Estava passeando com um brasileiro (Oi Luiz!), conversando em português, claro, quando fomos abordados por um cara:
- Vocês falam português? (em português, daaahhnnn
- Sim.
- Toma aqui. Dia 22 vai ter uma festa com ritmos angolanos no lugar tal, se vocês estiverem interessados...
E eu que não perco a oportunidade:
- Você é alemão?
- Sou.
- Aonde aprendeu português assim tão bem? Na Angola?
- Não, no Brasil.
- Aonde?
- Rio de Janeiro.
- Quanto tempo ficou lá?
- Seis meses.
- Aposto que aprendeu o português que você sabe nesses seis meses que ficou lá, né?
- Ah não, fiz dois meses de curso antes.
- Você está de sacanagem, né? Eu estou aqui há quatro anos e ainda não parei de aprender alemão...
- Ahhh, mas alemão é mais difícil.
- Não vem, não, que português é difícil também.
- ... (Acho que ele ficou com medo de eu bater nele nessa hora)
E aí tínhamos 3 sotaques juntos: o paulista, a baiana e o carioca fajuto...
Seis meses, cara... que depressão...
Mostrando postagens com marcador Aprendendo alemão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aprendendo alemão. Mostrar todas as postagens
sábado, 15 de março de 2014
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Expressando ideias (ou não)
Sabe quando você tem aquela ideia extraodinariamente maravilhosa, mas que só funciona na sua cabeça? Pois é!
Aí, você senta com pessoas (alemãs) para tentar explicar, tendo todos os argumentos (em português) na cabeça e na hora de falar (em alemão, claro), por mais que você use o vocabulário adequado, a pessoa te olha ainda com cara de interrogação e faz uma pergunta que não tem nada a ver com o que você realmente queria dizer? Pois é!²
Ando assim ultimamente. Estou com uma ideia "supimpa" na cachola, preciso da opinião alheia, mas o povo não entende o que eu quero realmente dizer.
Eu sei que o problema está em mim. Eu ainda preciso estruturar a ideia direito, sair da fase de empolgação e partir para a razão. Não achar que as pessoas são obrigadas a olhar para a ideia com o mesmo entusiasmo. Às vezes, quando os amigos fazem o papel do advogado do diabo é muito bom. E é isso que preciso também.
Agora estou aqui, com o Word aberto, tentando transformar pensamentos em palavras e só consigo pensar em: no restaurante vietnamita que marido e eu vamos conhecer amanhã.
Tipo, minha filha, assim não dá, né? Povo vai continuar sem te entender.
Eu não tenho conserto.
Aí, você senta com pessoas (alemãs) para tentar explicar, tendo todos os argumentos (em português) na cabeça e na hora de falar (em alemão, claro), por mais que você use o vocabulário adequado, a pessoa te olha ainda com cara de interrogação e faz uma pergunta que não tem nada a ver com o que você realmente queria dizer? Pois é!²
Ando assim ultimamente. Estou com uma ideia "supimpa" na cachola, preciso da opinião alheia, mas o povo não entende o que eu quero realmente dizer.
Eu sei que o problema está em mim. Eu ainda preciso estruturar a ideia direito, sair da fase de empolgação e partir para a razão. Não achar que as pessoas são obrigadas a olhar para a ideia com o mesmo entusiasmo. Às vezes, quando os amigos fazem o papel do advogado do diabo é muito bom. E é isso que preciso também.
Agora estou aqui, com o Word aberto, tentando transformar pensamentos em palavras e só consigo pensar em: no restaurante vietnamita que marido e eu vamos conhecer amanhã.
Tipo, minha filha, assim não dá, né? Povo vai continuar sem te entender.
Eu não tenho conserto.
sábado, 25 de janeiro de 2014
Alemaglês
Porque eu sou do contra. Adoro quando as pessoas dizem "não faça isso!", aí, vou lá e faço. Viu, D. Joyce?
Falei da mistureba do alemão com o português no post passado, agora falo da mistureba do alemão com o inglês.
Vocês sabem, né? A língua é viva. A que não muda, já morreu. hehehehe E, assim como no português, quando absorvemos os benditos estrangeirismos (deletar, fazer download, estrar no chat, essas coisas), no alemão é mesma coisa. E eu acho algumas expressões até engraçadas, por causa da forma como a palavra ou expressão é integrada à língua.
Por exemplo, se você falar para alguém que procurou algo no Google, em alemão, você fala: "eu googlei". O verbo é googlen.
Mandar um SMS? Smsen.
Fazer um upgrade? Upgraden.
Falzer login? Loggen
Escrever um post? Postar? Posten.
Tudo relacionado à tecnologia, né? Porque muda mais rápido que a língua, e a única coisa possível é usar o que está disponível pra não ficar pra trás. Tô certa ou tô errada? Hein, hein? :D
Falei da mistureba do alemão com o português no post passado, agora falo da mistureba do alemão com o inglês.
Vocês sabem, né? A língua é viva. A que não muda, já morreu. hehehehe E, assim como no português, quando absorvemos os benditos estrangeirismos (deletar, fazer download, estrar no chat, essas coisas), no alemão é mesma coisa. E eu acho algumas expressões até engraçadas, por causa da forma como a palavra ou expressão é integrada à língua.
Por exemplo, se você falar para alguém que procurou algo no Google, em alemão, você fala: "eu googlei". O verbo é googlen.
Mandar um SMS? Smsen.
Fazer um upgrade? Upgraden.
Falzer login? Loggen
Escrever um post? Postar? Posten.
Tudo relacionado à tecnologia, né? Porque muda mais rápido que a língua, e a única coisa possível é usar o que está disponível pra não ficar pra trás. Tô certa ou tô errada? Hein, hein? :D
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
Portumão x Alemaguês
Olha só a bagunça...
Quando se convive em duas línguas ou mais, chega uma hora que a cabeça entra em parafuso. Não sei vocês, mas comigo é assim.
E o que acontece com certa frequência aqui em casa, por exemplo, é eu estar falando em português e no meio da frase colocar uma palavra em alemão. Ou, estar falando alemão e falar uma palavra em português.
