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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Não sumi, só estava por aí! - Parte 02

Então que saindo da Polônia, fomos para a Eslováquia, direto para a capital, com uma parada estratégica no meio do caminho porque ninguém é de ferro. :)

O ponto alto da viagem, acreditem, não foi Bratislava, foi a paisagem na estrada. Montanhas, montanhas e mais montanhas. Coisa mais linda!
Bratislava em si é fofinha, ficamos apenas uma noite e as fotos à noite não ficaram lá essas coisas. Mas, valeu pela visita.
Pernoitamos lá e no dia seguinte seguimos viagem para Viena, que fica a apenas 60km de lá.

E aí meu queixo caiu! Quando eu não pensava que a viagem ia melhorar, chegamos numa cidade que causa dor no pescoço. Não tinha para onde olhar e achar feio. Não tinha um cantinho que não fóssemos surpreendidos. Ficamos dois dias. E voltamos para casa boquiabertos.


A volta foi pela Rep. Tcheca. Paramos na segunda maior cidade do país, chamada Brno, e depois seguimos viagem. Cidade linda, mas me recusei a tirar fotos. hahahaha Nada mais superava Viena.

Chegamos em Berlin "morridos" e precisamos de dois dias para nos recuperaramos das aventuras. Mas, foi bom demais da conta!

domingo, 27 de julho de 2014

Não sumi, só estava por aí! - Parte 01

Passei as últimas duas semanas viajando, de férias. Sabe como é, marido professor, tem que aproveitar as férias escolares...

Fomos assistir à final da Copa na cidade aonde a minha cunhada mora, com o resto da família alemã. Ficamos lá 3 dias. Não vou dizer que foi aquela animação digna de uma família brasileira e baiana como a minha, mas foi legal. hehehehe

Depois voltamos para casa, arrumamos as malas e colocamos os pés na estrada. E, olha, foi mara!

Em um pouco mais de uma semana, passamos por 4 países. De novo, escolhemos o leste europeu. Por dois motivos: sou fascinada por esse lado não muito "mainstream" e é mais barato. Eu ainda não estou ganhando rios de dinheiro, então, temos que economizar nas gotinhas. :)

Primeira parada foi Varsóvia. Gente, que cidade gostosa de se ficar. Parte antiga linda, parte moderna muito arrumada, limpa e os poloneses também são uns fofos. Mulher bonita para carambra, chiques, finas, magras, jovens e ahh, lindas. Fiquei apaixonada. Pela cidade, tá?

Ficamos lá 3 noites. Depois seguimos viagem para Cracóvia, também na Polônia, aonde ficamos 2 dias. Quem já esteve em Praga, vai gostar muito dessa cidade. Tem quase os mesmos elementos. Mas, o castelo de Praga é muito mais bonito. :)
Aproveitamos que estávamos lá e visitamos Auschwitz, um dos campos de extermínio usado pelos nazista na segunda guerra mundial. Não aguentei ver tudo. Entrei no museu, quando vi os pertences das vítimas, suas história, arriei e saí...
Em outro texto conto mais sobre o resto da viagem, se não fica muita informação de uma vez só. Mas, eu recomendo muuuitttoooo visitar essas cidades. São lindas e, assim como Berlin, têm muita história. Vale à pena!

domingo, 8 de dezembro de 2013

Debaixo d'água

Não, não é sobre a tempestade que vou falar. Vou falar de um mico que passei e que tive a memória refrescada por conta das chuvas mesmo. rsrs

Lembram que fui para a festa de um amigo de marido? Então. A cidade aonde foi a festa era perto de Hamburgo. Passamos por lá e almoçamos com as lindas Mel e Bruna. Oi fofíssimas! :)

Na volta, resolvemos novamente passar pela cidade, marido queria poque queria me mostrar o porto e passar por um bendito túnel. E eu:
- Mas, marido, o que tem de especial nesse túnel.
Ele:
- Tem 5km.
Eu:
- E daí?
Ele:
- Amor, tem 5 km de extensão e o túnel é debaixo do Rio Elba.
Eu:
- What? Você vai me fazer passar por debaixo d'água durante 5km?

Tarde demais. Lá estávamos nós no bendito túnel. Foi me dando uma claustrofobia, eu já estava quase hiperventilando.

