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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A decisão demorou, mas chegou

Pois é. Quase 5 anos de Blog (em novembro) e sinto que a proposta perdeu o sentido.O que era vida nova, não é mais. É rotina. O que seriam micos virou normalidade. As risadas estão ligadas ao dia a dia e eu nem percebo mais o que há de especial nelas para compartilhar. Não que eu tenha uma vida chata e sem graça. Só não tenho vontade de vir aqui falar do cotidiano.

Então, por isso, decidi que o Rindo será aposentado. Antes de entrarem de luto, aviso que outro Blog entrará em seu lugar, com outra proposta: opiniões e reflexões sobre o país. Afinal, são quase 5 anos. Alguma opinião tenho que ter, né? Contudo, não acho que será um Blog pra rir. Ou que seja, só não será o foco.

Quem deseja continuar acompanhando minhas escritas, favor enviar um email para que eu mande o endereço do novo.

Obrigada pelo carinho e pela companhia nesses anos.

Beijos!

domingo, 27 de julho de 2014

Não sumi, só estava por aí! - Parte 01

Passei as últimas duas semanas viajando, de férias. Sabe como é, marido professor, tem que aproveitar as férias escolares...

Fomos assistir à final da Copa na cidade aonde a minha cunhada mora, com o resto da família alemã. Ficamos lá 3 dias. Não vou dizer que foi aquela animação digna de uma família brasileira e baiana como a minha, mas foi legal. hehehehe

Depois voltamos para casa, arrumamos as malas e colocamos os pés na estrada. E, olha, foi mara!

Em um pouco mais de uma semana, passamos por 4 países. De novo, escolhemos o leste europeu. Por dois motivos: sou fascinada por esse lado não muito "mainstream" e é mais barato. Eu ainda não estou ganhando rios de dinheiro, então, temos que economizar nas gotinhas. :)

Primeira parada foi Varsóvia. Gente, que cidade gostosa de se ficar. Parte antiga linda, parte moderna muito arrumada, limpa e os poloneses também são uns fofos. Mulher bonita para carambra, chiques, finas, magras, jovens e ahh, lindas. Fiquei apaixonada. Pela cidade, tá?

Ficamos lá 3 noites. Depois seguimos viagem para Cracóvia, também na Polônia, aonde ficamos 2 dias. Quem já esteve em Praga, vai gostar muito dessa cidade. Tem quase os mesmos elementos. Mas, o castelo de Praga é muito mais bonito. :)
Aproveitamos que estávamos lá e visitamos Auschwitz, um dos campos de extermínio usado pelos nazista na segunda guerra mundial. Não aguentei ver tudo. Entrei no museu, quando vi os pertences das vítimas, suas história, arriei e saí...
Em outro texto conto mais sobre o resto da viagem, se não fica muita informação de uma vez só. Mas, eu recomendo muuuitttoooo visitar essas cidades. São lindas e, assim como Berlin, têm muita história. Vale à pena!

domingo, 6 de julho de 2014

Perco a família, mas não perco a piada

Enquanto isso, no grupo da família no zapzap...

Uma tia:
- Bom dia pra quem está comendo aipim com carne frita.
Eu:
- Ah, eu também quero!
Uma prima:
- Eve, quero ver sua melanina aproveitando esse sol alemão, hein?

Aí mando uma foto minha no parque com a legenda: "a cara da riqueza"

Minha tia, então:
- E rico come aipim?
Eu, que não presto:
- Come sim. Come aipim, farinha, umbu... Tudo o que é exótico!

Ra! Não contavam com a minha astúcia!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Formas de integração

Para a minha família no Brasil, mudei para a Alemanha, torço automaticamente para a seleção alemã. Minha mãe ainda me perguntou se iria torcer para o Brasil, caso jogasse contra a Alemanha. O.o

Claro, né? Meu coração é verde e amarelo.

Para os alemães que convivem comigo é assim:
- E seu Brasil, hein?

Depois do primeiro jogo do Brasil, encontrei umas pessoas num evento que não me conheciam, mas quando souberam que eu era brasileira...

Eles me parabenizaram!!

Ou seja:
Para os alemães, sempre serei brasileira.
Para os brasileiros, já sou alemã.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Quando as coisas têm que dar certo...

Então que viajei. Fui na terça-feira ali em Genebra, bate e volta.

Eu me preparei duas semanas para esse dia. Eu fiquei ansiosa, porque eu teria uma reunião para um projeto que eu gostaria muito de trabalhar, discutir estratégias e, in the meantime, também uma entrevista de emprego. Em inglês.