Quando eu uso palavras alemãs, geralmente é porque a palavra alemã é mais precisa do que a portuguesa para dizer o que quero dizer. Já no caso de usar o português, é porque, em alemão, eu não sei a palavra mesmo. Shame on me.
Aí, eu quero falar que marquei uma hora no médico e falo: Já marquei um "Termin". Mais lindo ainda fica quando eu conjugo o verbo alemão na forma portuguesa: Eu já erlediguei isso aí (erledigen: resolver, terminar). No way!
Porém, o pior mesmo é o plural no portumão. Porque no português, basicamente, é só enfiar um "s" no final e tudo beleza. No alemão não. Claro, quem disse que alemão facilita a nossa vida, né?
Aí, se eu quero dizer uma frase com Haus (casa), por exemplo, ficaria assim: Eu vi umas Hauses bonitas. Só que, GENTE, o plural de Haus é Häuser!! Dói até no meu ouvido.
Agora imagina aí eu falar Hauses, quando a frase é toda em alemão?
Tanto tempo estudando pra quê!?
Quando se convive em duas línguas ou mais, chega uma hora que a cabeça entra em parafuso. Não sei vocês, mas comigo é assim.
E o que acontece com certa frequência aqui em casa, por exemplo, é eu estar falando em português e no meio da frase colocar uma palavra em alemão. Ou, estar falando alemão e falar uma palavra em português.
Quando eu uso palavras alemãs, geralmente é porque a palavra alemã é mais precisa do que a portuguesa para dizer o que quero dizer. Já no caso de usar o português, é porque, em alemão, eu não sei a palavra mesmo. Shame on me.
Aí, eu quero falar que marquei uma hora no médico e falo: Já marquei um "Termin". Mais lindo ainda fica quando eu conjugo o verbo alemão na forma portuguesa: Eu já erlediguei isso aí (erledigen: resolver, terminar). No way!
Porém, o pior mesmo é o plural no portumão. Porque no português, basicamente, é só enfiar um "s" no final e tudo beleza. No alemão não. Claro, quem disse que alemão facilita a nossa vida, né?
Aí, se eu quero dizer uma frase com Haus (casa), por exemplo, ficaria assim: Eu vi umas Hauses bonitas. Só que, GENTE, o plural de Haus é Häuser!! Dói até no meu ouvido.
Agora imagina aí eu falar Hauses, quando a frase é toda em alemão?
Tanto tempo estudando pra quê!?
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Uma questão de território
Lembram desse colega de Tandem? Então. Eu gosto dele. Eu dei uma sorte danada por ter encontrado pessoas legais para fazer tandem (encontros em que aprimoramos as línguas. Eu, alemão. Ele, português). São pessoas queridas que quero manter como amigos. Mas, né? Não era sobre isso especificamente que eu queria falar.
Tempos atrás, encontrei-me com esse colega e ele me disse que tinha uma coisa para me contar. Eu, toda apreensiva, achei que fosse algo sério. Ele, sem graça:
- Estou me encontrando com outra brasileira para fazer tandem.
Eu:
- O quê!?!?!?! Você está me traindo??? - e a cara de espanto estampada.
- Eu sabia! Eu estava em casa, pensando num jeito de te contar, sem que você reagisse assim.
E caímos os dois na gargalhada.
Porque é assim, eu não sou uma pessoa ciumenta. Não mesmo. Eu só gosto de marcar território. Eu vi primeiro, é meu! :)
Não sou muito fã em dividir amigos. A não ser que estejam todos num círculo e uns sejam amigos dos outros. Dividir com um estranho, não! Humpf!
Tempos atrás, encontrei-me com esse colega e ele me disse que tinha uma coisa para me contar. Eu, toda apreensiva, achei que fosse algo sério. Ele, sem graça:
- Estou me encontrando com outra brasileira para fazer tandem.
Eu:
- O quê!?!?!?! Você está me traindo??? - e a cara de espanto estampada.
- Eu sabia! Eu estava em casa, pensando num jeito de te contar, sem que você reagisse assim.
E caímos os dois na gargalhada.
Porque é assim, eu não sou uma pessoa ciumenta. Não mesmo. Eu só gosto de marcar território. Eu vi primeiro, é meu! :)
Não sou muito fã em dividir amigos. A não ser que estejam todos num círculo e uns sejam amigos dos outros. Dividir com um estranho, não! Humpf!
sábado, 16 de novembro de 2013
Sobre a questão do elogio
Eu bem falei aqui que tem alemão (a pessoa) que fica bobo quando ouve um estrangeiro falando bem alemão (o idioma). E eu acho muito chato, quando eu percebo que alguém está "elogiando" porque, simplesmente, não acredita que um estrangeiro pudesse falar alemão tão bem, ou melhor do que ele imaginava que fosse possível.
Marido participou de um workshop sobre discriminação e racismo. Uma das instrutoras é uma iraniana que mora na Alemanha desde os 5 anos. Ela usou como exemplo a questão que eu citei aí em cima.
Agora imaginem vocês que a moça foi praticamente alfabetizada em alemão, frequentou a escola e fez faculdade em alemão. O que diabos faz um alemão pensar que o alemão (o idioma, viu?) dela não deveria ser bom para se assustar com o nível dela? Ora bolinhas!
Marido contou que eu penso o mesmo e blá blá blá. Aí ela conta que se alguém vem com essa de "Nossa! Como você fala bem alemão!", ela responde "Mas, você também!". E pronto! Achei a resposta perfeita.
Claro... como expliquei no post anterior, deixa eu quebrar a barreira de 5 anos. Por enquanto, vou encarar como elogio. Mas, depois, essa será minha resposta padrão. Senti uma "admiração" disfarçada, vou largar a resposta: "Você também!"
Marido participou de um workshop sobre discriminação e racismo. Uma das instrutoras é uma iraniana que mora na Alemanha desde os 5 anos. Ela usou como exemplo a questão que eu citei aí em cima.