- Eu não acredito que eu estou embaixo de um rio. Ai, meu Deus, e se essa p$§%&! desaba e a gente está aqui embaixo? Não vai acabar, não? Me tira daqui!!

E marido que é muito sádico, só pode, se acabava de rir do meu "xilique". Quando, enfim, saímos, eu não sabia se ria de alivio, se pulava no pescoço de marido ou se achava a experiência uma coisa maravilhosa.

Condenem-me. Eu sou matuta mesmo. Hunf!

P.S. Eu pesquisei e sei que o túnel tem, na verdade, pouco mais 3km. Mas, ó, não muda nada. Na-da!
P.S. do P.S.: Vocês já sabem: nada de Eurotúnel pra mim.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Eu amo Berlin!

Eu amo Berlin, mas não porque é a capital da Alemanha, ou mesmo, uma cidade europeia. Eu amo Berlin, porque É Berlin. Deu pra entender?

Há uma única razão: tem tudo para todos os gostos.

Agora eu entendo os paulistas quando, aqui na Alemanha, dizem que sentem falta de São Paulo. Eu pergunto porque e eles respondem sem pensar: "ah, porque lá tem tudo."

Eu conheço São Paulo, mas não o seu "tudo". Mas, eu conheço o tudo de Berlin agora. Quer dizer, quase, né? Pra eu conhecer a cidade toda, ainda preciso de uns bons anos por aqui.

Os primeiros dois anos foi para adaptação, "aclimatização" (tá certo isso, Arnaldo?). Mais de dois anos se passaram e eu acho que estou na fase da descoberta. Já não me deslumbro, porém continuo fascinada com as fascetas facetas (hihihihi) dessa cidade. Deixo pra trás o lado recém-chegada e vivo o lado moradora, aquela que sai pra viver a cidade, seja pra sair pra trabalhar, pra fazer compras ou encontrar amigos. Cada pedaço novo que encontro, uma descoberta gratificante.

Ela é linda e feia. É grande e provinciana. É rock e punk. É tecno e brega. É arte e rebeldia. É pobre e rica. É alemã e estrangeira. É europeia e asiática. É luxo e simplicidade. É barulho e tranquilidade. É tudo e nada.

Eu amo Berlin, porque ela tem tudo pra oferecer. Até praia. Se você fechar os olhos, pisar na areia e não cobrar que a água seja salgada, é praia. :)

São mais de 150 eventos por final de semana para todos os gostos. São 160 museus. Mais de 2,5 mil parques e áreas verdes pro povo tomar sol, fazer churrasco e/ou ficar pelado. 3,5 milhões de habitantes e não tem muvuca. Cada bairro, um estilo, uma história. Monumentos, memoriais, história, muita história.

E o povo? Bom, o povo também é peculiar. Bem peculiar. É um povo direto, sem rodeios, que vive sua vida do jeito que bem lhe entende, sem se preocupar se está na fila do supermercado de pijama ou se vai trabalhar com um moicano verde. E não está nem aí se você não gostou.

Berlin é isso. É a cidade das experiências, das tendências, dos alternativos, dos desempregados, dos estrangeiros, das universidades, das empresas de internet. É o lugar que escolhi pra viver.

Berlin também é a cidade do muro, da guerra, da reconstrução. Se há uma cidade com marcas, é essa aqui. Por isso, por essas marcas, ela é tão interessante.

Tem alguma coisa que eu não goste em Berlin? Claro. Você gosta de tudo na pessoa que você que ama?

domingo, 29 de julho de 2012

Por onde andei

Passamos dois dias na cidade de Breslau (Wroclaw, em polonês) na Polônia. Antes da segunda guerra, era território alemão e sua arquitetura antiga ainda pode ser reconhecida por lá. A cidade é grande, com mais de 650 mil habitantes - para o padrão alemão, claro.

Mas, o que me impressionou mesmo, foi a quantidade de shoppings que vimos. Sério. Tinha um a cada dois blocos. Tudo bem que ficamos só no centro da cidade, que é o antigo também, mas, mesmo assim, nunca vi um lugar pra ter tanto shopping e galerias.

