram?

Agora, volto à minha programação normal. Apesar de continuar de férias até o dia 30/08. =P

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O amor...

Não tem época,
não tem idade,
não tem distância,
não tem obstáculos e
nem morre com o tempo.

O amor, só e sempre ele.



Ainda tem alguma dúvida?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Meus pés e o atendimento

A pessoa sai de casa para ir a uma festa de rua, perto da Ilha dos Museus, andando.
A pessoa resolve que vai andar esses 3km com uma sandália nova que ela só usou uma vez. É verão é ela quer dar liberdade aos pés.
A pessoa começa a caminhar rápido, tentando acompanhar os passos do marido.
A pessoa começa a sentir um incômodo nos pés na terça parte do caminho.
Marido quer ajudar e propõe passar em alguma farmácia para comprar curativo para as bolhas que começam a se formar. A pessoa recusa, achando que o "ali" é logo ali mesmo. Mas, ainda faltava um grande pedaço.
A pessoa quer ser durona, mas no meio do caminho desiste. Tira as sandálias e anda nos jardins descalça.
Marido, cavalheiro que é, chega na festa e pergunta aonde poderia encontrar um curativo. O porteiro da festa pergunta pelo rádio onde está a ambulância e os encaminha para lá.
A pessoa está morta de vergonha, porque não quer mobilizar o serviço de emergência da Cruz Vermelha, que estava voluntariamente no local, por causa de umas bolhas nos pés.
Mas, ela sabia que marido queria curtir a festa e insistiu para que a pessoa fosse até lá.
A pessoa chega e é atendida como se fosse uma emergência. Na maior simpatia, o atendente a coloca sentada na ambulância, limpa com soro, passa compressa, seca os pés e coloca os esparadrapos para que ela volte a calçar a bendita sandália nova de verão. Tudo isso por causa de bolhas. Bolhas!
Ela agradece e sai impressionada.

No meio do caminho, repensa: "Será que se eu voltar lá e pedir com carinho, ele me faz massagem nos pés?"

Só faltou isso.

Lição aprendida: se é pra fazer bonito, faz direito. Ou vai de transporte na próxima ou usa uma sandália confortável, porra!

"Estrangeiro" - Luxemburgo em 3 partes

Fomos para Luxemburgo aproveitando a viagem a Trier, perto de lá 60km.

Parte 01:
Só que nós cometemos um pequeno erro: deixamos de almoçar em Trier para almoçar por lá. Chegamos às 15h, eu já estava roxa de fome. Eu não sei vocês, mas quando estou com muita fome, fico mau-humorada, tonta e com dor de cabeça.

Daí que a gente resolve procurar um restaurante "barato" para comer. Mas, esquecemos que nós estávamos em Luxemburgo e não na Alemanha.

Para começar todos os restaurantes da praça onde estávamos tinham os cardápios em francês. Todos! Marido e eu não falamos uma palavra em francês, além de merci. Foi interessante ver marido se atrapalhando na língua, como eu faço em alemão. Pensem, então, no drama que eu passei para achar um restaurante com fome, muita fome.

Por fim, percebemos que o jeito era tirar o inglês das profundezas e ir em frente.

Já que não entendiámos os cardápios, íamos pelos preços. Ledo engano. Pratos individuais de, no mínimo, 25 euros. Em Berlin, 25 euros é um jantar completo para nós dois, com bebida.

Acabamos pagando 13 euros cada, num prato promocional de bife com fritas num restaurante em que o garçon só falava francês e inglês. Um absurdo! Hahahahahaha

Parte 02
Visitamos a parte da cidade recomendada por Jackie. E, olha, adorei. A região se chama "Grund", uma área construída num vale ou sei lá o que, que data de 1700 e bolinha (a cabeça começa a falhar) e muito bonita.

Tem muita coisa pra ver, alguns prédios históricos, bares, caminhos... Muito interessante.
O resto da cidade que eu vi é cheia de prédios gigantes, espelhados e comerciais, muitos são bancos.