Quem acompanha meu blog desde o início, sabe que depois que eu comecei a aprender alemão, meu inglês travou completamente. Tem mais de dois anos que faço aulas particulares de inglês. Um dinheiro muito bem investido, diga-se. Professora-amiga até já chorou de emoção...

Para quem acompanha o blog há dois anos, também sabe que eu estive muito doente. Do tipo: muito. Por conta disso, também entrei em contato com pessoas que eu não teria, caso tivesse permanecido saudável. Ou seja, Genebra só porque fiquei doente.

O projeto é de cunho social (a minha área, para a pessoa que perguntou no outro post, é gestão de projetos sociais. Amo!) com uma ligação com o Brasil.

Fui com o coração na mão. Entrei no avião quase chorando. Não, não era nervosismo. Era emoção mesmo. Quando pensei no meu percurso, em tudo que passei para chegar àquele momento, foi difícil não me emocionar. Foi difícil não pensar nas dores e nos momentos de desespero pelos quais passei. Mas, eu estava lá, eu subi naquele avião e estava indo para Genebra.

Chego no aeroporto e pego um taxi para o meu destino. Precisava ser rápida. Pergunto para a taxista:
- German or English?
- Whatever you want.
- Could you take me to this adress, please? (estava em francês, tentar pronunciar ia ser o ó)
Taxista pega sua rota e depois de um tempo, pergunta:
- Why did you ask me what language I can speak? Where are you from?
- I'm from Berlin, but in fact I'm Brazilian.
- Que mistura! - ela diz. E começa a falar em português comigo. Eu dei uma gargalhada de alívio!

Uma espanhola que foi casada com um brasileiro e que fala português fluentemente. (Além de inglês, francês e alemão... abafa)

Chego no escritório e a diretora me recebe toda sorridente. Vestida igualzinha a mim!!! De blusa azul no mesmo tom e calça preta. Melhor sintonia, impossível. E senti que meu dia não só tinha começado bem, como iria continuar assim.

E foi!

Aquelas lágrimas que não caíram no momento em que subi no avião continuam aqui. E irão continuar. Porque faz parte do orgulho que sinto de mim nesse exato momento. Porque, quando as coisas têm que dar certo, nada consegue impedir. Só tenho o que agradecer. :)

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sumi e não estou conseguindo voltar...

Mais de 10 dias sem uma postagem e ninguém reclamou?

É... estou mesmo perdendo a notoriedade que um dia eu já tive. Vou usar a mesma tática que usei com uma mocinha outro dia: assim, vou cortar os pulsos com bolacha maria, tá?

Difícil vai ser achar a bolacha, mas, enfim... :)

Últimos dias foram de balanço, de muito trabalho, de mudança de pensamentos e de novos planos. Nunca pensei que ia voltar a atuar na minha área aqui na Alemanha. Precisei, por acaso, encontrar alguém (a presidente da ONG) para que as coisas começassem a acontecer. E como ímã, pessoas me procuram, projetos chegam e eu me sinto cada vez mais no caminho certo.

Eu tenho algumas histórias pra contar, mas, olha, serei sincera: criatividade sumiu. Passo o dia ou na frente do micro ou falando em alemão que chego em casa e quero fazer outras coisas. Mas, eu volto. Prometo.

Então, pedirei com carinho:

Aguardem no local. Já já, tia Eve está no pedaço novamente!

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Mundo pequeno

Lembra desse texto, em que o menininho fofo paralisou por saber que tinha uma brasileira ao lado? Pois. Dessa vez, fui eu quem paralisou.

Estava num café com o colega do tandem (ele querendo aprender português e eu, melhorando o inglês). Conversa vai, conversa vem, um cara sentado no canto, com o laptop aberto e parecendo estar trabalhando, fala:

- Olha, se você ensinar errado eu vou perceber, viu?

Lógico que ele falou em português. Lógico que eu tomei um susto.

- Ah, porque você falou isso? Agora eu fiquei com vergonha.

E me encolhi toda na cadeira, me escondendo atrás do meu lenço. Parecia uma criança.

Ele:

- Imagina, estava só brincando. De onde você é?
- Bahia. E você?
- São Paulo.

Pronto, ficamos por aí e eu tentei me concentrar no português sem me preocupar em estar falando besteira.

Cuidado! Pode ter um brasileiro agora, aí do seu lado! :)

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Um caso para separação

História quase velha que esqueci de contar... rs

Amiga foi para o Brasil e perguntou o que eu queria que ela trouxesse para mim. Amiga é mineira e não pensei duas vezes:
- Ah, traz doce de leite em barra pra mim, daquele "de fazenda".