Aqui em Berlin tem shopping, mas um ou dois, sei lá, em cada bairro. E nenhum chega a ser um "iguatemi" da vida. Lá, pareciam estar todos concentrados no mesmo lugar. Além das lojas de rua, como aqui também tem de monte. :)

O que eu gostei mesmo foi a rua/praça Rynek, um quarteirão aonde se concentram bares e restaurantes na cidade antiga, assim como a prefeitura. Muito agradável, com direito a guichos de água na rua por causa do calor (34 graus), comida gostosa e mulheres lindas. Gente, o que tem na água da Polônia?
Andar pelas ruas e não entender nadica de nada do que se está escrito nas placas e sinalizações: Déjà vu. Rá!

Recomendo muito a cidade! :)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Praga!

Desde que eu cheguei na Alemanha, tenho vontade de conhecer outras cidades européias. Uma delas sempre foi Praga, porque conhecia a fama de ser muito bonita, como Viena e Budapeste também têm e, por isso, estão na minha lista.

Achamos uma promoção de trem e pensamos que essa era a nossa hora. Afinal, a gente não viaja mais porque não tem muito $$ à disposição. Deixa eu passar a ganhar um salário decente, pelo menos, né?

Chegamos em Praga na quinta, por volta de meio dia, fomos ao hotel, que fica perto do centro antigo, deixamos as malas e fomos passear. Eu fiquei encantada. A cidade é antiga e como não foi muito antigida pela segunda guerra, os prédios ainda são as construções originais. Tudo lindo.
Muita gente. Muita gente. Muita gente. Gente. Muita. Sério. Tinha coisas que a gente queria fazer e desistia pela quantidade de gente que já estava no lugar. Mas, isso não foi motivo para eu deixar de aproveitar a viagem.
Eu disse que era gente...
À noite, Praga é ainda mais bonita. Uma coisa de outro mundo com os prédios iluminados. Também comi e bebi bastante. Pessoa que não aguenta beber dizendo que bebeu bastante. Aham... Mas, né, como poderia não beber com as melhores cervejas da europa à disposição por 1 euro o meio litro? Eu escrevi MEIO LITRO.

O tempo também estava maravilhoso. Fez sol todos os dias, exceto no domingo que foi chuvoso. Como foi o dia do nosso retorno, não teve problemas. ;)

Só não queiram que eu diga o nome dos lugares aonde estive, ok? Se já tenho problema com o alemão que ouço todo dia, imagina aí com o tcheco? Ai, ai...

Duas coisas me chamaram a atenção na cidade, além de todo o resto: a quantidade de livrarias e concertos clássicos nas igrejas que aconteciam todos os dias, o que demonstra uma cultura e arte vibrante na cidade; e os mendigos. Pois é. Alemanha está me deixando mal acostumada. Só que não foi só por vê-los que chamou a minha atenção, foi a postura de humilhação que eles faziam para pedir a esmola. Foi de partir meu coração brasileiro...Como se nada mais valesse, como se não houvesse mais dignidade. Triste.

Ai meu coração...
Mudando de assunto: micos da viagem: eu queria falar Tcheca e só falava Polônia (não, nada a ver com posição geográfica, pois sei aonde ficam as duas. Era bobeira mesmo. rs), eu queria falar Thank you, e só falava Danke. A pessoa chega com fome e sono da viagem e a primeira coisa que faz, ao invés de descansar é tomar meio litro de cerveja de barriga vazia. Ok, antes da cerveja terminar a comida já tinha chegado, mas né, custava esperar um pouquinho?? Não né? Bêbada no primeiro dia. Rá!

Eu vou voltar numa época que não tenha tanta gente. E próximo destino será Budapeste! Ou não, quem sabe... rsrs

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

FAQ - 16. Porque eu gosto de Berlin?

Berlin é uma cidade de 3,5 milhões de habitantes. Esse número pode assustar quem cresceu numa cidade de 20 mil, morou em uma média e sai de repente pra cá. Já falei disso aqui.

Mas, ao contrário do que parece, Berlin não é uma verdadeira metrópole. Como cidade-estado (pensem no DF), seus bairros são pequenos distritos, cada um com sua prefeitura e administração descentralizada. Cada um tem seu comércio, seu centro. Não há caos de cidade grande.

Como a cidade não é rica como Hamburg ou München, as pessoas são mais simples e despreocupadas. Você pode sair de pijama e ninguém irá notar. Ok, irão notar. Mas, não irão perder tempo olhando com criticidade.

A cidade é bonita. Tem beleza para todos os gostos. Tem natureza, cultura, arte, história... Você está andando por uma rua e descobre um monumento. Está no metrô e entra um músico que te faz sorrir.