Agora imaginem vocês que a moça foi praticamente alfabetizada em alemão, frequentou a escola e fez faculdade em alemão. O que diabos faz um alemão pensar que o alemão (o idioma, viu?) dela não deveria ser bom para se assustar com o nível dela? Ora bolinhas!
Marido contou que eu penso o mesmo e blá blá blá. Aí ela conta que se alguém vem com essa de "Nossa! Como você fala bem alemão!", ela responde "Mas, você também!". E pronto! Achei a resposta perfeita.
Claro... como expliquei no post anterior, deixa eu quebrar a barreira de 5 anos. Por enquanto, vou encarar como elogio. Mas, depois, essa será minha resposta padrão. Senti uma "admiração" disfarçada, vou largar a resposta: "Você também!"
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Cuidado com o que se ensina
Eu faço tandem com três pessoas. Duas em alemão/português e outra inglês/português. Enquanto estou "de boa na lagoa" (sei...), vou aproveitando meu tempo assim também.
Essa semana encontrei um rapaz, que já virou amiguinho. Saímos pra tomar um café. Quando saí de casa, estava quente, mas, por via das dúvidas, coloquei um lenço na bolsa.
A tarde, sem muito sol, ficou mais fresquinha e como estou correndo de resfriado como vampiro corre de água benta, coloquei o lenço no pescoço. Daí noto que tinha uma linha puxada. Sabem como é? Eu tentei consertar, achar a origem e ir puxando, até voltar ao mais normal possível.
Estávamos andando, indo em direção à estação, quando ele para no caminho e fala:
- Pera, eu sei qual o problema. Você me ensinou essa palavra.
Abre a mochila, pega o caderninho e procura a palavra que ele diz ter aprendido.
- Achei! Então... err... seu lenço está assim porque é... é... MIXURUCA!
Aí eu acelero o passo e deixo-o falando sozinho. Porque, né? Na próxima, me chama de "bonitinha, mas ordinária".
Essa semana encontrei um rapaz, que já virou amiguinho. Saímos pra tomar um café. Quando saí de casa, estava quente, mas, por via das dúvidas, coloquei um lenço na bolsa.
A tarde, sem muito sol, ficou mais fresquinha e como estou correndo de resfriado como vampiro corre de água benta, coloquei o lenço no pescoço. Daí noto que tinha uma linha puxada. Sabem como é? Eu tentei consertar, achar a origem e ir puxando, até voltar ao mais normal possível.
Estávamos andando, indo em direção à estação, quando ele para no caminho e fala:
- Pera, eu sei qual o problema. Você me ensinou essa palavra.
Abre a mochila, pega o caderninho e procura a palavra que ele diz ter aprendido.
- Achei! Então... err... seu lenço está assim porque é... é... MIXURUCA!
Aí eu acelero o passo e deixo-o falando sozinho. Porque, né? Na próxima, me chama de "bonitinha, mas ordinária".
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Diminuindo a cobrança ou Como ouvir "certo" o que as pessoas querem dizer
Eu já estava entrando naquela fase em que ficava meio desconfiada quando eu participava, invariavelmente, do seguinte diálogo:
- Mora aqui há quanto tempo?
- (Insira aqui qualquer tempo a partir de 3 anos...)
- Aprendeu alemão aqui ou já falava antes?
- Aprendi aqui.
- Poxa, parabéns, você fala alemão muito bem pra quem está aqui só a (vide primeira resposta).
Eu ficava pensando: ou o nível de exigência desse povo é muito baixo. Ou eles não esperam que um "estrangeiro" seja capaz de falar alemão bem. Ou as duas coisas juntas. Já tive muitas discussões com marido por conta disso, e ele achava que eu devia entender como elogio.
Acontece que eu não estou satisfeita com meu nível de alemão. Eu ainda tenho um sotaque muito forte e poderia usar melhor o vocabulário que eu conheço. Porque eu compreendo 99% do que um jornalista da ZDF fala, mas não sou capaz de falar como ele. E quem é, né? Não dá para se comparar com um nativo, ainda mais um que estudou para falar "bonito". Detalhes...
Eu já estava entrando no limite que divide a alegria em receber um elogio e o de me sentir "insultada" pelos mesmos motivos. Eu pensava: "ora bolinhas, eu já estou aqui há 3 anos e meio e esse povo acha meu alemão bom? Oi? Tem alguma coisa errada aí."
Foi depois de mais um diálogo desses (e acontece sempre assim) que eu percebi que, olha, é elogio sim. Ainda. Talvez, quando eu quebrar a barreira dos cinco anos, volte a pensar desse jeito. Mas, por agora, vou voltar a ouvir como elogio. Por quê?
Porque eu me dei conta que no primeiro ano eu não falava alemão. Eu aprendia. Eu precisei do segundo ano quase todo para destravar. Falava, mas ainda me prendia aos meus medos e escorregadas. Hoje, não tenho medo de falar errado. Vou lá e falo. Entro em discussões e ainda mando o povo calar a boca.
Então, se eu for colocar no papel a minha experiência com o aprendizado da língua (eu ainda aprendo), vou perceber que eu tenho 3 anos e meio de Alemanha, porém, não falo alemão há 3 anos e meio.
E, vou dizer, saiu um peso das minhas costas depois de constatar isso.
- Mora aqui há quanto tempo?
- (Insira aqui qualquer tempo a partir de 3 anos...)
- Aprendeu alemão aqui ou já falava antes?
- Aprendi aqui.
- Poxa, parabéns, você fala alemão muito bem pra quem está aqui só a (vide primeira resposta).
Eu ficava pensando: ou o nível de exigência desse povo é muito baixo. Ou eles não esperam que um "estrangeiro" seja capaz de falar alemão bem. Ou as duas coisas juntas. Já tive muitas discussões com marido por conta disso, e ele achava que eu devia entender como elogio.
Acontece que eu não estou satisfeita com meu nível de alemão. Eu ainda tenho um sotaque muito forte e poderia usar melhor o vocabulário que eu conheço. Porque eu compreendo 99% do que um jornalista da ZDF fala, mas não sou capaz de falar como ele. E quem é, né? Não dá para se comparar com um nativo, ainda mais um que estudou para falar "bonito". Detalhes...