Parte 03
Nunca, na história desse país, eu vi tanto carro esportivo de luxo quanto em três horas que ficamos em Luxemburgo. Tá, o nome já diz, pra estar lá, tem que ter luxo. Ok, trocadilho do baralho esse, me perdoem. ;)

Eu juro. Acho que vi uns 7 ou 8 carros desses, entre Ferraris, Lamborghinis e Porsches. Chegamos no estacionamento pra deixar o carro e dou de cara com um Lamborghini verde. É demais para o meu coração.
Marido perguntou se eu moraria lá. Moraria sim, mas só se fosse para ter uma Ferrari na garagem. Se é pra ser pobre, continuo por Berlin mesmo que me sinto mais à vontade. rs

Parte bônus:
Para sentir o drama da riqueza dessa cidade, pensem que EU VI, ninguém me contou, eu vi, gente (leiam: mulheres) na frente de lojas como Louis Vuitton e Dolce e Gabanna tirando fotos. As pessoas chegavam em frente da vitrine e tiravam fotos delas por lá. Comprar que é bom, nada, né?

Eu sou uma pessoa tão antenada para essas coisas que, para escrever o nome das marcas, fui no Google. Nem sei se está certo mesmo. =P

Só volto pra lá quando for rica, muito RI-CA!

sábado, 7 de agosto de 2010

Centro - Parte 02

Pois é, saímos do Norte e fomos em direção ao Sul. No meio, tínhamos destinos a cumprir.

Saímos de Münster no dia 27 e fomos para Rheinland-Pfalz, onde a querida Flor mora. Digitamos o seu endereço no navi, porque ela mora num Dorf dorf mesmo (rsrsrs) e chegamos lá anoitecendo. Porque antes, passamos em Aachen, conhecida pelas fontes e termas, e que, sinceramente, não nos empolgou muito.
Na casa da Flor, fomos muito bem recebidos e passeamos pelos vinhedos da região próxima à sua casa, com ela e o marido. A região onde ela mora é conhecida como Mosel, nome do rio que passa por lá. Já tomou um vinho de lá? Está esperando o quê? E é MOSEL, sem trema, com trema é outra coisa. (não perguntem, não vou falar. rsrsrs).

Como chegamos à noite, deixamos os passeios para o dia seguinte. O dia começou com neblina e um pouco de chuva. De lá fomos a Trier, que fica perto, e de Trier, para Luxemburgo (conto em outra parte).

Em Trier, a cidade mais antiga da Alemanha, nos deparamos com a Porta Nigra, datada do séc 02 dc. Trier pertendeu ao império romano. Marido estava doido para ver e ficava sempre repetindo: "como no meu livro de latim, como no meu livro." Nem preciso dizer que ele ficou bobo como criança em frente à construção.
Adoramos a cidade, apesar da chuva.

Depois de Luxembrugo (calma, que conto dele depois), voltamos para a casa da Flor. As conversas eram sempre muito boas. ;) No dia seguinte, aproveitamos a nossa guia particular e fomos a uma cidadezinha "mimosa", chamada Bernkastel, para passear e comer comida indiana. Um luxo.
Nos despedimos de Jackie e seu marido e seguimos para a Estrada dos Vinhos, onde marido (o meu) tem amigos e queria passar para tomar um café. A cidade dessa região se chama Landau. Chegamos já com a tarde avançada e resolvemos, de novo, dispensar a barraca e irmos para uma pousada num dorf perto da cidade. Marido disse que era a Toscana Alemã. Como eu não conheço, só achei muito bonito mesmo.
No dia seguinte, visitamos esses amigos e seguimos viagem passando por Strasburg (na França, conto depois), em direção à Floresta Negra.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Norte - Parte 01 (continuação)

Do "maravilhoso" mar do norte, saímos em direção a Hamburg, que é uma cidade-estado, como Berlin e Bremen.

Detalhe: a noite na praia, no churrasco furado, foi passada dentro da barraca, no jardim do cara, porque a casa grande e bonita não tinha lugar suficiente para a gente. Aham!

A gente chegou em Hamburg no domingo, durante o dia. Comércio fechado. Todo o comércio, eu quis dizer. Inclusive a rua mais famosa da cidade. Sim, essa aí que você pensou. Não conhece a fama? Menina, está perdendo o quê que não clica aqui (em inglês)? Que de tão conhecida - e reconhecida - virou cult.

Hamburg tem o segundo maior porto do mundo, perdendo apenas para o de Rotterdam, na Holanda. Com o porto, temos os armazéns antigos, usados desde que a cidade é cidade. São quilômetros de prédios, como podem notar só em uma foto.
Chegamos lá com chuva, tínhamos deixado o sol e as temperaturas altas em Berlin. Passamos apenas para que eu conhecesse, já que ficava no meio do caminho para a próxima parada.

