quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A decisão demorou, mas chegou

Pois é. Quase 5 anos de Blog (em novembro) e sinto que a proposta perdeu o sentido.O que era vida nova, não é mais. É rotina. O que seriam micos virou normalidade. As risadas estão ligadas ao dia a dia e eu nem percebo mais o que há de especial nelas para compartilhar. Não que eu tenha uma vida chata e sem graça. Só não tenho vontade de vir aqui falar do cotidiano.

Então, por isso, decidi que o Rindo será aposentado. Antes de entrarem de luto, aviso que outro Blog entrará em seu lugar, com outra proposta: opiniões e reflexões sobre o país. Afinal, são quase 5 anos. Alguma opinião tenho que ter, né? Contudo, não acho que será um Blog pra rir. Ou que seja, só não será o foco.

Quem deseja continuar acompanhando minhas escritas, favor enviar um email para que eu mande o endereço do novo.

Obrigada pelo carinho e pela companhia nesses anos.

Beijos!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Não sumi, só estava por aí! - Parte 02

Então que saindo da Polônia, fomos para a Eslováquia, direto para a capital, com uma parada estratégica no meio do caminho porque ninguém é de ferro. :)

O ponto alto da viagem, acreditem, não foi Bratislava, foi a paisagem na estrada. Montanhas, montanhas e mais montanhas. Coisa mais linda!
Bratislava em si é fofinha, ficamos apenas uma noite e as fotos à noite não ficaram lá essas coisas. Mas, valeu pela visita.
Pernoitamos lá e no dia seguinte seguimos viagem para Viena, que fica a apenas 60km de lá.

E aí meu queixo caiu! Quando eu não pensava que a viagem ia melhorar, chegamos numa cidade que causa dor no pescoço. Não tinha para onde olhar e achar feio. Não tinha um cantinho que não fóssemos surpreendidos. Ficamos dois dias. E voltamos para casa boquiabertos.


A volta foi pela Rep. Tcheca. Paramos na segunda maior cidade do país, chamada Brno, e depois seguimos viagem. Cidade linda, mas me recusei a tirar fotos. hahahaha Nada mais superava Viena.

Chegamos em Berlin "morridos" e precisamos de dois dias para nos recuperaramos das aventuras. Mas, foi bom demais da conta!

domingo, 27 de julho de 2014

Não sumi, só estava por aí! - Parte 01

Passei as últimas duas semanas viajando, de férias. Sabe como é, marido professor, tem que aproveitar as férias escolares...

Fomos assistir à final da Copa na cidade aonde a minha cunhada mora, com o resto da família alemã. Ficamos lá 3 dias. Não vou dizer que foi aquela animação digna de uma família brasileira e baiana como a minha, mas foi legal. hehehehe

Depois voltamos para casa, arrumamos as malas e colocamos os pés na estrada. E, olha, foi mara!

Em um pouco mais de uma semana, passamos por 4 países. De novo, escolhemos o leste europeu. Por dois motivos: sou fascinada por esse lado não muito "mainstream" e é mais barato. Eu ainda não estou ganhando rios de dinheiro, então, temos que economizar nas gotinhas. :)

Primeira parada foi Varsóvia. Gente, que cidade gostosa de se ficar. Parte antiga linda, parte moderna muito arrumada, limpa e os poloneses também são uns fofos. Mulher bonita para carambra, chiques, finas, magras, jovens e ahh, lindas. Fiquei apaixonada. Pela cidade, tá?

Ficamos lá 3 noites. Depois seguimos viagem para Cracóvia, também na Polônia, aonde ficamos 2 dias. Quem já esteve em Praga, vai gostar muito dessa cidade. Tem quase os mesmos elementos. Mas, o castelo de Praga é muito mais bonito. :)
Aproveitamos que estávamos lá e visitamos Auschwitz, um dos campos de extermínio usado pelos nazista na segunda guerra mundial. Não aguentei ver tudo. Entrei no museu, quando vi os pertences das vítimas, suas história, arriei e saí...
Em outro texto conto mais sobre o resto da viagem, se não fica muita informação de uma vez só. Mas, eu recomendo muuuitttoooo visitar essas cidades. São lindas e, assim como Berlin, têm muita história. Vale à pena!

domingo, 6 de julho de 2014

Perco a família, mas não perco a piada

Enquanto isso, no grupo da família no zapzap...

Uma tia:
- Bom dia pra quem está comendo aipim com carne frita.
Eu:
- Ah, eu também quero!
Uma prima:
- Eve, quero ver sua melanina aproveitando esse sol alemão, hein?

Aí mando uma foto minha no parque com a legenda: "a cara da riqueza"

Minha tia, então:
- E rico come aipim?
Eu, que não presto:
- Come sim. Come aipim, farinha, umbu... Tudo o que é exótico!