Eu já estava entrando no limite que divide a alegria em receber um elogio e o de me sentir "insultada" pelos mesmos motivos. Eu pensava: "ora bolinhas, eu já estou aqui há 3 anos e meio e esse povo acha meu alemão bom? Oi? Tem alguma coisa errada aí."
Foi depois de mais um diálogo desses (e acontece sempre assim) que eu percebi que, olha, é elogio sim. Ainda. Talvez, quando eu quebrar a barreira dos cinco anos, volte a pensar desse jeito. Mas, por agora, vou voltar a ouvir como elogio. Por quê?
Porque eu me dei conta que no primeiro ano eu não falava alemão. Eu aprendia. Eu precisei do segundo ano quase todo para destravar. Falava, mas ainda me prendia aos meus medos e escorregadas. Hoje, não tenho medo de falar errado. Vou lá e falo. Entro em discussões e ainda mando o povo calar a boca.
Então, se eu for colocar no papel a minha experiência com o aprendizado da língua (eu ainda aprendo), vou perceber que eu tenho 3 anos e meio de Alemanha, porém, não falo alemão há 3 anos e meio.
E, vou dizer, saiu um peso das minhas costas depois de constatar isso.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Como eu estou? O que eu estou fazendo?
Uma leitora do blog, a Márcia, deixou um comentário muito fofo em um post querendo saber como eu estou. Resolvi responder com outro post.
Eu estou bem. Melhor que em 2012.
Saúde equilibrada.
Estou procurando emprego novo. Desde agosto do ano passado sem trabalhar. Mas, não sem fazer nada.
Já (re)fiz o C1 de alemão, já fiz curso de filosofia. Em janeiro, fiz um de redação.
Faço Tandem de alemão com um rapaz e uma mocinha fofa. E comecei um de inglês com uma britânica. Encontro cada um uma vez por semana.
O curso de inglês continua.
E a procura por emprego também. O que consome um tempo. Porque tem que adaptar currículo, preparar carta de apresentação...
Comecei o processo pra tirar a carteira de motorista alemã. Ai, ai, ai.
Em seguida, lá pra junho, começo o processo pra virar cidadã também. O tempo passa mesmo muito rápido.
E hoje, além de estar rolando a Berlinale (Festival Internacional de Filmes) até o dia 17, vou assistir à Ópera do Malandro aqui em Berlin!!! E a linda e talentosa da Isabela está no elenco, fazendo a Fichinha e outros dois personagens.
Aproveito pra pedir desculpas ao pessoal que vem aqui comentar e eu, poucas vezes, retorno uma visita. É a falta de tempo mesmo. Eu tento sempre responder aos comentários, porque eu adoro receber comentários. Adoro saber que me lêem e que gostam do blog. :)
Além dos micos de cada dia, a vida segue, né? Grassasdeuz!
Eu estou bem. Melhor que em 2012.
Saúde equilibrada.
Estou procurando emprego novo. Desde agosto do ano passado sem trabalhar. Mas, não sem fazer nada.
Já (re)fiz o C1 de alemão, já fiz curso de filosofia. Em janeiro, fiz um de redação.
Faço Tandem de alemão com um rapaz e uma mocinha fofa. E comecei um de inglês com uma britânica. Encontro cada um uma vez por semana.
O curso de inglês continua.
E a procura por emprego também. O que consome um tempo. Porque tem que adaptar currículo, preparar carta de apresentação...
Comecei o processo pra tirar a carteira de motorista alemã. Ai, ai, ai.
Em seguida, lá pra junho, começo o processo pra virar cidadã também. O tempo passa mesmo muito rápido.
E hoje, além de estar rolando a Berlinale (Festival Internacional de Filmes) até o dia 17, vou assistir à Ópera do Malandro aqui em Berlin!!! E a linda e talentosa da Isabela está no elenco, fazendo a Fichinha e outros dois personagens.
Aproveito pra pedir desculpas ao pessoal que vem aqui comentar e eu, poucas vezes, retorno uma visita. É a falta de tempo mesmo. Eu tento sempre responder aos comentários, porque eu adoro receber comentários. Adoro saber que me lêem e que gostam do blog. :)
Além dos micos de cada dia, a vida segue, né? Grassasdeuz!
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
O alemão e as crianças
Eu acho super fofo criança novinhas falando alemão. Aquela que você sabe que acabou de aprender a falar, mas já fala um alemão fofinho e educado.
Outro dia, na fila do supermercado, ouvi de uma que parecia ter uns cinco anos:
- Möchtest du das vielleicht auch nicht mitnehmen? (Você não gostaria de levar isso também?)
Ela segurava estrategicamente um chocolate nas mãos e perguntou toda fofinha para a mãe. Eu compraria o estoque todo pra ela.
Hoje, uma outra estava andando com o pai, quando ele se destraiu com alguma coisa e ela:
- Papa, hörst du mir mal bitte zu? (Papai, você poderia me escutar, por favor?)
Eu sentaria, colocaria ela no colo e ouviria todas as histórias que ela tinha pra contar.
Por outro lado, tem aquelas crianças fofíssimas, mas que ainda não aprenderam a falar e dizem:
- Mama, mit...? mit...?
E você, que não é a mãe, fica se perguntando: ela quer dizer "leva" (mitnehmen), "fazer parte" (mitmachen) ou "vem" (mitkommen)? Só a mãe na causa mesmo. :)
Outro dia, na fila do supermercado, ouvi de uma que parecia ter uns cinco anos:
- Möchtest du das vielleicht auch nicht mitnehmen? (Você não gostaria de levar isso também?)
Ela segurava estrategicamente um chocolate nas mãos e perguntou toda fofinha para a mãe. Eu compraria o estoque todo pra ela.
Hoje, uma outra estava andando com o pai, quando ele se destraiu com alguma coisa e ela:
- Papa, hörst du mir mal bitte zu? (Papai, você poderia me escutar, por favor?)