Por ter muitos estrangeiros, existe tolerância (tolerância é diferente de aceitação, hein!). Se eu falo alemão errado, não vão me olhar de cara feia. Vão rir, às vezes me corrigir e, principalmente, vão entender.

Eu adoro descobrir coisas em Berlin. Espero continuar nesse ritmo por muito tempo ainda.
Neve? Que neve? Vou fingir que nem vi!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Adaptação

Existem várias formas de se adaptar. Vários tempos. Várias perspectivas. Vários anseios e dúvidas. Existem adaptações e adaptações. Existem aqueles que se adaptam à Alemanha, mas continuam querendo voltar ao Brasil. Existem aqueles que não conseguem se adaptar, mas continuam tentando. Existem aqueles que se adaptam e só voltam ao Brasil de férias. Existem pessoas.

Tudo isso por conta de uma conversa que eu tive com a minha cunhada (esposa de meu irmão). Ela perguntou como estava minha adaptação, se eu já conhecia tudo na cidade, se já andava sozinha, essas coisas.

Aí eu respondi que primeiro eu tive que me adaptar ao fato de estar morando numa cidade grande, para depois entrar no fator "estar morando na Alemanha". Antes de me adaptar à língua, clima, cultura, tive que aprender a andar de metrô, a me acostumar com distâncias, a olhar horário de transportes, de pesquisar melhores rotas no mapa de trânsito da cidade (ok, os dois últimos pontos só são possíveis aqui mesmo. hehehe). Primeiro, eu tive que me acostumar a estar numa capital, depois em Berlin. Tinha que olhar as vitrines das lojas em tempo de liquidação (porque eu cheguei no fim de janeiro) e me conter para não surtar com todas as 9876124538 opções de como eu poderia gastar o dinheiro que eu nem tinha.

Eu ficava tonta olhando tudo ao redor. Vocês vão pensar que eu sou "analfabeta de pai e mãe", mas eu era só matuta, jeca tatu mesmo. Tááááááááá! Eu sei que isso é exagero, que eu não era tão assim, mas, pô, no nordeste não tem tinha metrô, passei grande parte da vida numa cidade de 20 mil habitantes, morei em uma com 600 mil e em Recife, conheço outras capitais como SP, RJ, POA. Mas, né? Não morei em nenhuma delas. É diferente. Deem um desconto. Amém!

E agora eu sou bicho da cidade grande. Cidade de 3,5 milhões de habitantes. Mas, sem engarrafamento, violência exagerada, e outras coisas mais. Ou seja, sou bicho de cidade grande que ficou só com as vantagens. As desvantagens aqui são outras. E com essas também estou aprendendo a lidar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Cidade, povoado ou lugar?

Como falei, na última viagem, ficamos hospedados em um povoado com 1800 habitantes.

Marido é falador, simpático e adora fazer contato. Totalmente o contrário de mim, vocês vão pensar. ;)

E a pausa para o cigarro (ninguém é perfeito e o meu é fumante) é sempre uma boa oportunidade para puxar papo, já que aqui, o pessoal tem que sair do bar/restaurante pra fumar quando não tem sala própria para fumante. Numa dessas, no restaurante do hotel em que ficamos, marido puxou assunto com uma moradora e ele fez um comentário que chamou atenção da senhora.

- Essa cidade (Stadt) é muito bonita.
- Cidade não.
- Sim, esse povoado (Dorf). Desculpe, é que vim do Brasil e estou acostumado a chamar tudo de cidade.
Aí a mulher fecha a cara pra ele e diz num tom ríspido que só alemão sabe fazer e ainda consegue sorrir no final da frase:
- Povoado também não, é muito negativo. Diga lugar (Ort).
- Ah sim, ok, lugar (Ort).

E a cara, meu povo, enfia aonde?

Fora que, quando entramos, todo mundo já sabia que eu era brasileira e os olhares já eram diferentes. Assunto pra outro post.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Harz

Enfim, cheguei.
Viajamos no sábado para uma região montanhosa chamada Harz, a 300km de Berlin. É uma região conhecida pela visita das bruxas no passado. Pois é. Existe uma montanha chamada Brocken famosa pelas reuniões de bruxas que aconteciam lá. Aí depois elas começaram a ser queimadas em fogueiras... Se é verdade, eu não sei. Só sei que a região é cheia de referências sobre as bruxas e bonequinhas são vendidas como souvenirs.