Ra! Não contavam com a minha astúcia!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Formas de integração

Para a minha família no Brasil, mudei para a Alemanha, torço automaticamente para a seleção alemã. Minha mãe ainda me perguntou se iria torcer para o Brasil, caso jogasse contra a Alemanha. O.o

Claro, né? Meu coração é verde e amarelo.

Para os alemães que convivem comigo é assim:
- E seu Brasil, hein?

Depois do primeiro jogo do Brasil, encontrei umas pessoas num evento que não me conheciam, mas quando souberam que eu era brasileira...

Eles me parabenizaram!!

Ou seja:
Para os alemães, sempre serei brasileira.
Para os brasileiros, já sou alemã.

domingo, 22 de junho de 2014

A Copa vista de Berlin (pela TV)

A Copa começou e a cidade meio que mudou. Durante o dia, todo mundo normal, saindo para trabalhar. Mas, à noite... À noite, a cidade é outra.
- Não tem um bar ou restaurante que não tenha uma televisão ou telão.
- Pessoas vestindo camisa da Alemanha, Brasil, Argentina, França mesmo sem ser dia de jogo deles.
- Lei do silêncio que começava às 22h, principalmente para os bares com mesas na calçada, pronlogada para à meia-noite, por conta do horário dos jogos no Brasil.
- Comentaristas na sacada de um hotel em Copacabana, tirando onda da localização, bebendo água de côco ao vivo e falando das maravilhas do Brasil.
Eingebetteter Bild-Link
https://twitter.com/MOpdenhoevel
- Claro que, uma vez ou outra mostram reportagens sobre pobreza, violência ou manifestações, mas nada que tire o brilho do evento.
- Tem repórter brasileira e ex-jogador brasileiro na TV.
https://twitter.com/MOpdenhoevel
Fernanda Brandão
- Tem alemão, inglês, italiano, croata e brasileiro na sala da minha casa assistindo aos jogos e vibrando junto.
- Tem alemão que nem quer saber de ter janela, só quer saber de mostrar que está torcendo para a sua seleção.

- E enquanto a seleção alemã está na Bahia curtindo


- Tem eu, que fico aqui, à distância, querendo estar lá. :)

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Quando as coisas têm que dar certo...

Então que viajei. Fui na terça-feira ali em Genebra, bate e volta.

Eu me preparei duas semanas para esse dia. Eu fiquei ansiosa, porque eu teria uma reunião para um projeto que eu gostaria muito de trabalhar, discutir estratégias e, in the meantime, também uma entrevista de emprego. Em inglês.

Quem acompanha meu blog desde o início, sabe que depois que eu comecei a aprender alemão, meu inglês travou completamente. Tem mais de dois anos que faço aulas particulares de inglês. Um dinheiro muito bem investido, diga-se. Professora-amiga até já chorou de emoção...

Para quem acompanha o blog há dois anos, também sabe que eu estive muito doente. Do tipo: muito. Por conta disso, também entrei em contato com pessoas que eu não teria, caso tivesse permanecido saudável. Ou seja, Genebra só porque fiquei doente.

O projeto é de cunho social (a minha área, para a pessoa que perguntou no outro post, é gestão de projetos sociais. Amo!) com uma ligação com o Brasil.

Fui com o coração na mão. Entrei no avião quase chorando. Não, não era nervosismo. Era emoção mesmo. Quando pensei no meu percurso, em tudo que passei para chegar àquele momento, foi difícil não me emocionar. Foi difícil não pensar nas dores e nos momentos de desespero pelos quais passei. Mas, eu estava lá, eu subi naquele avião e estava indo para Genebra.

Chego no aeroporto e pego um taxi para o meu destino. Precisava ser rápida. Pergunto para a taxista:
- German or English?
- Whatever you want.
- Could you take me to this adress, please? (estava em francês, tentar pronunciar ia ser o ó)
Taxista pega sua rota e depois de um tempo, pergunta:
- Why did you ask me what language I can speak? Where are you from?
- I'm from Berlin, but in fact I'm Brazilian.
- Que mistura! - ela diz. E começa a falar em português comigo. Eu dei uma gargalhada de alívio!

Uma espanhola que foi casada com um brasileiro e que fala português fluentemente. (Além de inglês, francês e alemão... abafa)

Chego no escritório e a diretora me recebe toda sorridente. Vestida igualzinha a mim!!! De blusa azul no mesmo tom e calça preta. Melhor sintonia, impossível. E senti que meu dia não só tinha começado bem, como iria continuar assim.

E foi!

Aquelas lágrimas que não caíram no momento em que subi no avião continuam aqui. E irão continuar. Porque faz parte do orgulho que sinto de mim nesse exato momento. Porque, quando as coisas têm que dar certo, nada consegue impedir. Só tenho o que agradecer. :)