Eu sentaria, colocaria ela no colo e ouviria todas as histórias que ela tinha pra contar.
Por outro lado, tem aquelas crianças fofíssimas, mas que ainda não aprenderam a falar e dizem:
- Mama, mit...? mit...?
E você, que não é a mãe, fica se perguntando: ela quer dizer "leva" (mitnehmen), "fazer parte" (mitmachen) ou "vem" (mitkommen)? Só a mãe na causa mesmo. :)
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
If you know what I mean
Marido morou 15 anos no Brasil. Ele fala portugûes fluentemente e lindamente com um sotaque alemão que eu acho sexy. Ok, o marido é meu, certo? hahahaha
Outro dia, conversava com uma prima pelo FB e encosta marido do meu lado. Eu odilho quando ele fica lendo as coisas que eu faço no computador, mas como era um bate-papo inocente, não me importei tanto assim.
Ele estava acompanhando nosso papo, quando ela escreve:
- Ah, aqui está tudo marrom.
E ele pergunta:
- O que ela quis dizer?
Eu:
- Ah, é um jeito de dizer que está tudo mais ou menos. Marromeno... Marrom. Entendeu?
- Ah, ok.
Depois, ela se despede:
- Bjunda!
E ele, de novo:
- O que é Bjunda?
Eu:
- Beijo na bunda.
Ele desiste, pega o banquinho e sai de fininho.
Aí eu fico pensando: 15 anos no Brasil... Quanto tempo eu vou precisar no alemão? Rá!
P.S. Provavelmente, se ele ler esse post, vai me perguntar o que eu quis dizer com "odilho". Como eu sei que ele, um dia, lerá, eu respondo: Amor, eu quis dizer "odeio", viu? :)
P.S. do P.S. Esse post foi patrocinado pelo sentimento de revanche: se seu alemão não sabe o que é Bjunda, nós não temos que saber o que significa "arschkalt", por exemplo. hahahahaha
Outro dia, conversava com uma prima pelo FB e encosta marido do meu lado. Eu odilho quando ele fica lendo as coisas que eu faço no computador, mas como era um bate-papo inocente, não me importei tanto assim.
Ele estava acompanhando nosso papo, quando ela escreve:
- Ah, aqui está tudo marrom.
E ele pergunta:
- O que ela quis dizer?
Eu:
- Ah, é um jeito de dizer que está tudo mais ou menos. Marromeno... Marrom. Entendeu?
- Ah, ok.
Depois, ela se despede:
- Bjunda!
E ele, de novo:
- O que é Bjunda?
Eu:
- Beijo na bunda.
Ele desiste, pega o banquinho e sai de fininho.
Aí eu fico pensando: 15 anos no Brasil... Quanto tempo eu vou precisar no alemão? Rá!
P.S. Provavelmente, se ele ler esse post, vai me perguntar o que eu quis dizer com "odilho". Como eu sei que ele, um dia, lerá, eu respondo: Amor, eu quis dizer "odeio", viu? :)
P.S. do P.S. Esse post foi patrocinado pelo sentimento de revanche: se seu alemão não sabe o que é Bjunda, nós não temos que saber o que significa "arschkalt", por exemplo. hahahahaha
sábado, 3 de novembro de 2012
Das incongruências
A pessoa, nas horas vagas, assisti Bob Esponja e Padrinhos Mágicos. Durante o banho, canta músicas infantis:
"Eu vi uma baratinha na careca do vovô, assim que ela me viu bateu asas e voou..."
"Fui no totoró, beber água, não achei..."
Aí, porque tudo tem a ver com tudo, entra - e frequenta - um curso de filosofia (em alemão, claro).
A pessoa está morrendo de saudades de comer beiju/tapioca. Como é que ela resolve? Compra amêndoas caramelizadas.
Tipo: eu sou a pessoa das congruências.
Chamem-me de doida. Beijos!
"Eu vi uma baratinha na careca do vovô, assim que ela me viu bateu asas e voou..."
"Fui no totoró, beber água, não achei..."
Aí, porque tudo tem a ver com tudo, entra - e frequenta - um curso de filosofia (em alemão, claro).
A pessoa está morrendo de saudades de comer beiju/tapioca. Como é que ela resolve? Compra amêndoas caramelizadas.
Tipo: eu sou a pessoa das congruências.
Chamem-me de doida. Beijos!
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Filmes por aqui
Olha, demorou, mas até que já me acostumei: aqui quase não tem filme legendado nos cinemas! Os filmes são dublados. E uma dublagem capenga. Os dubladores brasileiros fariam sucesso por aqui. Opinião minha, claro. Eu morro, porque adorava assistir a filmes legendados. Já deixei de ver muito filme no Brasil quando só tinham a versão dublada no cinema da cidade.
Existem cinemas que passam filmes em versão original. Aqui em Berlin, conheço uns quatro apenas.
Aí, resolvemos falar sobre isso no curso de alemão. É, estou fazendo curso de novo. =D E eu descobri o cúmulo dos cúmulos.
Falávamos sobre como é o cinema nos nossos países de origem, quando uma colega polonesa fala:
- Lá na Polônia, só passa as versões originais dos filmes.
E a gente:
- Ahn?
E ela:
- É. Mas, um narrador lê as falas traduzidas para o polonês.
A gente:
- Cuma?
O professor:
- Sem interpretar? Uma única voz pra todos?
Ela:
- Sim, ele só lê.
A gente:
- Ok, então. Ficamos com a dublagem daqui mesmo.
Curioso, né?
Existem cinemas que passam filmes em versão original. Aqui em Berlin, conheço uns quatro apenas.
Aí, resolvemos falar sobre isso no curso de alemão. É, estou fazendo curso de novo. =D E eu descobri o cúmulo dos cúmulos.
Falávamos sobre como é o cinema nos nossos países de origem, quando uma colega polonesa fala:
- Lá na Polônia, só passa as versões originais dos filmes.
E a gente:
- Ahn?
E ela:
- É. Mas, um narrador lê as falas traduzidas para o polonês.
