sábado, 7 de janeiro de 2012

Vida de Alice?

Pelas bandas de cá, as das expatriadas, existe uma expressão corriqueira que algumas usam para identificar a primeira fase da pessoa recém chegada ao país: síndrome de Alice. Porque algumas chegam (a maioria, posso dizer) e se sentem no país das maravilhas, aonde tudo é perfeito.

Eu concordo. Em parte. No primeiro ano, é verdade que estamos deslumbradas com tudo o que tem de novo para conhecer. Até experiências ruins, como escorregar na neve, entram na categoria de "novas experiências". Afinal, muita gente nunca tinha escorregado na neve até então. Meu primeiro inverno, eu caí de bunda no chão. Foi no final de 2008, quando visitava a Alemanha pela segunda vez. Turista, rá!

Só que muitas (e acho que me encaixo nesse perfil) sabem que é só uma fase. Sabem que essa síndrome tende a acabar com as primeiras dificuldades da vida real. Já escrevi sobre isso aqui. E aí você se permite se deslumbrar, curtir as pequenas conquistas diárias, aprender coisas novas, das mais bestas, como comprar o ticket do metrô. E chega em casa toda feliz, parecendo criança que acabou de ganhar um doce.

É uma Alice consciente, que vai comer o bolo porque quer e não porque tem uma plaquinha "coma-me" escrita nele. Ou seguirá o coelho ou não seguirá. Ou ouvirá o gato ou o ignorará.

Quando a Simone e eu estávamos conversando sobre o layout do blog, eu tive a ideia de usar o gato da Alice sorrindo pra mim, de um lado o país das maravilhas (Alemanha), de outro, o Brasil. Claro, devaneios demais para pouco espaço...

Na ocasião, lembrei e pesquisei um trecho do livro (que já rolou em outros blogs/FBs recentemente) que diz tudo e mais um pouco sobre essa vida de expatriada:
"- Gatinho de Cheshire (...) Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para ir embora daqui?
- Isso depende muito de para onde quer ir -
respondeu o Gato.
- Para mim, acho que tanto faz... - disse a menina.
- Nesse caso, qualquer caminho serve - afirmou o Gato.
- ... contanto que eu chegue a algum lugar - completou Alice, para se explicar melhor.
- Ah, mas com certeza você vai chegar, desde que caminhe bastante.
- Mas eu não quero me meter com gente louca - ressaltou Alice.
- Mas isso é impossível - disse o Gato. - Porque todo mundo é meio louco por aqui. Eu sou. Você também é.
- Como pode saber se sou louca ou não? - disse a menina.
- Mas só pode ser - explicou o Gato. - Ou não teria vindo parar aqui.
Alice achou que isso não provava nada. No entanto, continuou:
- E como você sabe que é louco?
- Para começo de conversa - disse o Gato - um cachorro não é louco. Concorda?
- É, acho que sim - disse Alice.
- Pois bem... - continuou o Gato. - Você sabe que um cachorro rosna quando está bravo e abana o rabo quando está feliz. Mas eu faço o contrário: eu rosno quando estou feliz e abano o rabo quando estou bravo. Portanto, eu sou louco." (Lewis Carroll: Alice No País das Maravilhas)
A única diferença, é que eu sei aonde quero chegar. A similaridade é: não tenho a mínima ideia de que caminhos tomar. São tantos.

Portanto, eu sou louca.

30 comentários:

  1. Pois então eu também sou oras! Tô aqui nesse exato momento pensando em novas estratégias..

    Que Deus nos ilumine e que aconteça o que for de melhor.

    Um beijo!
    ;)

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  2. Eu já sou das (mais) antigas e já passei por essa fase há muitos anos...hoje em dia não me deslumbro com quase mais nada, muito pelo contrário.

    Por outro lado, tenho aprendido a curtir as pequenas alegrias do dia a dia. Porque a felicidade é feita de pequenos momentos.

    E quanto aos tais caminhos, que bom que você tem tantos! Eu, com o passar dos anos, percebo que tenho cada vez menos caminhos à minha disposição (tenho 46 anos, né?). Mas pelo menos alguns caminhos eu já percorri, e não foram poucos! Vivendo e aprendendo.

    beijos e bom fim-de-semana!

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  3. Eve minha lindona, post pra lah de bacana, o mais chato do mundo das Alices, sao as Alices aposentadas, que nao deixam as Alices novatas, descobrirem sozinhas sua experiencias e aprender com elas, eu sou Alice novata assumida, mas claro sei MUIIIIITO BEM O QUE QUERO.. Mas tb nao sei todos os caminhos, mas eh gostose errar, cai na neve, e no proximo inverno ja saber que se precisa de um brodd pro sapato, eu ouvia muito as alices aposentada, azedando minha vida, minhas descobertas, meus apredizados, HOJE eu faco como a Alice mesmo, dou uma de doida e sigo cantarolando, kkkk. Sem me preocupar muito com os outros. rsss

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  4. para um barco que desconhece o destino, todo vento lhe serah favoravel...

    você sabe onde quer chegar. E farah bom uso de cada brisa que surgir.