Marido costumava passar as férias de infância lá. Conta aí muitos anos, viu? Ficamos na mesma vila em que ele costumava ficar, chamada de Lautenthal, pertence à cidade de Langelsheim e possui, atualmente, 1800 habitantes.

Chegamos à tarde e já fomos fazer uma caminhada pelo bosque. No domingo, caminhada novamente. Segunda, mais caminhada... Coisa pouca, 4km por dia, porque eu não sou nenhuma atleta. Eu adorei o lugar, a região é muito bonita, com o cenário montanhoso e seus lagos.

O resultado, vocês podem ver nas fotos que irei colocar. Como recebi muitas visitas novas e muitos me pediram fotos, vou caprichar dessa vez. Aliás, preciso agradecer as visitas e os comentários. Quando eu regularizar as minhas leituras e meus afazeres por aqui, visito TODOS, viu?

Demos muita sorte com o tempo. Sol e céu azul todos os dias, apesar de amanhecer com ZERO GRAU e passarmos os dias com uma média de 10. (O.o) O carro amanheceu congelado duas vezes.

Recomendo muito a região.
Por ser uma região montanhosa, até a década de 70 havia muitas minas de minérios (prata, zinco, cobre...) e, por isso, também, há muitas represas e lagos necessários para o processo de mineração. Sim, mina de minério. Redundância necessária, afinal, poderia ser de sal, de carvão... hehehehe

E a comida? Não sei se porque os mineiros precisam de muita comida e isso virou cultura da região ou se eles, simplesmente, gostam de comer muito mesmo, pois os pratos eram enormes, com muita coisa. Acho que um só daria para nós dois e mais uma pessoa. Nem preciso dizer que voltei com dor na consciência por ter comido tanto.
Goslar foi uma das cidades que visitamos. Nesse final de semana, estava acontecendo uma feira de artesanato medieval, fiz um vídeo, mas não consegui adicionar.

O outono nas cidades estava assim:
E nas florestas, assim:
Vista das montanhas:
E o castelo de Wernigerode:
Ufa! Chega, né?

E, por favor, não me perguntem como estão as minhas pernas!

domingo, 5 de setembro de 2010

Leipzig

Ontem fomos conhecer Leipzig, cidade a cerca de 200 km de Berlin, em Sachsen. A cidade tem 525 mil habintantes e muita história.
Foi lá que Bach regeu um coral.
Foi lá que a resistência à época da DDR deu início, na Thomas Kirche.

E foi lá que aconteceu a maior batalha do século 19 na Europa, com direito a um monumento de 91 metros em sua homenagem. O maior da Europa, e arrisco, o mais bonito.

O mumento se chama Völkerschlachtdenkmal (Monumento à Batalha dos Povos), sua construção foi concluída em 1913, no centenário da batalha, que ocorreu entre os dias 16 e 19 de outubro de 1813, envolveu 500 mil soldados, numa luta corpo a corpo, matou 110 mil e outras dezenas de milhares depois, nos hospitais.

A Batalha ocorreu porque a Suécia, Prússia (Alemanha ainda não era Alemanha na época), Rússia e Áustria se juntaram para lutar contra o avanço das tropas de Napoleão. E os povos venceram, mandando Napoleão de volta à França.

Mas, o monumento é mais que isso. Chamou a minha atenção pelo que ele significa. No topo e dentro, existem 16 guerreiros de cabeça baixa, representando a tristeza e o respeito pelas perdas na guerra, 8 máscaras funerárias, representando a dor da morte ou "o morrer" e 4 estátuas, representando as virtudes dos povos.

Tapferkeit: Bravura.
Glaubenstärken: A força da crença
Völkeskraft: O poder do povo
Opferbereit: Disposição ao sacrifício.

É claro que tanto os nazistas quanto os russos (DDR) usaram muito o significado do monumento para promoção política. Pensem apenas nos povos. Só neles, como uma coisa só.

Recomendo muito a visita.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Potsdam ou Berlin?

Quando marido chegou na Alemanha, em janeiro, ele se registrou no endereço do irmão para poder receber as correspondências, ter um endereço para contratos, compras etc. O irmão mora em Potsdam, cidade a 25km de Berlin.