A gente:
- Cuma?
O professor:
- Sem interpretar? Uma única voz pra todos?
Ela:
- Sim, ele só lê.
A gente:
- Ok, então. Ficamos com a dublagem daqui mesmo.
Curioso, né?
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Rapidinhas
- Hoje é feriado na Alemanha, pra lembrar a unificação dos país depois da queda do muro.
- Eu suspeito que esteja frio. Mas, é só uma suposição, tá?
- Estou fazendo tandem com um alemão (dahn!). Ele está aprendendo português pra conversar com a namorada. Wie süß!
- Minha mãe está no Facebook. E agora não sai mais de lá.
- Estou aprendendo a gostar de música alemã:
"segure-se firme em mim (...) eu nunca deixarei você ir."
- E estou aprendendo a ser a segunda voz dessa música com marido (na verdade, a voz não existe, o que importa é participar. Afinal, são quase nove anos, né?)
- Eu suspeito que esteja frio. Mas, é só uma suposição, tá?
- Estou fazendo tandem com um alemão (dahn!). Ele está aprendendo português pra conversar com a namorada. Wie süß!
- Minha mãe está no Facebook. E agora não sai mais de lá.
- Estou aprendendo a gostar de música alemã:
"segure-se firme em mim (...) eu nunca deixarei você ir."
- E estou aprendendo a ser a segunda voz dessa música com marido (na verdade, a voz não existe, o que importa é participar. Afinal, são quase nove anos, né?)
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Muitas coisas (parte 02)
Mais um estágio teve um fim. Nove meses de contrato e muitas possibilidades. Aprendi. Errei. Levei bronca. Recebi elogios. Fiz amigos. Nove meses. Uma gestação.
Eu posso dizer: esse estágio foi um parto! Não pelo trabalho, pelos colegas ou pelo chefe, mas pelas circunstâncias em como consegui levar o contrato adiante, cumprir tarefas e prazos.
Eu teria chance de continuar lá? Teria. Estava satisfeita com tudo e eles, comigo. Mas, resolvi que o melhor mesmo é não colocar a carroça na frente dos bois e respeitar a minha saúde.
Estou fazendo uma pausa pra cuidar de mim, porque é necessário. Não, não foi fácil decidir isso.
O máximo é saber que, opa, quando eu quiser, posso entrar em contato com a empresa novamente e ver a possibilidade de voltar. Então, não é uma pausa inconsciente. Meus movimentos são friamente calculados. Rá!
Aí vocês perguntam: vai fazer o que nesse tempo? Voltei para o curso de alemão, C1. E, enquanto o corpo descansa, a cabeça não para. Alguns projetos ganharão vida.
Aguardem no local!
Eu posso dizer: esse estágio foi um parto! Não pelo trabalho, pelos colegas ou pelo chefe, mas pelas circunstâncias em como consegui levar o contrato adiante, cumprir tarefas e prazos.
Eu teria chance de continuar lá? Teria. Estava satisfeita com tudo e eles, comigo. Mas, resolvi que o melhor mesmo é não colocar a carroça na frente dos bois e respeitar a minha saúde.
Estou fazendo uma pausa pra cuidar de mim, porque é necessário. Não, não foi fácil decidir isso.
O máximo é saber que, opa, quando eu quiser, posso entrar em contato com a empresa novamente e ver a possibilidade de voltar. Então, não é uma pausa inconsciente. Meus movimentos são friamente calculados. Rá!
Aí vocês perguntam: vai fazer o que nesse tempo? Voltei para o curso de alemão, C1. E, enquanto o corpo descansa, a cabeça não para. Alguns projetos ganharão vida.
Aguardem no local!
terça-feira, 24 de julho de 2012
Um dos melhores elogios
Contei que fiquei uns dias na casa da minha cunhada, né? Então...
Tem um tempo que não a via e quando nos falamos ao telefone é super muito rápido. Oi? Não sou fã de telefone e em alemão, piorou.
Enfim...
O caso é que na primeira noite, ela fez um jantar pra mim delicioso e ficamos batendo papo, falamos de tudo um pouco, mais de mim, claro. Marido dela é professor de alemão e escritor. Óia só!
Aí, final da noite, já me recolhendo pra dormir, ele vira pra mim e diz:
- Seu alemão está maravilhoso. Acho que isto está diretamente relacionado ao seu nível de português. Porque você se fala bem a sua língua, é capaz de aprender e falar bem alemão. Estou impressionado.
Cara, eu acho que eu fiquei vermelha. Porque não foi só o fato dele elogiar o alemão (que está longe de ser fluente, deixa eu destacar), ele também elogiou meu português, de certa forma. Não, ele não fala português.
Eu também estou longe de ser erudita e escrever lindamente e livre de erros em português, mas sei que, né, não escrevo mal. E se falo mal ("tu vai"), é vício de linguagem. Eu sei como se deve falar.
Se, um dia, eu chegar ao nível de alemão, como é o meu nível de português, vou ficar hiper feliz.
Que Deus o ouça e eu faça minha parte!
Tem um tempo que não a via e quando nos falamos ao telefone é super muito rápido. Oi? Não sou fã de telefone e em alemão, piorou.
Enfim...
O caso é que na primeira noite, ela fez um jantar pra mim delicioso e ficamos batendo papo, falamos de tudo um pouco, mais de mim, claro. Marido dela é professor de alemão e escritor. Óia só!
Aí, final da noite, já me recolhendo pra dormir, ele vira pra mim e diz:
- Seu alemão está maravilhoso. Acho que isto está diretamente relacionado ao seu nível de português. Porque você se fala bem a sua língua, é capaz de aprender e falar bem alemão. Estou impressionado.
Cara, eu acho que eu fiquei vermelha. Porque não foi só o fato dele elogiar o alemão (que está longe de ser fluente, deixa eu destacar), ele também elogiou meu português, de certa forma. Não, ele não fala português.
Eu também estou longe de ser erudita e escrever lindamente e livre de erros em português, mas sei que, né, não escrevo mal. E se falo mal ("tu vai"), é vício de linguagem. Eu sei como se deve falar.