    "Nao sabendo que era impossivel, foi lah e FEZ".

    beijukkkka :D

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  5. divide com a gente : onde vc quer chegar???


    Tem sorteio la no meu blog. Vai la! Vai la! Vai La!

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  6. Wilqui, a-do-rei o seu comentário. Eu devia ter falado sobre isso. Mas, ó, vc complementou muito bem!

    Bjs!

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  7. Eve, é engraçado, eu nunca me sentí uma Alice aqui, eu não sei pq, nunca fui deslumbrada com nada aqui. Claro que existem coisas que eu gosto "purdimais", como por exemplo,a segurança, o trem, metrô chegando na hr certa, etc. Marido as vezes fica decepcionado justamente pq eu enxergo a realidade de muita coisa aqui e não acho que seja o PAÍS DAS MARAVILHAS. Bjo, Eve, felicidades na sua caminhada.

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  8. Seu post virou um post lá no meu blog...passa lá pra conferir!

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  9. Acho que esta "síndrome" depende muito da experiência, da história de vida que cada uma de nós teve antes de se mudar para o novo país. Tem gente que está vivendo, já há anos, no "país das maravilhas" e tem gente que "cai na real"logo nos primeiros meses. Agora que há um choque "cultural" entre as "cherifes locais"e as novatass que chegam ahhh isso há! No entanto, penso que é pura falta de maturidade e respeito. Pras que estão há anos, tenham em mente que o tempo passa e as coisas mudam, e tem muita novata chegando sim e com muita experiência de vida e são bem safas! rs Às novatas: tem muita cherife local, então escutem, o que prestar vcs aproveitem e o que não prestar, deixem pra lá, pq infelizmente, muitas vieram muito jovens e não conseguiram realizar muitas coisas. Aí vê um novata, chegando e arrasando de cara...é onde "a cherife local"se sente desafiada...rs...Mas people,tenhamos resppeito e tudo acaba bem! Pra finalizar: concordo com a Beth Blue....sábia!

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  10. Adorei os posts, pois só com ele "liguei" as coisas e descobri porque se referem às brasileiras (e não apenas) que moram fora como Alice. Sempre via "essa Alice que mora na Alemanha", essa que mora nos EUA... E juro que néao entendia!!! hahahaha

    Tb não acho que tenha vivenciado todos os sintômas dessa síndrome... Claro, antes de vir idealizava a Europa, mas assim que cheguei vi que eu tnha uma image completamente errônea. Tem coisas que adoro e fico trsite que o Brasil não tenha ainda aprendido com as civilizações mais antigas, mas em outros aspectos a Europa deixa muito a desejar... Talvez os tempos tenham mudado!
    Por exemplo, pobreza, gente catando lixo para comer, as "favelas" que se formam nas periferias da cidade... Até na Alemanhã vi isso, essas casinhas de menos de 5 m2 em madeirite ou papelão, ao longo das vias férreas, geralmente entre o aeroporto e o centro da cidade.
    Outro dia fui visitar uma cidade européia e fiquei surpresa com a quantidade de "tag" (pichação), mesmo em prédios históricos e bonitos. Uma amiga que mora lá há muitos anos disse que isso se intensificou há uns 2 ou 3 anos, que antes não tinha! E aí comentei com outra menina que mora lá, ela disse que nunca tinha reparado que tinha pichaçéao na sua cidade!
    resumo da história: muitas vezes ficamos tão maravilhados com determinados aspectos, que ficamos "cegos" e "nagamos" todos os outros que são negativos...

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  11. Eliana, eu acho que é mais ou menos por aí mesmo.
    No meu caso, posso dizer que "caí na real" quando comecei a procurar emprego. Uma amigona minha vivia me dizendo como era difícil e tal e eu ficava naquela de "ah, comigo vai ser diferente". Pq oi? Alice, né?
    Aí, depois que eu comecei a mandar CV foi que eu percebi que minha amiga tinha razao. ;)

    Milena, essa casinhas que vc viu aqui na Alemanha não sao "favelas", sao pequenos jardins, casas que alguns alemaes tem para veraneio. Por isso que as casas sao mais simples, o pessoal só aparece lá alguns dias do verão e para cuidar do jardim. Chamam-se Kleingarten. :)

    Bjs, meninas e obrigada pelas contribuições.

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  12. Eliana, obrigada pelo comentário no meu blog. E por concordar comigo, hehehe.