No mês seguinte, já tínhamos um apartamento em Berlin e mudamos o endereço para lá. Semanas depois, marido recebe uma correspondência da prefeitura de Potsdam querendo saber o motivo da mudança dele da cidade.

Entre outras perguntas, eles queriam saber o que a cidade não ofereceu para ele, o que ele não gostou e apresentaram algumas vantagens de se morar em Potsdam. Também tinha um questionário grande para ele responder, como uma pesquisa de qualidade, relacionamento com "clientes".

Na época, eu achei uma forma tão interessante da cidade entrar em contato com seus cidadãos, de tentar entender as migrações. Mas, mais ainda, querer saber o que a CIDADE não ofereceu para este cidadão em específico.

Eu nunca vi uma pesquisa de satisfação dessas. No máximo, um censo que acontece de 10 em 10 anos, onde você é só um número e mais nada.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Sul - Parte Final

Então, saímos em direção ao sul, passando pela Floresta Negra. Optamos sempre por Landstrasse (as secundárias) para poder passar pelas melhores paisagens e a viagem ser mais gostosa.

Até o sul não foi diferente. Só que marido escolhia as estradas que nos levavam sempre mais para o alto, para o alto, para o alto... Junto, vinham as curvas, tortuosas, fechadas, uma seguida da outra. E eu lá, chacoalhando parecendo um pacote. Cabeça girando e rezando para não vir nenhum carro enlouquecido na direção contrária. ;)
Iríamos passar na casa da Liza para um café, mas, como decidimos ir ali na França, em Strasburg antes, ficou tarde para passar lá. Ela mora no meio da Floresta, a chapeuzinho vermelho sem lobo mau. Como íriamos nos encontrar num brunch no Bodensee, pedi desculpas e segui viagem até lá.

Chegamos no Bodensee à noite, em Radolfzell. Sandra tinha reservado pra gente um camping muito legal e já fomos armar a barraca. No dia seguinte, sábado, fizemos um passeio de barco pelo lago e descemos em Meersburg, com direito a castelo, passeio na beira do lago e comida gostosa. Valeu.
Nos encontramos com a Sandra à tarde, ela e o marido nos levaram para um restaurante espanhol e ficamos conversando bastante.

No domingo, participamos do brunch no camping com a família de Sandra, Liza, amigos de Sandra, amigos da Liza e uma brasileira, a Maria (Oi!) que conheci lá. Foi um dia tão gostoso, tão divertido. Tão tão que ficou na parte das lembranças gostosas.

Até o Miguel, filho da Liza, resolveu que era o dia de perder o medo de areia e se esbaldou. rs
A noite de domingo foi muito chuvosa e como já tínhamos decidido ir embora na segunda, foi só um bota-fora pra gente. Mas, a barraca resistiu. Voltamos por Autobahn eainda passamos por mais duas cidades Augsburg (acho que é assim) e Regensburg que merecem uma visita mais calma depois.

Aí eu cheguei e comecei a escrever minhas aventuras para vocês. Gostaram?

Agora, volto à minha programação normal. Apesar de continuar de férias até o dia 30/08. =P

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

"Estrangeiro" - Luxemburgo em 3 partes

Fomos para Luxemburgo aproveitando a viagem a Trier, perto de lá 60km.

Parte 01:
Só que nós cometemos um pequeno erro: deixamos de almoçar em Trier para almoçar por lá. Chegamos às 15h, eu já estava roxa de fome. Eu não sei vocês, mas quando estou com muita fome, fico mau-humorada, tonta e com dor de cabeça.

Daí que a gente resolve procurar um restaurante "barato" para comer. Mas, esquecemos que nós estávamos em Luxemburgo e não na Alemanha.

Para começar todos os restaurantes da praça onde estávamos tinham os cardápios em francês. Todos! Marido e eu não falamos uma palavra em francês, além de merci. Foi interessante ver marido se atrapalhando na língua, como eu faço em alemão. Pensem, então, no drama que eu passei para achar um restaurante com fome, muita fome.

Por fim, percebemos que o jeito era tirar o inglês das profundezas e ir em frente.

Já que não entendiámos os cardápios, íamos pelos preços. Ledo engano. Pratos individuais de, no mínimo, 25 euros. Em Berlin, 25 euros é um jantar completo para nós dois, com bebida.