Se, um dia, eu chegar ao nível de alemão, como é o meu nível de português, vou ficar hiper feliz.
Que Deus o ouça e eu faça minha parte!
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Rapidinhas
- Minhas queridas, meus queridos, desculpa se não tenho visitado e comentado no blog de todos que passam por aqui. O recesso no blog acabou, mas meu tempo continua muito curto. Estou tentando interagir respondendo aos comentários. Às vezes dá certo, às vezes não. Perdoem a Eve, perdoem... :)
- Eu sempre falei do curso de inglês que estou fazendo, sempre falei da professora aqui com carinho (pago maior pau porque é minha amiga, tá?) e agora, deixo o contato dela aqui pra quem estiver em Berlin com o inglês enferrujado como eu: Cássia Freire.Vale o investimento.
- Uma boa ideia: a Cássia, que além de professora de inglês, é aluna de alemão, teve uma ideia muito bacana: juntou um grupo de gente com um nível de alemao semelhante, levou todo mundo prum café e convidou um alemão para conversar com o grupo sobre um tema específico. Foi muito legal, eu estava lá. Copiem!!!! ;)
- Continua tudo lindo no estágio. Prolongarei meu contrato. Depois, só Deus sabe. Mas, decidi viver um dia de cada vez. E, olha, está valendo muito a pena essa nova perspectiva. Além disso, a falta de tempo também tem a ver com o fato de que ando com a cabeça tão cheia de ideias que, às vezes, nem sei como organizar os pensamentos. Tomara que gerem frutos.
- Lembram do texto da papelaria? Pois é. Não resisti, comprei um caderno. Com a desculpa de organizar as ideias. Veremos se organiza agora. Ou eu vou ter que comprar outro caderno para escrever dicas de como organizar as ideias em um caderno? hahahahaha
- E tchau, que é final de semana e vou ali curtir. (Curto apidêite: Sim, meu final de semana já começou!)
Bom final de semana pra vocês!
- Eu sempre falei do curso de inglês que estou fazendo, sempre falei da professora aqui com carinho (pago maior pau porque é minha amiga, tá?) e agora, deixo o contato dela aqui pra quem estiver em Berlin com o inglês enferrujado como eu: Cássia Freire.Vale o investimento.
- Uma boa ideia: a Cássia, que além de professora de inglês, é aluna de alemão, teve uma ideia muito bacana: juntou um grupo de gente com um nível de alemao semelhante, levou todo mundo prum café e convidou um alemão para conversar com o grupo sobre um tema específico. Foi muito legal, eu estava lá. Copiem!!!! ;)
- Continua tudo lindo no estágio. Prolongarei meu contrato. Depois, só Deus sabe. Mas, decidi viver um dia de cada vez. E, olha, está valendo muito a pena essa nova perspectiva. Além disso, a falta de tempo também tem a ver com o fato de que ando com a cabeça tão cheia de ideias que, às vezes, nem sei como organizar os pensamentos. Tomara que gerem frutos.
- Lembram do texto da papelaria? Pois é. Não resisti, comprei um caderno. Com a desculpa de organizar as ideias. Veremos se organiza agora. Ou eu vou ter que comprar outro caderno para escrever dicas de como organizar as ideias em um caderno? hahahahaha
- E tchau, que é final de semana e vou ali curtir. (Curto apidêite: Sim, meu final de semana já começou!)
Bom final de semana pra vocês!
segunda-feira, 26 de março de 2012
Falando sorrindo
Você, amigo ou amiga, que tem um marido/esposa/namorad@ que fala alemão, diga-me uma coisa, na hora de dizer "eu te amo" você diz em português ou em alemão?
Se diz em português, já experimentou dizer em alemão?
ICH LIEBE DICH!
E, você, que diz em alemão, já percebeu como soa diferente?
É um sorriso de ponta a ponta nos lábios, desde o "i" até o "h". Se fala com os lábios rasgados, entreabertos, com as bochechas contraídas. Um singelo sorriso.
Estou mentindo?
Por isso, que eu digo em alemão. E em português. E com o coração. Ou do jeito que dá vontade, num pedacinho de papel, por exemplo.
Mas, que a forma alemã é mais legal, eu acho. ;)
Se diz em português, já experimentou dizer em alemão?
ICH LIEBE DICH!
E, você, que diz em alemão, já percebeu como soa diferente?
É um sorriso de ponta a ponta nos lábios, desde o "i" até o "h". Se fala com os lábios rasgados, entreabertos, com as bochechas contraídas. Um singelo sorriso.
Estou mentindo?
Por isso, que eu digo em alemão. E em português. E com o coração. Ou do jeito que dá vontade, num pedacinho de papel, por exemplo.
Mas, que a forma alemã é mais legal, eu acho. ;)
sexta-feira, 16 de março de 2012
Vingando-me do alemão
Marido agora deu pra me chamar de "mein Mädchen" (minha menina).
Aí, eu respondo:
- Sim, mein Mädchen...
Ele:
- Não pode, não sou menina.
E eu:
- Pode. Mädchen é neutro (o artigo é o "das"). Se é neutro, você também pode ser Mädchen.
Pronto. Deu-se a confusão. Hehehehe
Agora, me diga, quem foi que inventou o artigo neutro e quem foi ainda que disse que "menina" é neutro?
Ah, me vingo meRmo!
P.S. Tem explicação: Mädchen é o diminutivo de uma palavra antiga alemã "Magd" que significa "moça/criada" (eu disse que era antiga...). E diminutivo, em alemão, leva o artigo neutro.
Aí, eu respondo:
- Sim, mein Mädchen...
Ele:
- Não pode, não sou menina.
E eu:
- Pode. Mädchen é neutro (o artigo é o "das"). Se é neutro, você também pode ser Mädchen.
Pronto. Deu-se a confusão. Hehehehe
Agora, me diga, quem foi que inventou o artigo neutro e quem foi ainda que disse que "menina" é neutro?
Ah, me vingo meRmo!