    No final das contas, estamos todas no mesmo barco mas cada uma tem a sua estória. E comparar estórias novas ou antigas definitivamente não é uma boa idéia (tenho aprendido isso diariamente).

    Quanto às "cherifes locais" (sim, elas existem), acredito que não se trata dos anos que uma pessoa vive fora e sim do tipo e da qualidade das experiências que ele teve. Tem gente que vive anos aqui e é poupada de muita coisa (desculpem aí mas tem gente que nasceu com o cu virado pra lua). Outras caem na real logo logo (como a Milena e a Eve).

    Alices unidas jamais serão vencidas! ;-)

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  13. Gente, eu busco blogs que tenham dicas e experiências de loucas ou não que se expatriam, na verdade os prefiro a determinados sites "informativos" ou oficiais que mascaram a coisa, vc's devem estar por dentro, não?

    Pois então, eu já fui Alice um dia, curti e tenho saudade dessa fase, mas depende de muita coisa. Os EUA nunca me deram a oportunidade até a presente data, por exemplo, de ser Alice se sou já comecei aposentada kkkkk, mas a gente tá nessa e vai levando, né!
    Depende de muita coisa, o certo é que faz crescer e seguro nos dá uma visão de mundo que sem essa experiência dificilmente teríamos.
    Eu sou otimista apesar de tudo e depois de criticar onde moro se alguém me pergunta pq estou aqui, oras!, a gente sai do pais de origem p q?, p q imigramos? Acho que ninguém quer ser imigrado, na verdade, não seriamos se seu país de origem desse condições para crescer, fora é claro as sortudas que se vão por amor, ninguém que abandonar sua cultura, suas raízes.
    E tem também a Alice retornada gente, é quando de longe ficamos idealizando voltar pra o país de origem, envolvidos pela saudade e quando voltamos não reconhecemos nada, é nosso país, mas não nos cabe mais, essa sim me preocupa.
    Me apeguei muito mais a parte sentimental da coisa , mas acho que também cabe na sindrome, né?

    Bem, feliz sonhos pra todas, boa levantada pras que já caíram, muitas estrelinhas nos olhos pra que estão chegando e bola pra frente, continuem pondo o máximo de informação e impressões, negativas ou positivas, todas são bem aceitas.
    Bj

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  14. Olá Eve... Quanto tempo.. Nossa adoro esse texto parte do texto, pois fala muito sobre nossas metas e onde queremos chegar.
    "- Para mim, acho que tanto faz... - disse a menina.
    - Nesse caso, qualquer caminho serve - afirmou o Gato."
    Acredito que temos o mesmo período por aqui, ou vc tem alguns meses a mais que eu na alemanha. Tenho aprendido que quando "estamos na casa do outro" o tempo nao corre de acordo com aquilo que agente tava acostumada na nossa terra. Mas tudo tem seu tempo... Que Deus te ilumine a achar o melhor caminho.Que nem sempre quer dizer o mais fácil. Bjs

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  15. Faz 3 anos que estou na Alemanha, e realmente no primeiro ano foi um deslumbramento total, afinal eram tantas coisas novas, contudo isso nao me fez esquecer que aqui tb tem problemas e que tenho que mudar o foco, além de aprender a cultura alheia sem esquecer a minha. Adorei seu texto. Bjs

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  16. Oi! Já lia o seu blog, mas nunca comentava. Achei o texto bem pertinente também. Nunca me deslumbrei, acho que como já citaram depende da experiência de de cada uma e como cresci e vivi em uma cidade muito grande via diariamente "do luxo ao lixo", então, sempre soube distinguir os dois mundos. Quanto as "Alices aposentadas", por aqui já me disseram que algumas "antigas" diziam para as "novatas" que mesmo com diploma elas deveriam procurar emprego na faxina(como se esse trabalho fosse desmoralizar alguém)pois era só isso mesmo que conseguiriam, que o que você estudou no Brasil aqui não vale nada(como assim????) Maldade e inveja porque essas nunca se permitiram tentar outros caminhos.

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  17. Eu adorei o post... mas eu odeio esse termo "Alice".

    Muita gente me chama de "Alice" só pelo simples fato de eu estar bem.

    Parace que para nao ser "Alices" temos que ser recalcadas, mal amadas, infelizes.

    Nao entenda como critica ao seu post, longe disso! Mas volta e meia sou chamada de Alice e isso me tiraaaa do sério..