Amiga fofa trouxe o doce de leite. Experimentei lá na casa dela mesmo. Coisa de outro mundo. Só que ela trouxe só uma barra. Uma unicazinha.

Guardei no fundo do armário. Queria que fosse só pra mim, não ia dividir com ninguém, ora bolinhas. Sou dessas, não esqueçam.

Pois. Cada dia ia comendo um pouquinho. Até que dias depois...
- Amor, cadê meu doce de leite?
- Que doce de leite?
- O que estava no armário.
- Ah, aquilo velho que estava no armário?
- Ai, meu Deus!! O que você fez??
- Fui arrumar o armário, pensei que ninguém estivesse comendo, joguei fora.
- Como assim jogou fora? Como assim ninguém estava comendo? Como assim velho?

Sangue subiu. Quase pulei no pescoço dele, só não fiz porque eu lembrei que ele é maior e mais forte.

- Eu pensei que ninguém quisesse mais.
- Eu ganhei esse doce outro dia, que a Isa me deu!!!
- Mas, mas...
- %$§#&!%?$§#&!!! 

Escrevo pra amiga:
"Marido jogou o doce de leite fora! Vou me separar!"

Era ou não era um bom motivo?

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Palhacinho

Pessoa sai pra aproveitar um dia de sol com marido e vai passear no cantinho preferido dela. Lá, além de restaurantes, tem uma Häagen-Dazs (que nome é esse?) e eles resolveram que poderiam aproveitar melhor o restinho do dia tomando um sorvete.

Pessoa entra com o marido na loja e fica meio perdida com tantos sabores exóticos e apaixonantes. Até que dá de cara com um "Strawberry Cheesecake" e quase grita:
-Ah, eu quero esse!!! (Crianças, por favor, não façam isso)

Marido da pessoa faz o pedido e na hora:
- Por favor, uma bola de Käsekuchen pra ela.

Pessoa ria e a atendente olhava pra ele meio que perdida. Aí, pra evitar mal entendidos, pessoa falou:
- Strawberry Cheesecake, por favor.

Saem da loja rindo e marido:
- Como pode a atendente alemã não entender alemão?

Para quem não entendeu: Käsekuchen é a versão alemã gorda do Cheesecake. :)

Palhacinho ele, né? E acho que a atendente não entendeu a piada até agora.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Uma chuva de fofura

Tava lá sentadinha no trem, esperando chegar ao meu destino, quando entra um rapaz e um menininho de uns 3 anos com essas bicicletas de criança sem pedal. Sabem como é? Pois. Eles estavam conversando em português e sentaram bem ao meu lado.

O pai colocou a bicleta encostada e o menino: "mas, não esquece ela, tá?" e, conversa vai, conversa vem, o pai começa a explicar o porquê deles estarem sentados lá, que era a área para bicicletas do trem e por aí... Achei super fofo o jeito como o pai conversava com o filho. Mas, fofo ainda foi o menino perguntando a cada estação se já podia descer, porque ele estava doido para brincar com sua "bicicletinha". Nessa hora, não aguentei. Olhei para o menino e disse:

- Estou achando o seu sotaque tão bonitinho...
O pai:
- Olha, filho, uma brasileira bem do nosso lado!
O menino:
- ...

Ele paralisou. Juro para vocês. Ele se assustou tanto em ter alguém falando em português com ele que ele não sabia como reagir. Eu não tive outro opção a não ser rir e achá-lo ainda mais fofo.

Perguntei o nome dele, aí ele respondeu. Disse que era um nome lindo, e era mesmo.

Conversei um pouco com o pai e descobri que o sotaque era uma mistura do mineiro com o goiano e que eles estavam indo comprar massa para pão de queijo. Eles desceram primeiro que eu, e o menino:

- Mas, ela não vai descer junto?
O pai:
- Não, filho, ela vai seguir viagem.
- Por quê?
- Porque ela vai para outro lugar.
- Ah, mas eu quero que ela venha juntoooooo....

E se foram.
Eu fiquei com um sorriso no rosto o dia todo. Quanta fofura!

sábado, 12 de abril de 2014

Indo muito rápido. Que bom!

As últimas semanas têm sido muito intensas. Novidade atrás de novidade.

Fui a um evento aqui no bairro no "dia da mulher" e de lá para cá muita coisa aconteceu. Conheci pessoas super legais e comecei um trabalho voluntário numa ONG. Só que o que seria voluntário, pode crescer para outras direções. Porque eu sou da área, porque eu terminei um curso que vai ajudar e porque eu decidi que serei senhora do meu destino.