P.S. Tem explicação: Mädchen é o diminutivo de uma palavra antiga alemã "Magd" que significa "moça/criada" (eu disse que era antiga...). E diminutivo, em alemão, leva o artigo neutro.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
FAQ. 24 - Alemão fala alemão correto?
Uma leitora deixou essa pergunta em umas das últimas postagens e achei interessante comentar. Eu acho que eu já comentei sobre isso em alguns posts, mas nunca em um específico. Então, aqui está.
A língua alemã tem várias facetas. Aham, novidade. O alemão que a gente aprende nos cursos de alemão é chamado de Hochdeutsch (alemão padrão, digamos assim). É aquele alemão usado na literatura, no ambiente profissonal, na TV, no rádio... A gramática é correta, a pronúncia também.
Só que existem os dialetos para esculhambar tudo, né? Na Alemanha, se não estou enganada, existem 25 dialetos. Alguns com sua própria gramática e regras. Ainda tem os dialetos suíços e austríacos. Aí fica uma salada só. Existem cursos, inclusive, para ensinar dialetos.
Em regiões como no sul da Alemanha, os dialetos são ainda mais presentes na cultura. Acho que o mais famoso é o bávaro. Sem falar nos povoados, né? Aonde tem gente que nem Hochdeutsch consegue falar (que é o que eles aprendem também na escola, ou deveriam aprender. Sei...).
Aqui em Berlin, se fala o Berlinerisch (valeu, Jane!). Eu sei muito pouca coisa sobre esse dialeto, pois tenho contato com poucas pessoas que o falam (Alô, nem fluente direito em sou em alemão, vou me preocupar em aprender dialeto por agora? Não, né? Faz favor). Claro, eu escuto no metrô, no supermercado... Poucas vezes alguém usou pra falar diretamente comigo.
Algumas diferenças no dialeto de Berlin, por exemplo, é que, ao invés de se falar "ich" (eu), as pessoas falam "icke". Ou ao invés de perguntar "Was?" (o quê?), elas perguntam "Wat?". E por aí, vai.
Se levarmos em consideração o alemão padrão, o Hochdeutsch, nem todo alemão fala alemão corretamente. Eu mesma aprendi a usar genitivo no curso (o que não significa, necessariamente, que uso corretamente, né?). Eu já ouvi muito alemão, mesmo em ambiente profissional, usar o dativo no lugar do genitivo. Aí, dá aquela alegria por dentro, do tipo: "Rá! Nem você sabe alemão perfeito!". Vingancinha...
Tá, ok, esse último parágrafo só vai entender quem conhece alemão e agora deu preguiça de explicar. Sabe como é, tenham pena de mim. ;)
That's all folks!
Atualizando: Meninas, obrigada pelos complementos nos comentários (eu não consegui comentar, por isso, escrevo aqui.). Nas ruas de Berlin, tem o "slang" ou coisa parecida, não sei se escrevi certo e é mais falado por jovens de origem turca, eles falam mais "x" do que "ch", tipo, ao invés de "ich" com o "ch" pronunciado na garganta, eles falam "ixi" com a boca cheia. rsrsrs Ahhh, não sei explicar, tem que ouvir.
Sobre mim: continuo no hospital.... os médicos precisam acompanhar a evolução do tratamento.
A língua alemã tem várias facetas. Aham, novidade. O alemão que a gente aprende nos cursos de alemão é chamado de Hochdeutsch (alemão padrão, digamos assim). É aquele alemão usado na literatura, no ambiente profissonal, na TV, no rádio... A gramática é correta, a pronúncia também.
Só que existem os dialetos para esculhambar tudo, né? Na Alemanha, se não estou enganada, existem 25 dialetos. Alguns com sua própria gramática e regras. Ainda tem os dialetos suíços e austríacos. Aí fica uma salada só. Existem cursos, inclusive, para ensinar dialetos.
Em regiões como no sul da Alemanha, os dialetos são ainda mais presentes na cultura. Acho que o mais famoso é o bávaro. Sem falar nos povoados, né? Aonde tem gente que nem Hochdeutsch consegue falar (que é o que eles aprendem também na escola, ou deveriam aprender. Sei...).
Aqui em Berlin, se fala o Berlinerisch (valeu, Jane!). Eu sei muito pouca coisa sobre esse dialeto, pois tenho contato com poucas pessoas que o falam (Alô, nem fluente direito em sou em alemão, vou me preocupar em aprender dialeto por agora? Não, né? Faz favor). Claro, eu escuto no metrô, no supermercado... Poucas vezes alguém usou pra falar diretamente comigo.
Algumas diferenças no dialeto de Berlin, por exemplo, é que, ao invés de se falar "ich" (eu), as pessoas falam "icke". Ou ao invés de perguntar "Was?" (o quê?), elas perguntam "Wat?". E por aí, vai.
Se levarmos em consideração o alemão padrão, o Hochdeutsch, nem todo alemão fala alemão corretamente. Eu mesma aprendi a usar genitivo no curso (o que não significa, necessariamente, que uso corretamente, né?). Eu já ouvi muito alemão, mesmo em ambiente profissional, usar o dativo no lugar do genitivo. Aí, dá aquela alegria por dentro, do tipo: "Rá! Nem você sabe alemão perfeito!". Vingancinha...
Tá, ok, esse último parágrafo só vai entender quem conhece alemão e agora deu preguiça de explicar. Sabe como é, tenham pena de mim. ;)
That's all folks!
Atualizando: Meninas, obrigada pelos complementos nos comentários (eu não consegui comentar, por isso, escrevo aqui.). Nas ruas de Berlin, tem o "slang" ou coisa parecida, não sei se escrevi certo e é mais falado por jovens de origem turca, eles falam mais "x" do que "ch", tipo, ao invés de "ich" com o "ch" pronunciado na garganta, eles falam "ixi" com a boca cheia. rsrsrs Ahhh, não sei explicar, tem que ouvir.
Sobre mim: continuo no hospital.... os médicos precisam acompanhar a evolução do tratamento.
Assinar:
Postagens (Atom)