Acabamos pagando 13 euros cada, num prato promocional de bife com fritas num restaurante em que o garçon só falava francês e inglês. Um absurdo! Hahahahahaha

Parte 02
Visitamos a parte da cidade recomendada por Jackie. E, olha, adorei. A região se chama "Grund", uma área construída num vale ou sei lá o que, que data de 1700 e bolinha (a cabeça começa a falhar) e muito bonita.

Tem muita coisa pra ver, alguns prédios históricos, bares, caminhos... Muito interessante.
O resto da cidade que eu vi é cheia de prédios gigantes, espelhados e comerciais, muitos são bancos.

Parte 03
Nunca, na história desse país, eu vi tanto carro esportivo de luxo quanto em três horas que ficamos em Luxemburgo. Tá, o nome já diz, pra estar lá, tem que ter luxo. Ok, trocadilho do baralho esse, me perdoem. ;)

Eu juro. Acho que vi uns 7 ou 8 carros desses, entre Ferraris, Lamborghinis e Porsches. Chegamos no estacionamento pra deixar o carro e dou de cara com um Lamborghini verde. É demais para o meu coração.
Marido perguntou se eu moraria lá. Moraria sim, mas só se fosse para ter uma Ferrari na garagem. Se é pra ser pobre, continuo por Berlin mesmo que me sinto mais à vontade. rs

Parte bônus:
Para sentir o drama da riqueza dessa cidade, pensem que EU VI, ninguém me contou, eu vi, gente (leiam: mulheres) na frente de lojas como Louis Vuitton e Dolce e Gabanna tirando fotos. As pessoas chegavam em frente da vitrine e tiravam fotos delas por lá. Comprar que é bom, nada, né?

Eu sou uma pessoa tão antenada para essas coisas que, para escrever o nome das marcas, fui no Google. Nem sei se está certo mesmo. =P

Só volto pra lá quando for rica, muito RI-CA!

sábado, 7 de agosto de 2010

Centro - Parte 02

Pois é, saímos do Norte e fomos em direção ao Sul. No meio, tínhamos destinos a cumprir.

Saímos de Münster no dia 27 e fomos para Rheinland-Pfalz, onde a querida Flor mora. Digitamos o seu endereço no navi, porque ela mora num Dorf dorf mesmo (rsrsrs) e chegamos lá anoitecendo. Porque antes, passamos em Aachen, conhecida pelas fontes e termas, e que, sinceramente, não nos empolgou muito.
Na casa da Flor, fomos muito bem recebidos e passeamos pelos vinhedos da região próxima à sua casa, com ela e o marido. A região onde ela mora é conhecida como Mosel, nome do rio que passa por lá. Já tomou um vinho de lá? Está esperando o quê? E é MOSEL, sem trema, com trema é outra coisa. (não perguntem, não vou falar. rsrsrs).

Como chegamos à noite, deixamos os passeios para o dia seguinte. O dia começou com neblina e um pouco de chuva. De lá fomos a Trier, que fica perto, e de Trier, para Luxemburgo (conto em outra parte).

Em Trier, a cidade mais antiga da Alemanha, nos deparamos com a Porta Nigra, datada do séc 02 dc. Trier pertendeu ao império romano. Marido estava doido para ver e ficava sempre repetindo: "como no meu livro de latim, como no meu livro." Nem preciso dizer que ele ficou bobo como criança em frente à construção.
Adoramos a cidade, apesar da chuva.

Depois de Luxembrugo (calma, que conto dele depois), voltamos para a casa da Flor. As conversas eram sempre muito boas. ;) No dia seguinte, aproveitamos a nossa guia particular e fomos a uma cidadezinha "mimosa", chamada Bernkastel, para passear e comer comida indiana. Um luxo.
Nos despedimos de Jackie e seu marido e seguimos para a Estrada dos Vinhos, onde marido (o meu) tem amigos e queria passar para tomar um café. A cidade dessa região se chama Landau. Chegamos já com a tarde avançada e resolvemos, de novo, dispensar a barraca e irmos para uma pousada num dorf perto da cidade. Marido disse que era a Toscana Alemã. Como eu não conheço, só achei muito bonito mesmo.
No dia seguinte, visitamos esses amigos e seguimos viagem passando por Strasburg (na França, conto depois), em direção à Floresta Negra.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Norte - Parte 01 (continuação)

Do "maravilhoso" mar do norte, saímos em direção a Hamburg, que é uma cidade-estado, como Berlin e Bremen.