    Um abraco

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  18. Oi Sandra, seja bem vinda ao blog (como comentarista, rsrs). Mas, devo dizer que existem casos e casos, tem gente, que mesmo com diploma, precisa recomeçar mesmo, ou pq nao tem o diploma reconhecido ou pq o processo para o reconhecimento é longo e enfadonho. Muitas partem para outras profissoes. Aí sim, a meu ver, entra a questao dos outros caminhos... e temos sempre que tentar. ;)

    Cinderela, Alice é um rótulo. E rótulos nao sao legais. Entendi seu ponto de vista a partir daí. ;) Depende muito de quem diz tb, né? Da entonação ou maldade presente na fala.
    Eu, particularmente, nao vejo muito problema no termo, pq assumo como uma fase que um dia vai acabar. pronto.

    Bjs!!!

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  19. Eve, eu acho que tive essa fase no primeiro mês. Como logo que eu cheguei na Dinamarca eu tive um choque muito grande com experiencias ruins, inclusive tendo tudo roubado foi muito dificil. Eu juro que imaginava a Europa bem diferente do que é. Lógico que algumas coisas eu fico pensando: porque não pensamos ou usamos isso no Brasil, mas outras eu penso: esse povo com tanto acesso a educação, sem tantos problemas com pobreza, porque? porque? porque? O que me irrita um pouco em algumas "alices" é comer o pão que o diabo amassou por essas bandas, mas acharem que tá tudo bem porque o importante é estar nas Zoropa, juro que não entendo. Eu até entendo o pessoal que está aqui a mais tempo do que eu que me alertava sobre muitas coisas, mas olha, nada como ter a sua própria experiencia e opiniões sobre a vida fora da terrinha.

    Beijao

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  20. meu tempo de alice durou 3 meses e entao veio a dura realidade ;) haha

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  21. Evinha! Que bom que entendeste. O que me irrita é que se falo bem do marido = Alice; Se falo que gostei da algo na Alemanha = Alice; Se você fala o quanto esta feliz por algo ter acontecido = Alice.

    Eu já respondo até atravessado. Digo que Alice é a Mãe. Ninguém sabe dos "perrengues" que já passamos e como era a nossa vida antes de chegar aqui!

    Nao condeno o tal do deslumbramento. Acho que faz parte e acho que é preciso. Assim como qdo temos um novo namorado, faz parte!

    Seu post rendeu, né!?

    bjobjo

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  22. SEm dúvidas toda expatriada passou por essa fase, acho que é até gostoso esse deslumbramento temporário. Eu lembro bem como foi essa época da minha vida lá na Dinamarca, tudo era tão perfeito que as vezes eu achava que estava até num sonho!

    Já não é um grande e bom comeco que vc saiba onde quer chegar??? As vezes eu nem isso sei bem.

    Bj

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  23. Esse deslumbramento também se deve ao fato de tudo ser novo, e o desconhecido dá muita margem para uma intrepretacao ilusória. Entretanto, após um choque de realidade a coisa passa e tudo entra no ritmo (ou deveria entrar). O primeiro ano, é tanta coisa para fazer que nem dá muito tempo de perceber o lado ruim da coisa. Ir para curso de alemao, depois estuda em casa, afazeres do dia-a-dia, aprender a conviver a dois, quando se para para pensar o ano já voou. Cinderela, bom humor e positivismo incomodam a quem nao tem. Bjs

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  24. Lindo post! Blog gostoso de ler... a gente nem se dá conta que leu e leu e leu... Flui! Volto mais!

    Beijos

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  25. Olá Eve tudo bem???


    Ok eu não mudei de país, só de estado e isso já fez uma grande diferença na minha vida... Mas posso dizer que não sofri da "Síndrome de Alice", muito pelo contrário no 1º ano que passei em Curitiba eu ODIAVA TUDO...


    Beijinhos.

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  26. "...sei aonde quero chegar" "...não tenho a mínima idéia de que caminhos tomar".
    Vou te escrever, tô precisando de colo

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  27. Aproveite que você tem muitas escolhas. Há pessoas que simplesmente não possuem nenhuma. Bj

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  28. Eve, eu falei de umas casinhas em que até vi os moradores (ao menos penso que sim) que eram fisicamente o que aqui na França se chama os ciganos da romênia...

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  29. Pois esses 'Kleingarten' geralmente são bem ajeitadinhas, pelo que eu percebi geralmente são madeiras "compradas"... mas falo de outras em que cada pedaço de madeira é de uma cor diferente, pedaço de cartaz, até com os letreiros pela metade... Não sei se expliquei bem... Talvez não seja "favela", mas para mim, o nivem de sujeira e precariedade me pareceu...

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  30. Milena, ahhhhh, entendi. Eu nunca vi ou nuna prestei atençao... E, nao pelo conceito de favela brasileiro, mas pelo conceito "alemao", aqui tem também. Sao os chamados "bairros de foco social".

    Em alguns pontos de Berlin tb se vê mendigos. Muitos até.

    Bjs!

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