Têm umas duas semanas que o povo está enrolando no trabalho porque não sabe se o que está fazendo será válido para o dia seguinte.
E essa semana um dos diretores anunciou a sua saída...
A empresa é uma S.A. apesar de pequena, tem muitos acionistas. A empresa nasceu de uma outra grande empresa americana (começa com 3 e termina com M, agora junta. rs) e, aparentemente, ela não estava satisfeita com o posicionamento estratégico da empresa.
Nesse meio tempo, entrou aquele consultor australiano que eu falei, lembram? Pois é. E virou braço direito do poderoso chefão (o presidente).
Fui perguntar a um colega se ele sabia o que estava acontecendo, aí ele me disse que o sócio não pediu pra sair, foi posto pra fora pela empresa americana (como maior acionista, tem esse poder). E que outras cabeças iam rolar. Porém, ninguém sabia nada concretamente.
Tremi nas bases, né? Tipo, oi? Quem é que é o ponto mais fraco da corrente? O estagíario. E fiquei pensando, pourã, agora que já estava até negociando contratação e tudo mais... sobrei. Vou ter que começar a pensar em outras coisas, em começar a procurar vagas, mandar currículos, tudo de novo. Deu uma desanimada. Passei o dia preocupada. Óbvio.
Aí, quinta-feira, fim do dia, sozinha na sala, entra o poderoso-chefão pra falar comigo.
- Quero conversar com você! ("Fudeu!", pensei cá com meus botões)
Eu juro pra vocês que eu esperava tudo, menos que ele tivesse a consideração de vir falar comigo, pra me dar satisfações, gente!!!
Resumindo, ele disse que só queria que eu soubesse que o que está acontecendo na empresa não tem nada a ver comigo, que cabeças vão rolar sim, mas que é só dos diretores. (Num reposicionamento estratégico, quem sai é quem tem o poder de mudar ou não a empresa, né?) E que ele precisa de pessoas que colaborem como EU e meus dois colegas. E que nada do que tínhamos combinado iria mudar.
Cara, véio, rapá! Me pegou de surpresa mesmo. Eu agradeci, disse que sim, estava pensando que minha cabeça rolaria e que achava a atitude dele muito gentil (Es war nett von ihm!).
Depois que eu cheguei em casa, ainda fiquei pensando que minha situação não é tão favorável assim. Que, dependendo da nova cara da empresa, meu perfil não se encaixe e na hora que acabar o contrato de estágio, negociar uma contratação vai ser mais difícil e todo aquele blá blá blá que pessoas quando estão inseguras pensam. Vida que segue.
Aí,
Posso contar que, apesar da insegurança ainda estar por perto (porque está perto de todo mundo na empresa mesmo), estou me sentindo um pouco nas nuvens?
As próximas semanas serão interessantes. Essa mais ainda, tirei folga. (depois eu conto)