De lá, fomos para Stade, uma pequena e fofa cidade onde mora um dos melhores amigos de marido. Ficamos na casa deles uma noite. Foi tão legal ver os dois se divertindo, curtindo um a presença do outro. E também foi legal me sentir integrada nesse cenário. Adorei.
Seguimos viagem para Bremen, também só de passagem, para visitar uma amiga e um amigo que marido não via a mais de 15 anos. Passamos lá, demos os abraços, quase matamos o amigo dele do coração, deixamos contatos e promessas de visitas.

Alguém lembra ou conhece a história dos animais cantores? Pois é. A história se chama "Os músicos de Bremen".
Nesse mesmo dia, ainda viajamos para Münster, no estado de Nordrhein-Westfalen, para visitar um outro amigo de marido, da época da faculdade. Essa visita ficou sem fotos, infelizmente. Passamos a noite lá e seguimos viagem para o Mosel, em Rheiland-Pfalz que fica para a outra parte da viagem.

Dessa vez, foram dois dias em três estados. ;)

P.S. Lembrem-se que a Alemanha é do tamanho da Bahia. Fazíamos uns 300, 400km por dia apenas.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nordsee - o mar do norte

Um dos motivos da viagem ter começado no dia 23/07 é que tínhamos uma festa marcada para o dia 24/07, em St. Peter Ording, um povoado/distrito pertencente a Hamburg (mentira! marido me corrigiu, não é um povoado, é uma cidade mesmo). Lá encontraríamos primos de marido, minha cunhada e par de pessoas que nunca vi na vida.

Daí que a minha cunhada fez a maior propaganda da casa, disse que era linda, que era grande, que era isso, era aquilo e, melhor ainda, era à beira mar, do bendito Nordsee. Eu já estava pensando horrores dessa casa, esperando maravilhas da paisagem etc.

Chegamos lá no dia 24 à tarde e o churrasco já tinha começado. O clima não colaborou e estava fazendo 15 graus. Claro, ventava pra baralho por lá e o churrasco miou no meio quando a chuva começou. Rá! Chupa essa manga.

Aí o pessoal da família de marido queria porque queria que ele me levasse para ver a praia. Coisa mais linda de se ver, diziam eles. Aí, a história continua nas falácias.

Primeiro que a casa não é à beira mar. É grande e bonita, ok. Mas, para chegar até o mar, você precisa subir uma barreira de contenção, tipo um morro. Exatamente, barreira. Nessa barreira, tinham ovelhas. Muitas. Lá vai eu espantando ovelhas para abrir passagem para o mar.
Depois de superar esse obstáculo, chego lá em cima, num vento do baralho e... quê?
"Isso aí é a praia???" - Foi a única coisa que consegui dizer.

Marido todo sem graça, claro. Não se mostra uma coisa dessas para uma brasileira e diz que é praia, gente, pelamordeminhasantamaezinha. Agora eu entendo porque o povo adora Tailândia, Brasil, Caribe (tá, esqueçam as mulheres...)

Com vocês, o Nordsee:
Essas caixinhas aí é para o povo sentar, esticar as pernas e se proteger do sol, a substituição do nosso conhecido sombreiro. ;)

E, ó, pra curtir essa maravilha, tem que pagar, viu?
Morri, né, meu povo. Morri.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Norte - Parte 01

Resolvemos começar a viagem pelo norte do país, até porque, tínhamos uma festa de aniversário da família para ir lá no Nordsee (capítulo a parte dessa história).

(Abre parênteses) A idéia era passar duas semanas fora, mas no meio do caminho, a moça que vos escreve cansou, cabeça cheia de imagens, histórias e impressões. Além do que, a viagem foi uma loucura, parando ali, encontrando gente aqui. A gente não parava quieto um segundo. Quando paramos, lá embaixo, no Bodensee, pedi pinico. Vocês irão perceber pelos detalhes. (Fecha parênteses)

Saímos de Berlin no dia 23/07, às 09h. Passamos pelos estados de Brandenburg e depois por Mecklenburg-Vorpommern - o nome é feio e ruim assim mesmo. Brandenburg não tem muita graça, mas o outro, de nome feio e ruim, tem, com muitos lagos e locais para acampar. Fica tão perto que já programamos outras visitas.

