O nome do meu blog já diz qual é o propósito da minha vida na Alemanha: rir de mim mesma.
Vivendo com um alemão há quase sete anos (tudo isso?), conversando, pesquisando, observando, sei que a vida aqui não são só flores. Existe a adaptação, o fato de ser estrangeiro até quem nasce aqui, a nova carreira profissional, os impasses quase eternos com a língua, entre outras coisas.
Minha sorte é que marido também já foi estrangeiro no meu país. Morou 15 anos no Brasil. E ele me mostra coisas que não consigo ver, me diz pra ter paciência, confessa que o segundo ano é o pior, pois você já sabe a língua, já passou a empolgação da novidade e tem que por a cara pra bater.
Por isso, eu quero rir disso tudo. Quero falar dos micos com a língua, quero admitir que faço besteiras. Quero saber que aquilo que me afligiu dias atrás, agora é motivo de risada. Quero levar a vida com mais leveza.
Mas, ó, não era nada disso que eu queria falar. Eu queria falar mesmo é da minha enteada. Eu tenho dois, a menina tem 15 anos e o menino tem 13 e estão aqui desde o dia 31/05 e ficam até o dia 21/07. Moram no Brasil com a mãe.
Minha enteada já cresceu, amadureceu nos últimos dois anos, pois as circunstâncias pediram. Ela é deficiente. Há um ano e meio atrás fez algumas cirurgias que prometiam que ela voltasse a andar. Com muita fisioterapia e força de vontade, ela já dá os primeiros passos de muleta. Eles vieram pra cá não só para férias, mas para que ela tirasse os pinos de suas pernas. O médico só pode tirar os de uma.
Ontem, na troca dos curativos, ela percebeu que o corte já estava plenamente cicatrizado e solta as pérolas:
"Eu estou parecendo uma boneca de pano."
"Por quê?"
"Olha só! Estou cheia de linha de costura."
Algumas risadas descontroladas depois, ela, de novo:
"E agora estou parecendo uma parede."
"Parede?"
"É. Estou toda descascada."
E rindo assim, ela vai enfrentando seus obstáculos e conseguindo vencê-los.
Pronto. Parei com isso. Esse blog está ficando com cara de sério e eu quero é rir!!!
é, rir de nós mesmos torna as coisas mais leves.
ResponderExcluirBeijo
O bom é que um dia tudo vira caso! A gente tem mais é que rir bastante, né?
ResponderExcluirFalando nisso, vi isso aqui e me lembrei de você... Já conhece?
bjk
Mônica
Ah, voces duas devem ter lido Pollyanna tambem, nao? rrs
ResponderExcluirEstao certissimas! Orgulho de voces!
Guria morri de rir com o teu comentário sobre a tua mãe no blog da Luciana! Que ela nao vê e-mail e no telefone não te escuta, HUAHAUHAUAHAUAH, putz, trágico mas hiper cômico!
ResponderExcluirBah guria, que barra pra essa enteada! Ela mora aqui no BR e foi passar férias pra ver o pai?
Mas tu tá certa, o blog é uma maneira de tu nao ficar bitolada e ver que certas situações tu pode dar risada (até rimou)!!!
bjos
Eu temo que terei que concordar com seu esposo. O 2o. ano é realmente o mais difícil, pq a ficha vai caindo, vc confirma certas coisas que vc sabia que já não gostava e vc vai mudando um pouco tb.
ResponderExcluirQue bom encarar com leveza essas situações da vida. Sem uma boa risada a vida seria too gloomy...
Incentivador!!! E a gente reclamando, né? Enquanto uma garota dessas tão nova já nos dá licões de vida!
ResponderExcluirBjs
é o meu lema, né?!
ResponderExcluirtem que rir das próprias misérias! (pra sobreviver e se divertir um pouquinho)
beijos,
minha "enteada" - caso eu fosse casada..rs - tem 13 anos!
uma graça. Loirinha, olhos azuis, branca feito papel. Qualquer dia boto ela na churrasqueira :P
Que lindo dela! Rindo e aprendendo!
ResponderExcluirUm beijo,
Sandra