sábado, 20 de fevereiro de 2010

Família é um troço esquisito - III

Meu pai perguntou a Paulo quando ele voltaria ao Brasil para morar.

Essas perguntas nos deixavam constrangidos, pois nem sabíamos se daria certo ou não, como saber quando voltar?

Para responder alguma coisa, marido respondeu que poderia ser quando ele se aposentasse. Tempos depois, meu pai me pergunta quando Paulo se aposentaria e eu respondi que, provavelmente com 65 anos. Aí ele fez as contas.
- É, 12 anos é muito tempo...

Se as perguntas nos deixavam constrangidos, essas anulações machistas me deixavam revoltada (creiam, não aconteceu uma vez só).

Como assim, nesse processo só importa o que meu marido quer? Por acaso, se daqui a 12 anos ele quiser voltar, não importa o que eu penso ou sinto? Como assim, ninguém (eu disse: ninguém) me perguntou se eu estava feliz e só se preocupavam com o fato de “Paulo está te levando embora.”

Eu vim porque eu quis. Fui eu que chamei Paulo pra vir pra Alemanha. Fui eu que escolhi estar aqui. Se Paulo desconfiasse que eu não me daria bem por aqui, seria ele a escolher permanecer no Brasil por minha causa. Porque ele não é machista e me pergunta sempre: “Você está feliz?”

Estou!

2 comentários:

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