Não espero mais aquele emprego dos sonhos. Vou lá criar o meu. Vou fazer o que quero.

E aí, que desde que tomei essa decisão que as coisas acontecem. Muito rápido. Marido diz que é o momento certo, a hora certa. Eu também tenho essa impressão. É como se o universo, as estrelas e os planetas estivessem alinhados para que, depois de tanta espera, a minha vida começasse a entrar nos eixos.

Está sendo tudo muito dinâmico. Estou tirando o pó da minha cabeça e estou me divertindo muito.

O melhor de tudo é aquela sensação que se tem de desenvolver projetos para o bem, de trabalhar por convicção e de poder interagir com as pessoas. Aí, em meio a tantos pensamentos e acontecimentos, entro no FB e leio a seguinte frase:

"Empower yourself and realise the importance of contributing to the world by living your talent. Work on what you love. You are responsible for the talent that has been entrusted to you." Catharina Bruns

Faz sentido!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Como não amar?

Fomos visitar a sogra esse final de semana. Ela mora em Hannover. Já tem 94 anos e muita coisa ela não consegue mais guardar na memória. Por exemplo: ela só lembra meu nome e sabe que sou casada com o filho dela.

Dessa vez, ela perguntou de novo a minha idade. Respondi. E ela:
- Mas, a diferença de idade de vocês é muito grande mesmo!

Marido, para fazer piada:
- É, quando eu tiver mais velho, ela vai ter (muss) que cuidar de mim.

Minha sogra:
- Vai ter? (Muss?). Vai ter não, pode! (kann)

Como não amar?  94 anos, outra geração, não muito "fit", mas sabe que exatamente que as pessoas têm escolhas e não obrigações.

Olhei para marido e falei em bom baianês:

- hahahahaha Se lascou!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Na oficina...

Levei minha magrela na terça-feira para uma oficina pertinho aqui de casa, que faz parte de um projeto social (vou falar mais sobre isso depois).

Marido tinha me dito que eu contasse com um custo de 50 euros, no mínimo, porque, além da mão de obra, claro, tinha que trocar as câmaras de ar, a borracha dos freios, lubrificar etc etc etc.

Quando eu cheguei pra deixar a bicicleta, umas 10h15, o cara fala: "Ah, é só para encher o pneu?" e eu: "Não, ela ficou dois anos num porão..." e ele: "Ahhhhh, já sei o que tenho que fazer. Passa aqui às 14h que vai estar pronta."

Às 14h tinha outro compromisso e não podia buscar, busquei no dia seguinte. Aí encontro a "bichinha" lá fora sorrindo pra mim querendo ser usada. Ele tinha trocado até o farol que estava queimado.

Pergunto quanto é e ele:
- Se você tiver, me dá aí 5 euros.

Olhei pra ele com a cara mais assustada do mundo:
- O quê!?!?! 5 euros?

Eu acho que ele pensou que eu não ia pagar... hahahaha

Um cara que estava próximo da gente falou:
- Se você cobrasse 15 ela pagava sem nem reclamar.

E ele:
- Ah, mas esse dinheiro é pro caixinha da Ong.

Pois, paguei os 5 euros e segui pedalando pra casa.

No próximo problema com a bicicleta, já sei exatamente para onde correrei. :)

segunda-feira, 31 de março de 2014

A volta da minha magrela

Enfim, depois de mais de dois anos, apareceram as "condições" corretas para eu tirar a magrelinha do porão. Ela já estava há tanto tempo guardada, que eu tinha até esquecido que a cor dela é verde. E as florizinhas ainda estão lá, da época que veio enfeitada como presente de casamento. :)
Dei um banho caprichado nela e essa semana ainda a levarei numa oficina. Tanto tempo guardada faz com que ela precise, pelo menos, de uma revisão.

Aí vocês perguntam: mas Eve, porque só agora?

Primeiro: só agora está fazendo uma temperatura que me dá coragem de tomar vento na cara andando de bicicleta. É a primavera!! Uhuu!! Então, de qualquer forma, no inverno, o lugar dela é no porão mesmo.

Segundo: as minhas condições físicas nos verões de 2012 e 2013 não eram favoráveis a passeios. O que me deixa muito feliz de ter podido tirá-la daquele lugar escuro e sujo. Pois significa que o um bom futuro está muito mais perto do que o passado "recente", um dia, já foi.

Prometo fazer muito quilômetros com ela até o próximo inverno. Meus passeios de verão já estão programados.

Só espero não pagar mico de bicicleta, né? Cair de perna aberta não dá, gente!

P.S. Na Bahia, chamamos bicicleta de magrela. E aí aonde você mora, como é?