Detalhe: a noite na praia, no churrasco furado, foi passada dentro da barraca, no jardim do cara, porque a casa grande e bonita não tinha lugar suficiente para a gente. Aham!

A gente chegou em Hamburg no domingo, durante o dia. Comércio fechado. Todo o comércio, eu quis dizer. Inclusive a rua mais famosa da cidade. Sim, essa aí que você pensou. Não conhece a fama? Menina, está perdendo o quê que não clica aqui (em inglês)? Que de tão conhecida - e reconhecida - virou cult.

Hamburg tem o segundo maior porto do mundo, perdendo apenas para o de Rotterdam, na Holanda. Com o porto, temos os armazéns antigos, usados desde que a cidade é cidade. São quilômetros de prédios, como podem notar só em uma foto.
Chegamos lá com chuva, tínhamos deixado o sol e as temperaturas altas em Berlin. Passamos apenas para que eu conhecesse, já que ficava no meio do caminho para a próxima parada.

De lá, fomos para Stade, uma pequena e fofa cidade onde mora um dos melhores amigos de marido. Ficamos na casa deles uma noite. Foi tão legal ver os dois se divertindo, curtindo um a presença do outro. E também foi legal me sentir integrada nesse cenário. Adorei.
Seguimos viagem para Bremen, também só de passagem, para visitar uma amiga e um amigo que marido não via a mais de 15 anos. Passamos lá, demos os abraços, quase matamos o amigo dele do coração, deixamos contatos e promessas de visitas.

Alguém lembra ou conhece a história dos animais cantores? Pois é. A história se chama "Os músicos de Bremen".
Nesse mesmo dia, ainda viajamos para Münster, no estado de Nordrhein-Westfalen, para visitar um outro amigo de marido, da época da faculdade. Essa visita ficou sem fotos, infelizmente. Passamos a noite lá e seguimos viagem para o Mosel, em Rheiland-Pfalz que fica para a outra parte da viagem.

Dessa vez, foram dois dias em três estados. ;)

P.S. Lembrem-se que a Alemanha é do tamanho da Bahia. Fazíamos uns 300, 400km por dia apenas.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nordsee - o mar do norte

Um dos motivos da viagem ter começado no dia 23/07 é que tínhamos uma festa marcada para o dia 24/07, em St. Peter Ording, um povoado/distrito pertencente a Hamburg (mentira! marido me corrigiu, não é um povoado, é uma cidade mesmo). Lá encontraríamos primos de marido, minha cunhada e par de pessoas que nunca vi na vida.

Daí que a minha cunhada fez a maior propaganda da casa, disse que era linda, que era grande, que era isso, era aquilo e, melhor ainda, era à beira mar, do bendito Nordsee. Eu já estava pensando horrores dessa casa, esperando maravilhas da paisagem etc.

Chegamos lá no dia 24 à tarde e o churrasco já tinha começado. O clima não colaborou e estava fazendo 15 graus. Claro, ventava pra baralho por lá e o churrasco miou no meio quando a chuva começou. Rá! Chupa essa manga.

Aí o pessoal da família de marido queria porque queria que ele me levasse para ver a praia. Coisa mais linda de se ver, diziam eles. Aí, a história continua nas falácias.

Primeiro que a casa não é à beira mar. É grande e bonita, ok. Mas, para chegar até o mar, você precisa subir uma barreira de contenção, tipo um morro. Exatamente, barreira. Nessa barreira, tinham ovelhas. Muitas. Lá vai eu espantando ovelhas para abrir passagem para o mar.
Depois de superar esse obstáculo, chego lá em cima, num vento do baralho e... quê?
"Isso aí é a praia???" - Foi a única coisa que consegui dizer.

Marido todo sem graça, claro. Não se mostra uma coisa dessas para uma brasileira e diz que é praia, gente, pelamordeminhasantamaezinha. Agora eu entendo porque o povo adora Tailândia, Brasil, Caribe (tá, esqueçam as mulheres...)

Com vocês, o Nordsee:
Essas caixinhas aí é para o povo sentar, esticar as pernas e se proteger do sol, a substituição do nosso conhecido sombreiro. ;)

E, ó, pra curtir essa maravilha, tem que pagar, viu?
Morri, né, meu povo. Morri.