A primeira parada foi num Dorf (povoado) que ficou sem fotos e sem nome. Péssima turista que sou, eu sei. Depois, paramos na capital de Mecklenburg, Schwerin (estado de nome feio, não tem capital de nome bonito, né, minha gente?). A cidade é bonita e o centro com muitos prédios antigos.De Schwrein, fomos para Wismar, no mar báltico. Devo dizer que achei a cara da Holanda, apesar de nunca ter estado lá, ainda. ;) Paramos lá só para ver o mar. Cof! Cof! Cof! (detalhes, detalhes...)Depois fomos para Lübeck que já em outro estado, o Schleswig-Holstein - que não é mais fácil que o anterior. De todas as cidades que visitamos, consideramos a mais bonita e agradável. Lá, descobrimos a editora mais velha da Alemanha, fundada em 1579 e tiramos foto do monumento que estava desenhado na antiga nota de 50 do Marco alemão.
Foi o nosso primeiro dia de viagem. Três paradas, três estados, três cidades diferentes, três caminhadas, passeios... Ufa! Paramos numa pousada, porque ninguém queria armar barraca, e foi bem confortável, pois era uma antiga fazenda de 300 anos de construída.
No dia seguinte, seguimos viagem para St. Peter Ording, um povoado à beira do Nordsee que pertence a Hamburgo. Mas, esse merece um post só pra ele.

Esposa exemplar

Ontem, com uma amiga no MSN:

Eve diz: olha como sou esposa exemplar: fiz uma torta (vulgo: botei no forno pra descongelar), estou com fome, mas esperando o marido acordar (que está descansando da viagem) para comermos juntos com o café que eu vou fazer. o café, eu mesma faço. rsrsrs

(tempos depois)

Eve diz: voltei
Celine diz: ja cuidou do maridão?
Eve diz: a pessoa acorda sempre com vontade de comer coisa doce. hoje, resolve que quer algo salgado
sério, assim nao dá
é por isso que os divórcios acontecem
Celine diz: kkkkkkkkkkkkkkkkk

Toda trabalhada na dedicação. É isso que dá.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Em casa

Cheguei ontem, às 23h. Saímos do Bodensee, visitamos ainda duas cidades da Baviera e andamos mais de 900 km para chegar em casa. Os últimos 350km embaixo de chuva. =P

Cumprimos 90% do nosso objetivo. Ou mais, sei lá. Ainda estou cansada da viagem e não estou raciocinando direito.

Gostei muito, aproveitei bastante e vou contar um pouquinho como foi nas próximas postagens. No momento, estou desfazendo malas, lavando roupas e colocando coisas no lugar. Já dei fim em mais de 500 emails e ainda faltam uns 50 que precisam ser respondidos. Pois é, ninguém manda ter tantos blogs e participar de tantos grupos de discussão. ;)

Vou dividir as postagens sobre a viagem em 4 partes: norte, centro, sul e "estrangeiro". Vou contar as coisas mais interessantes de cada viagem e as cidades em que passei. Foram muitas, acreditem. Tinha dia que passávamos em duas, parávamos, comíamos algo, visitávamos alguns lugares e entrávamos no carro novamente.

A parte mais legal, sem sombra de dúvidas, foi encontrar amigos, pessoas queridas que tornaram a viagem mais especial. Conhecer amigos de marido, ser aceita por eles, ter meu alemão elogiado, ver a alegria e satisfação no rosto dele por estar entre pessoas que ele gosta muito, encontrar brasileiras que conheci através do blog (ter blog é legal!), estreitar a amizade, falar de coisas em comum, conhecer seus cantinhos também foi muito especial.

Então, o ponto alto da viagem foi a Amizade. Não é uma cidade, não é uma região, mas tem uma paisagem maravilhosa. E é melhor ainda visitar o blog dessas pessoas e descobrir que elas pensam igual, pois, cada uma tocou no mesmo assunto à sua maneira.

Deixo aqui o meu abraço a elas!
Jackie, Sandra e Liza.

Com calma, vou visitar o blog de todos vocês, pois, não posso deixar de valorizar o que é virtual também. ;) Mas, deixem eu descansar, please.